sábado, 30 de novembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A INCOMPREENSÃO MATEMÁTICA PROVÉM DO AMOR À VERDADE - Lacan

"Os sujeitos às voltas com a incompreensão matemática esperam mais da verdade que a redução aos valores que chamamos de dedutivos, pelo menos nos primeiros passos da matemática."
[...]
"Uma verdade não tem conteúdo. Uma verdade que se diz sê-lo ou é verdade ou é semblante, distinção que nada tem a ver com a oposição entre verdadeiro e falso, pois, se ela é semblante, é um semblante de verdade, precisamente. A incompreensão matemática provém da questão de saber se verdade ou semblante não são uma coisa só."
[...]
"Essa embrulhada é tal que nos leva à ideia de que o sintoma de incompreensão matemática é condicionado, em suma, pelo amor à verdade por ela mesma, se assim posso me expressar."
[...]
"Os fenômenos de incompreensão matemática se produzem nos jovens, sem dúvida, em razão de um certo vazio sentido quanto ao lugar do verídico no que é articulado."
Jacques Lacan - 'Estou falando com as paredes' - Zahar, p. 50, 51 e 53.


Texto compartilhado do FB página de Amelia Botelho



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Grande Leminski

seres se traduzem



Que existe mais, senão afirmar a multiplicidade do real?
A igual probabilidade dos eventos impossíveis?
A eterna troca de tudo em tudo?
A única realidade absoluta?
Seres se traduzem.
Tudo pode ser metáfora de alguma outra coisa ou de coisa alguma.
Tudo irremediavelmente metamorfose!

Paulo Leminski

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Foto: RESILIÊNCIA - Qualquer semelhança não é coincidência....

Vindo de um termo da física, resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo com isto, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior. Ou seja, resiliência é a capacidade que um material possui de sofrer muitos impactos, seja de pressão ou temperatura, se deformar inteirinho, quase “morrer,”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se reconstruir. A memória da experiência vivida fica e acresce ao ser sua história e maturidade
"O que não nos destrói nos fortalece, já dizia Nietzsche.
Os melhores diamantes nada mais são que carvão submetido a pressões por milhares de anos. Suportando as pressões, todos nós, vamos descobrindo que possuímos forças inimagináveis dentro de nós e que através do calor dos atritos cotidianos vão temperando o aço de nós mesmos." Como dizia He Man "nós temos a Força" VAMOS SOBREVIVER !!!!!!

RESILIÊNCIA - Qualquer semelhança não é coincidência....

Vindo de um termo da física, resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo com isto, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior. Ou seja, resiliência é a capacidade que um material possui de sofrer muitos impactos, seja de pressão ou temperatura, se deformar inteirinho, quase “morrer,”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se reconstruir. A memória da experiência vivida fica e acresce ao ser sua história e maturidade
"O que não nos destrói nos fortalece, já dizia Nietzsche.
Os melhores diamantes nada mais são que carvão submetido a pressões por milhares de anos. Suportando as pressões, todos nós, vamos descobrindo que possuímos forças inimagináveis dentro de nós e que através do calor dos atritos cotidianos vão temperando o aço de nós mesmos." Como dizia He Man "nós temos a Força" VAMOS SOBREVIVER !!!!!!
"Para encontrar a si mesmo.... pense por si mesmo". 
Sócrates

Francis Bacon

A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos;
disso se originam ciências que podem ser chamadas “ciências conforme a nossa vontade”.
Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade.
Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar;
coisas sensatas, porque diminuem a esperança;
as coisas mais profundas da natureza, por superstição; 
a luz da experiência, por arrogância e orgulho; 
coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo.
Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento. 

Francis Bacon


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

Você Pode !!!!

1. Pense no bem e o bem se seguirá. Pense no mal e o mal se seguirá. Você é aquilo que pensa no decorrer de todos os seus dias.

2. O seu subconsciente não discute com você: aceita o que a sua mente consciente determina. Embora possa ser verdade, nunca diga que "isto está além das minhas posses." Procure um pensamento melhor e afirme que "comprarei isso, prometo-o a mim mesmo".


3. Você tem o poder de escolher. Escolha saúde e felicidade. Você pode escolher a cordialidade ou preferir ser antipático. Escolha ser prestativo, alegre, cordial e simpático que todo o mundo lhe corresponderá. Esta é a melhor maneira de desenvolver uma personalidade admirável.


