Atrás de um muro branco existe a variedade do arco-íris. A
boneca na sua gaiola está fazendo o outono. É o despertar para as
oferendas. Um jardim recém criado, um choro por trás da música. E que
soe sempre, assim ninguém participará ao movimento do nascimento, à
mímica das oferendas, ao discurso daquela que sou atada a esta
silenciosa que também sou. E que de mim não fique mais do que a alegria
de quem pediu para entrar e lhe foi concedido. É a música, é a morte, o
que eu quis dizer em noites variadas como as cores da floresta.
As promessas da música - alejandra pizarnik
(Aquarela de Alejandra Pizarnik, com dedicação a Hugo e data de 1961, arquivos da Universidade de Princeton
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