sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
O GUERREIRO SÓ ESTÁ PRESO AO INFINITO...
A autoconfiança do Guerreiro não é a autoconfiança do homem comum. O homem comum procura certeza aos olhos do observador e chama a isso autoconfiança. O Guerreiro procura impecabilidade aos próprios olhos e chama a isso humildade. O homem comum está preso aos seus semelhantes, enquanto o Guerreiro só está preso ao infinito.
- Carlos Castañeda. (frases de seu mestre Juan Matus).
A autoconfiança do Guerreiro não é a autoconfiança do homem comum. O homem comum procura certeza aos olhos do observador e chama a isso autoconfiança. O Guerreiro procura impecabilidade aos próprios olhos e chama a isso humildade. O homem comum está preso aos seus semelhantes, enquanto o Guerreiro só está preso ao infinito.
- Carlos Castañeda. (frases de seu mestre Juan Matus).
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Galeano, direto na jugular...
"Viví la vida que viví y la sigo viviendo con sus luces y sus
sombras. Sinceramente no puedo distinguir una frontera nítida en la que
haya guardias aduaneros que controlen el
paso de lo que estuvo bien o mal, ni cuál es la zona de los errores y
cuál la de los aciertos. No sé cuál es mi cielo ni mi infierno porque
esas discusiones no coinciden con la realidad que conozco. El cielo y el
infierno están dentro de nosotros mismos y cada uno sabe cómo manejar
cuando uno u otro se desata.
Eduardo Galeano /Entrevista con Ñ: “Somos las historias que vivimos”
Eduardo Galeano /Entrevista con Ñ: “Somos las historias que vivimos”
‘PÃO E VINHO’, DO POETA ALEMÃO FRIEDRICH HÖLDERLIN, PROCLAMA QUE OS
DEUSES ESTÃO VIVOS E QUE A FUNÇÃO DO POETA NOS TEMPOS DE CARÊNCIA É
ATUAR EM FAVOR DO MITO POR VIR.
Imagem: Baco e Ariadne
PÃO E VINHO
Friedrich Hölderlin
Imagem: Baco e Ariadne
PÃO E VINHO
Friedrich Hölderlin
Mas amigo! Viemos demasiado tarde.
Na verdade vivem os deuses
mas sobre nossa cabeça, acima em outro mundo
trabalham eternamente e parecem preocupar-se pouco
se vivemos. Tanto se cuidam os celestes de não ferir-nos.
Pois nunca poderia contê-los um débil navio,
somente às vezes suporta o homem a plenitude divina.
A vida é um sonho dos deuses.
Mas os erros nos ajudam como um adormecimento.
E nos fazem fortes a necessidade e a noite.
Até os heróis crescidos em uma cunha de bronze,
como em outro tempo seus corações são parecidos em força
aos celestes.
Eles vivem entre trovões.
Me parece às vezes melhor dormir, que estar sem companheiro.
A esperar assim, o que fazer ou dizer eu não sei.
E para que poetas em tempos de carência?
Mas, são, dizes tu, como os sacerdotes sagrados do Deus do
vinho,
que erravam de terra em terra, na noite sagrada.
(Tradução do espanhol: Maura Voltarelli)
Este poema pode ser encontrado em espanhol no ensaio “Hölderlin e la esencia de la poesia”, de Martin Heidegger, traduzido do alemão por Samuel Ramos e presente no livro Arte y poesia, 2ª ed. México: FCE, 1973
Texto e imagem compartilhados de Glauco Cortez. https://glaucocortez.wordpress.com/…/pao-e-vinho-do-poeta…/…
Na verdade vivem os deuses
mas sobre nossa cabeça, acima em outro mundo
trabalham eternamente e parecem preocupar-se pouco
se vivemos. Tanto se cuidam os celestes de não ferir-nos.
Pois nunca poderia contê-los um débil navio,
somente às vezes suporta o homem a plenitude divina.
A vida é um sonho dos deuses.
Mas os erros nos ajudam como um adormecimento.
E nos fazem fortes a necessidade e a noite.
Até os heróis crescidos em uma cunha de bronze,
como em outro tempo seus corações são parecidos em força
aos celestes.
Eles vivem entre trovões.
Me parece às vezes melhor dormir, que estar sem companheiro.
A esperar assim, o que fazer ou dizer eu não sei.
E para que poetas em tempos de carência?
Mas, são, dizes tu, como os sacerdotes sagrados do Deus do
vinho,
que erravam de terra em terra, na noite sagrada.
(Tradução do espanhol: Maura Voltarelli)
Este poema pode ser encontrado em espanhol no ensaio “Hölderlin e la esencia de la poesia”, de Martin Heidegger, traduzido do alemão por Samuel Ramos e presente no livro Arte y poesia, 2ª ed. México: FCE, 1973
Texto e imagem compartilhados de Glauco Cortez. https://glaucocortez.wordpress.com/…/pao-e-vinho-do-poeta…/…
sábado, 25 de janeiro de 2020
Em busca de sentidos...
