A perda do absoluto das coisas e a teoria do conhecimento objetivo representa niilismo para aquele que nela se apoiava. Tudo o que adquire definição e, portanto, finitude através da linguagem e da objetividade perde o direito exclusivo à realidade e à verdade.
O nosso pensamento filosófico segue a via deste niilismo que é, sobretudo, uma libertação para atingir o autêntico ser. Por este nosso renascimento no filosofar surge a limitação do sentido e valor de todas as coisas finitas, certificamo-nos de que é inevitável transitar por elas, mas simultaneamente alcança-se o fundamento do qual se torna possível a livre relação com elas.
Do desmoronamento de uma solidez, que todavia era enganosa, vem a possibilidade de pairar — o que parecia um precipício tornou-se o espaço da liberdade, — e o aparente transmudou-se em algo de onde o ser autêntico responde ao apelo.
Do desmoronamento de uma solidez, que todavia era enganosa, vem a possibilidade de pairar — o que parecia um precipício tornou-se o espaço da liberdade, — e o aparente transmudou-se em algo de onde o ser autêntico responde ao apelo.
JASPERS, Karl. In Iniciação Filosófica. Editora Guimarães E C. Lisboa: 1984, p. 37 e 38. - Obra de arte por Quint Buchholz.
Comp. do FB, pg. Literatus
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