Conta-se que o médico estava temeroso. Alexandre, o Grande, havia deixado seu cavalo doente para tratamento e havia dito que, se recebesse o aviso de sua morte, o portador da notícia seria, também, morto. Agora, o cavalo jazia morto. O que fazer? Quem ousaria contar o triste fato ao imperador? O médico não tinha coragem. Soldados recusavam-se a fazê-lo. Um filósofo, embora alertado sobre as consequências, decidiu voluntariamente que ele contaria ao rei a trágica notícia. "Vim trazer notícias de seu cavalo", anunciou, ao ser introduzido diante do rei.
- Como está meu cavalo? – perguntou Alexandre.- Não tão bem quanto o senhor desejava – continuou o filósofo.
- O que, exatamente, isso quer dizer?
- Digo que, desde ontem, seu cavalo não come.
- O que mais?
- Também desde ontem, seu cavalo não se move.
Cada vez mais preocupado, Alexandre perguntou:
- O que mais?
- Desde ontem, também não respira.
- Então ele está morto! – esbravejou o jovem imperador.
- O senhor é quem está dizendo! – astutamente replicou o filósofo.
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