É preciso ser valente para saber que, mais cedo ou mais tarde, a ilusão
de completude cai por terra, e será preciso por-se a querer alguém
aceitando e reconhecendo as falhas próprias e assumindo que tampouco
esse outro preencherá as tais faltas; só assim o amor se estabiliza. O
amor é o encontro de duas solidões resultantes da impossibilidade de
completude, e que separados pelo gozo de estrutura, vivem juntos. Amar é
uma decisão ética que supone un saber sobre a incompletude de cada um. O
amor é sempre verdadeiro quando o desejo persiste.
Jorge Sesarino
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