domingo, 30 de abril de 2023
sábado, 29 de abril de 2023
Giacóia, sobre Nietzsche, direto na jugular da alma. Disse TUDO !!!
O insuportável não é só a dor, mas a falta de sentido da dor, mais ainda, a dor da falta de sentido.
Gildo Fonseca.
"Luz, mais luz..." Goethe, em seu leito de morte.
"Eu preciso de você ?"
Além dos nutrientes dos alimentos que consumimos, além do oxigênio que respiramos, além da água que bebemos, há mais uma coisa igualmente importante. A função normal do cérebro depende da teia social, nossos neurônios precisam dos neurônios dos outros para se estimular, prosperar e sobreviver.
Camus, estrangeiro maravilhoso...
"O que significa o despertar súbito - nesse quarto obscuro - com os barulhos de uma cidade de repente estrangeira? E tudo me é estrangeiro, tudo, sem um ser para mim, sem um só lugar onde abrigar essa mágoa. O que faço aqui, o que significam esses gestos, esses sorrisos? Não sou daqui - também não sou de outro lugar. E o mundo não é mais do que uma paisagem desconhecida onde meu coração não encontra mais apoio. Estrangeiro, quem pode saber o que essa palavra quer dizer" -
domingo, 23 de abril de 2023
segunda-feira, 17 de abril de 2023
Jung sobre a solidão de olhares mais sensíveis
Quando criança me sentia só e ainda me sinto assim, porque sei coisas, percebo coisas que outros parecem não conhecer e a maioria delas nem quer saber dessas questões. A solidão não consiste em não ter pessoas ao redor mas em não poder comunicar as coisas que parecem, para nós, importantes e precisar calar sobre certos pontos de vista que os outros acham inadmissíveis.
Carl Gustav Jung.
Sermão de Padre Antonio Vieira sobre a brevidade da Vida
"Homenzinhos miseráveis, loucos, insensatos, não vedes que sois mortais? Não vedes que haveis de acabar amanhã? Não vedes que vos hão de meter debaixo de uma sepultura, e que de tudo quanto andais afanando e adquirindo, não haveis de lograr mais do que sete pés de terra? Que doidice, e que cegueira é logo a vossa?"
sábado, 15 de abril de 2023
Haja colírio alucinógeno...
Do que vale olhar sem ver?
Johann W. Von Goethe
O problema é que "ver" é circunstancial, depende do que é temporal, fluídico, volátil, impermanente e para viver depende daquilo que ainda não é.
Gildo Fonseca.
sexta-feira, 14 de abril de 2023
Sossega coração
segunda-feira, 10 de abril de 2023
domingo, 9 de abril de 2023
"Pois, no seio mesmo da paixão, nunca se deve tratar de "conhecer perfeitamente o outro"; por mais que progridam neste conhecimento, a paixão restabelece constantemente entre os dois este contato fecundo que não pode se comparar a nenhuma relação de simpatia e os coloca de novo em sua relação original, a violência do espanto que cada um deles produz sobre o outro e que põe limites a toda tentativa de apreender objetivamente este parceiro. É terrível de dizer, mas , no fundo, o amante não está querendo saber "quem é" em realidade seu parceiro. Estouvado em seu egoísmo, ele se contenta de saber que o outro lhe faz um bem incompreensível... os amantes permanecem um para o outro, em última análise, um mistério."
quinta-feira, 6 de abril de 2023
Sexta feira da paixão
O simbolismo dá crucificação
Newton afirma que um corpo permanece estático até que uma força o movimente. A matéria recebe a energia do Espírito que se fragmenta, pulverizando-se em pessoas, em circunstâncias, coisas e fatos, em múltiplos estados, criando Vida.
A crucificação de Jesus simboliza essa “pregação” do Espírito e seu elevado grau de vibração num choque com a densidade da matéria. Esse encontro, essa crucificação acontece sempre, em todos os instantes em que a Consciência percebe que, para existir, precisa de múltiplos contrastes, de luz e sombra, de diferenças, de tantas singularidade e de tudo aquilo que Ela ainda não é, mas que, para Ser, para Existir, precisa vivenciar, compreender. A lapidação das eternas sementes contidas em nossas almas começa em nosso interior, sob o palpitar das emoções cotidianas, num perene processo de auto reconhecimento, auto análise, discernimento e evolução.
Também quando Jesus afirma a Pilatos: “Eu Sou a Verdade”, Pilatos retruca “mas o que é a Verdade?” Jesus silencia pois sabe que “Verdade” é um processo, um estado em permanente mudança sob o Olhar fluídico da consciência em trânsito pelas impermanências. Nada mais eloquente que o buraco negro do silêncio quando não há ressonância no diapasão entre seres pois todos vibramos em escalas circunstanciais diferentes. O Absoluto não pode se realizar na relatividade embora cada relatividade seja, momentaneamente, absoluta para si mesma. A crucificação acontece em cada dissonância com o Outro e consigo mesmo, nos desencontros com a pretensa Verdade subjacente em cada ato, sempre fugidia e nem sempre encontrada.
A crucificação é um estado de espírito, acontece sempre e na intensidade do grau de sintonia com o Cristo interior de cada Um. O Cristo pode estar ali, sempre, na manjedoura de nossas almas mas pode também estar sendo crucificado, todos os instantes, pela ausência de nossa empatia com o Espírito onipresente em nosso entorno, a Vida que nos rodeia, como um espelho a demonstrar muitos dos insanos desvarios de nosso processo evolutivo.
Que nos salve a Páscoa interior de cada um de nós, simbolizada pelo Ovo do renascimento, do Amor, no celeiro da sinceridade, na plena consciência de que toda incompreensão e descaso é uma crucificação do Cristo que espera, pacientemente, para renascer em Nós.
Gildo Fonseca.