A angústia me desnuda, ao reduzir-me àquilo que eu sou: uma consciência indigente, a quem coube a maldição e o privilégio da liberdade. Transpondo-me ao extremo de minhas possibilidades, revela-me a grandeza e a miséria do homem –grandeza em razão da liberdade, e miséria porque, tudo podendo ser-nos imputado, a nossa responsabilidade é absoluta. Vivemos, afinal, num mundo puramente humano, onde a única transcendência deriva da consciência.Benedito Nunes, traçando simetrias sobre a angústia em Heidegger, Sartre e Lispector.
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