Meu corpo arde ao consumir o combustível do Existir. A Energia da
Percepção vibra no plano de seus próprios questionamentos. O ponto, o
plano, e sua troca de "olhares", cria a sensação de estarmos vivos, onde a experiência, as correlações, tentam dar sentido a tantos desatinos e
insanidades, próprias e alheias, nossas e da "Criação". Se Nietzche já
dizia "Torna-te quem És", então, Somos o torno, tornando-Se, e terna
mente, no éter, espelho de nossas ambulantes interrogações. É assim que
"eu", "Gildo", sinto, sinto muito. Gildo Fonseca
"Separava perigos do grande perigo, e era com o grande perigo que o ser,
embora com medo, ficava. Só para pensar com susto o peso das coisas.
Afastava de si as verdades menores que
terminou não chegando a conhecer. Queria as verdades difíceis de
suportar. Por ignorar as verdades menores, o ser parecia rodeado de
mistério; por ser ignorante, era um ser misterioso." Lispector
Tudo é perspectiva...
Somos pontos perspectivos, respirando lucidez, através dos planos de relativas intersecções conscienciais. O movimento dialético de luz e sombra, essa sístole e diástole de nossa Percepção, cria esse pulsar onde se manifesta, a cada instante, essa nossa fluídica Identidade a caminho de seguros ancoradouros de pretensas verdades, subjacentes em tantos "potes de ouro", debaixo do arco-íris, no horizonte de cada Devir. Somos o Plano. Somos o Ponto. Estamos no Olhar. Viver é Relativo. Existir é Absoluto.
Gildo Fonseca.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Homenagem aos Reichianos
Para colocar em prática a inibição instintiva exigida pelo mundo moderno e agüentar o êxtase de energia resultante desta inibição, o ego tem de sofrer uma mudança. O ego, isto é, aquela parte da pessoa que se expõe ao perigo, enrijece, como dizemos, se submetida continuamente aos mesmos ou semelhantes conflitos entre a necessidade e um mundo exterior atemorizante. Ele adquire nesse processo um modo de reação crônico automático, isto é, o seu “caráter”.
É como se a personalidade afetiva se colocasse dentro de uma armadura, como se a casca dura que ele desenvolve tivesse a intenção de desviar e enfraquecer os golpes do mundo exterior assim como o clamor de necessidades interiores.
Esta armadura torna a pessoa menos sensível ao desprazer, mas também restringe a sua motilidade libidinosa e agressiva para as conquistas e o prazer. Dizemos que o ego se tornou menos flexível e mais rígido, e que a habilidade para regular a economia de energia depende da extensão da armadura.
(por Wilhelm Reich).
"O amor é um, não pode ser partido."
Luís Vaz de Camões
Acredito que toda Unidade é múltipla em Si, pelo que carrega e pelas Possibilidades, dentro da Singularidade do Instante Consciencial de cada Um, pois é a única forma de perceber-Se, espelhada no reflexo interativo e dialético de suas próprias contradições, evoluindo sempre pela soma de seus próprios e dinâmicos contrastes, formando na Multiplicidade, sua própria Unidade, criando em Si, respirando em Si, a própria Vida.
Gildo Fonseca
Luís Vaz de Camões
Acredito que toda Unidade é múltipla em Si, pelo que carrega e pelas Possibilidades, dentro da Singularidade do Instante Consciencial de cada Um, pois é a única forma de perceber-Se, espelhada no reflexo interativo e dialético de suas próprias contradições, evoluindo sempre pela soma de seus próprios e dinâmicos contrastes, formando na Multiplicidade, sua própria Unidade, criando em Si, respirando em Si, a própria Vida.
Gildo Fonseca
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Heróica lucidez...
É preciso ser valente para saber que, mais cedo ou mais tarde, a ilusão
de completude cai por terra, e será preciso por-se a querer alguém
aceitando e reconhecendo as falhas próprias e assumindo que tampouco
esse outro preencherá as tais faltas; só assim o amor se estabiliza. O
amor é o encontro de duas solidões resultantes da impossibilidade de
completude, e que separados pelo gozo de estrutura, vivem juntos. Amar é
uma decisão ética que supone un saber sobre a incompletude de cada um. O
amor é sempre verdadeiro quando o desejo persiste.
Jorge Sesarino
Jorge Sesarino
(...) Há quem, refira a angústia ao real e nos diga que ela é a principal defesa, a mais radical, a resposta ao perigo mais original,(...) ao desamparo absoluto da vinda ao mundo. Jacques Lacan, Seminário A Angústia, Zahar, p. 153.
Salvador Dalì
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Meu Deus, como me identifico...
"Eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existe."
Clarice Lispector.
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