"Todas as palavras que usamos são "sobre", "a respeito de", "acerca de"... elas não têm realidade.
São abstrações mentais, agem no plano virtual."
De fato, tudo o que sabemos, conhecemos, vem de fora de nós. Quando nascemos, somos como tábula rasa em matéria de conhecimentos, crenças, etc (mas não em matéria de tendências ou propensões, que são inatas).
De fato, tudo o que sabemos, conhecemos, vem de fora de nós. Quando nascemos, somos como tábula rasa em matéria de conhecimentos, crenças, etc (mas não em matéria de tendências ou propensões, que são inatas).
O que acontece então? Em primeiro lugar nossos pais vão nos ensinando os nomes e descrições das coisas. Depois as escolas, universidades, igrejas, a cultura vigente, etc., vão formando nosso ego mental, nossa personalidade (que, como se sabe, vem do grego: PERSONA, quer dizer Máscara).
Note-se que a sociedade, seus valores e suas leis, sistemas políticos e religiosos, produz um grande conjunto de informações e valores que, paulatinamente, vai sendo incorporado às crianças, recriando em suas mentes uma cópia do mundo que as envolve.
Em toda essa massa de informações estão incluídos inúmeros conteúdos psicológicos, de natureza tribal, política, moral ou religiosa, que definem, condicionam e limitam a consciência humana. E nesses limites, estreitos ou amplos, surge e se desenvolve a noção sermos, cada um de nós, um sujeito pessoal, permanente, único e separado (que chamamos de ego), o qual tende a se apegar a esses valores e defende-los tenazmente, recusando qualquer visão de mundo que possa ameaçar seus conteúdos fundamentais.
U.G Krishnamurti.
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