Somos todos míopes, exceto para dentro.
Só o sonho vê com o olhar.
Transeuntes eternos para nós mesmos,
não há paisagens senão o que somos.
Nada temos porque nada somos.
Que mãos estenderei para que universo?
O universo não é meu:
sou eu.
Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa)
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