"O mundo nunca precisou tanto de poesia como agora. Se tudo o que temos é para transformar em dinheiro, então não somos pessoas, somos um supermercado. Vivemos na sociedade da ordem, do “experimente!”, do “compre já”. A publicidade quer parecer, mas a poesia quer apenas ser. O que fascina as pessoas é sua gratuidade, sua verdade genuína num mundo quase todo poluído pelo interesse material. A poesia não faz como a literatura de autoajuda, que aponta caminhos. Ela não dá receitas, dá autonomia. Não nos manda imitar o outro, quer que descubramos nosso próprio mapa."
Salgado Maranhão, excerto da entrevista ao jornal O Globo, em 15 de julho 2012.
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