... E o rio comunicou o misterioso fato de que o tempo não existe...
"O rio se encontra ao mesmo tempo em toda a parte, na fonte tanto como na foz, nas cataratas e na balsa, nos estreitos, no mar e na serra, em toda parte, ao mesmo tempo; pra ele há só o presente, nenhuma sombra de passado nem de futuro (...) E quando me veio essa percepção, contemplei a minha vida, e ela também era um rio. O menino Sidarta não estava separado do homem Sidarta e do ancião Sidarta, a não ser por sombras, porém, nunca por realidades. Nem tampouco eram passado os nascimentos anteriores de Sidarta, como não fazia parte do porvir a sua morte, com o retorno a Brama. Nada foi, nada será; tudo é, tudo tem existência e presente. (...) Todo sofrimento pertencia ao tempo, da mesma forma que todos os receios e tormentos com que as pessoas se afligiam a si próprias. Todas e quaisquer dificuldades, tudo quanto houvesse de hostil no mundo, sumir-se-ia, cairia derrotado, logo que o humano triunfasse sobre o tempo.
"Viu que a água corria, corria, corria sempre e todavia estava lá, ininterruptamente, era sempre, a cada instante, a mesma e todavia se renovava sem cessar."
"O verdadeiro buscador, aquele que realmente se empenhasse em achar algo, jamais poderia submeter-se a nenhuma doutrina. Mas, quem tivesse encontrado alguma solução, seria capaz de aprovar toda e qualquer doutrina, todos os caminhos e objetivos, já que nada mais o distanciaria dos milhares de outros humanos que viviam na Ete
rnidade e impregnavam-se do Divino..." (H. Hesse)
Nenhum comentário:
Postar um comentário