AMOR AOS PEDAÇOS E O BRILHO DAS ESTRELAS. DEIXANDO IR.
Somos mães e pais, de todas as nossas ações e reações, a tudo que percebemos e sentimos.
Todas as nossas crias cotidianas, manifestas em pensamentos, palavras ou atos interagem conosco num processo de existência proporcional a energia com que lhe alimentamos.
Entretanto,
assim como o processo de divisão e multiplicação celular, assim também as
relações vão se tornando independentes, criam vida e, crescendo, de alguma nova
forma, em algum lugar, em algum estado, tornam-se singulares existências, seja
no plano físico seja no plano espiritual.
Quando
focamos em alguma especificidade de alguma de nossas crias através da amorosa
energia que também nos sustem, nesse momento nos tornamos novamente unos com
ela mas deixamos, nesse momento, de ser nós mesmos e nos tornamos o estado da
expectativa que alimentávamos em relação àquilo, deixando assim, de emanar
novas criações, deixamos assim, de brilhar novamente.
Somos onde
estamos. Somos aquilo em que estamos. Nossas crias são o palco onde se
desenrolam as comédias e os dramas estruturadas em enlaces experimentais que
criam a mútua evolução, mas, não esperemos que possamos apenas depender daquilo
que emanamos pois somos, em Essência, ativos e não passivos.
O Amor Intrínseco
que nos sustém flui sempre a revelia de tudo o que foi anteriormente emitido,
pois é Energia Pura, independe de circunstâncias, necessidades, aprendizados.
Deixemos ir
então tudo aquilo que não nos retorna pois isso, de alguma forma, encontrou seu
lugar no esquema cósmico.
Continuemos
a criar, pela infinita fonte de amor que pulsa em todos nós, a Vida, e assim
como a luz ou o calor emitido pelas estrelas, observemos apenas os novos palcos
que se descortinam para cada coisa que criamos e a vida no pulsar por si mesma.
É difícil
compreendermos que somos a própria luz e não o reflexo de nossa luz. As formas,
nossas crias, só existem, para nossa consciência, por refletirem, na densidade
da matéria, a emanação de nossa luz, passando a ter assim, vida própria e assim
também a percebemos. Nossa luz brilha na inversa proporção da sombra gerada
pela expectativa do reflexo de nossas próprias criações, pois não somos
espelhos de nós mesmos, espelhamos a Infinita Força Criadora da Vida a se multiplicar
por todo o Universo.
Tentemos
então praticar o desapego de deixar fluir esse “nosso” amor que, aos pedaços,
vai se esparramando pelo universo através de cada pensamento, palavra ou ato.
Seremos
sempre maiores que as sombras e dores que espelham nossas próprias criações,
pois que, ao emanadas e ao tornarem-se conscientes de si próprias, todas essas
emanações podem se transformar em fantasmas para nossa consciência, para nosso
coração e ofuscam e podem tornar opacas, nossa própria Luz deixando assim, a
Vida menos bela.
Caminhemos
pois em Luz, pois Somos Luz e Amor e ardemos em nós mesmos e não por aquilo que
acreditamos enxergar ou depender.
Isto é o que eu, Gildo Fonseca, acredito.
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