AS PEDRAS, EM SEU PROCUSTO, FALAM.
Estudei Astronomia, Astrologia e Alquimia em dezenas de Caminhos esotéricos diferentes.
Ouso afirmar que a coisa mais ridícula que existe são alguns astrólogos, que deixam a missão gloriosa de cartógrafos das sincronicidades do universo, tão reveladoras de circunstâncias do destino humano, para arvorarem-se em arautos da moral, na pretensiosa presunção de mensageiros dos deuses, ditando regras, normas e formas como as pessoas devem se comportar, como devem viver e quais as explicações das percepções alheias, para tudo e para todos e de como e porque as pessoas são (ou devem ser) assim ou assado.
Esses astrólogos estão convencidos de que são o centro do universo, tem resposta para qualquer coisa, que são depositários da métrica divina que julgaria, idealizaria e definiria como deve agir qualquer uma das partes dos infinitos universos interiores e exteriores de cada uma das partes desse Todo Infinito.
Achar-se o próprio todo, absoluto, desrespeitando relatividades e ditando regras morais de como se deve existir, interpretar ou perceber a vida é achar-se encarnação das respostas, o centro do universo, o umbigo de Deus. Nada mais ridículo que a volta da inquisição, que sempre pretendeu ser dona da verdade, travestida em novos arautos da moral e do comportamento humano e que se acham no direito de dizer o que é certo ou errado a partir de suas próprias erraticidades. Nietzsche tinha razão quando dizia: “não existem fatos, somente interpretações”. Ou como dizia o grande filósofo Severino Cavalcante quando dizia: “que cada um volte a sua insignificância”. Respeitar a sensibilidade e a percepção alheia, exercitar a humildade talvez seja o começo da sabedoria.
Gildo Fonseca
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