Lacan
(1970) nos responde sobre qual é o desejo fundamental do ser humano. É o
de não ser desejado pelo outro, pelo afeto do outro, de não ser objeto
do medo de perda do outro.
Se não há como explicar o medo e o desejo,
há de se questionar o desejo paradoxal. Trata-se de uma etiologia
estranha entre o medo de perder e o desejo de perder-se no desejo do
outro: o desejo de ser desejado sempre, o tempo todo. Essa onipotência
do desejo é patológica à medida que nos vemos limitados e que o outro
não nos satisfaz totalmente e não há como ter o monopólio do outro,
reduzido à nossa radical necessidade de ser objeto do desejo do outro,
única e soberanamente.
Compartilhado do projetovemser, Rita de Cássia
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