Do latim illudere, brincar, zombar de. A ilusão é um embuste que parece divertir-se com nossos sentidos, com nosso espírito. Próximo ao erro
- na medida em que faz intervir igualmente um juízo errôneo - dele,
distingue-se pela presença do desejo que a torna em geral rebelde a
qualquer refutação racional. A reflexão filosófica dedica-se a explicar a
"raiz indestrutível" da ilusão. É desse modo que Spinoza tenta
demonstrar que a ilusão da finalidade é a fonte de todos os outros.
Kant, por sua vez, denuncia a ilusão transcendental que nos incita a
empregar a razão de forma ilegítima tentando conhecer as coisas em si.
Há contudo ilusões vitais. Bergson, por exemplo, fala da "função
fabuladora" com, sobretudo, a religião primitiva que garante a coesão
social fazendo um contrapeso à inteligência.
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