quarta-feira, 27 de junho de 2018

Sobre amar as perguntas...

“O senhor é tão moço, tão aquém de todo o começar, que lhe rogo, como melhor posso, ter paciência com tudo que há para resolver em seu coração e procurar amar as próprias perguntas como quartos fechados ou livros escritos num idioma estrangeiro. Não busque por enquanto respostas que não lhe podem ser dadas, porque não as poderia viver. Pois trata-se precisamente de viver tudo. Viva por enquanto as perguntas. Talvez depois, aos poucos, sem que o perceba, num dia longínquo, consiga viver a resposta.”

Rilke, R. M. Cartas a um jovem poeta. Globo, 2003.
Imagem: René Magritte [1898-1967], A Vitória, 1939.


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