4. A sua mente consciente é a "sentinela no portão". Tem como principal função proteger o subconsciente das impressões falsas. Procure acreditar que algo de bom vai acontecer e está acontecendo agora mesmo. O seu maior poder é a sua capacidade de escolha. Escolha a felicidade e a abundância.


5. As sugestões e afirmações de outros não têm poder para prejudicá-lo. O único poder é a ação do seu próprio pensamento. Você pode escolher a rejeição dos pensamentos e afirmações dos outros. Você tem o poder de escolher como reagirá.


6. Tome cuidado com o que diz. Você terá que dar conta de cada palavra irresponsável. Nunca diga "vou fracassar; perderei meu emprego; não posso pagar o aluguel". O seu subconsciente não sabe distinguir uma pilhéria. Faz com que todas essas coisas se tornem verdades.


7. A sua mente não é voltada para o mal. Nenhuma força da natureza o é. Tudo depende de como você usa os poderes da natureza. Use sua mente para fazer felizes, beneficiar e inspirar todas as pessoas ao redor de você.


8. Nunca diga que não pode fazer alguma coisa. Supere o seu temor, substituindo-o pela seguinte afirmação:

"Posso fazer todas as coisas, através do poder da minha mente subconsciente."

9. Comece a pensar do ponto de vista das eternas verdades e princípios da vida e não do ponto de vista do medo, da ignorância e da superstição. Não deixe que os outros pensem por você. Escolha os seus próprios pensamentos e tome as suas próprias decisões.


10. Você é o capitão da sua alma (subconsciente) e o senhor do seu destino. Lembre-se : você tem a capacidade de escolher. Escolha a vida! Escolha o amor! Escolha a saúde! Escolha a felicidade!


11. O que quer que sua mente consciente acredite ser verdade o seu subconsciente aceitará e fará com que se transforme em verdade mesmo. Acredite na boa fortuna, na orientação divina, na ação correta e em todas as bênçãos da vida.

Joseph Murphy

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Compartilhado do Facebook - Projeto Vem Ser - Rita De Cassia Antunes
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher! Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão:

- É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso. Com vinho, poesia ou virtude, a escolher...

[Charles Baudelaire]

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Foto: Curta agora a METROPOLITANA FM
"Creio que, desde muito pequeno, minha infelicidade, e ao mesmo tempo minha felicidade, foi não aceitar as coisas com facilidade. Não me bastava que explicassem ou afirmassem algo. Para mim, ao contrário, em cada palavra ou objeto começava um itinerário misterioso que às vezes me esclarecia e às vezes chegava a me estilhaçar"

"Em suma, desde pequeno, minha relação com as palavras, com a escrita, não se diferencia de minha relação com o mundo no geral. Eu pareço ter nascido para não aceitar as coisas tal como me são dadas."


Julio Cortázar

Esse texto foi compartilhado de Marcel Oliveira do Facebook

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Compartilhado de Nietzsche da Depressão

Para Nietzsche, a filosofia não deve ser o refúgio dos fracos. Filosofar está distante de rezar, pregar, salvar, cuidar… O filósofo é o contrário de um sacerdote e a filosofia não é uma casa onde doentes descansam. Não há compaixão na filosofia! “Os autêntico filósofos são comandantes e legisladores: eles dizem “assim deve ser!”, eles determinam o para onde? do ser humano” (Nietzsche, Além do Bem e do Mal, §211).
Ser filósofo é tornar sinônimo querer e criar, é dar vazão à Vontade de Potência. O filósofo cria valores, recicla velhos valores, redispõe, reordena. Filosofar é comandar.

domingo, 17 de novembro de 2013

Lya Luft



APESAR DE TODOS OS MEDOS, ESCOLHO A OUSADIA !!!!     LYA LUFT


sábado, 16 de novembro de 2013

Aprendendo a amar

APRENDIENDO A AMAR

Ganar terreno al odio

Freud dice que el odio es más antiguo que el amor. Nuestro primer impulso es odiar al otro; por lo tanto, amarlo requiere un trabajo subjetivo. Si consideramos que el psicoanálisis es un tratamiento sobre el amor, estas cuestiones son fundamentales en una cura: ¿cómo es posible hacer una experiencia amorosa? ¿Cómo puede el amor ganarle terreno al odio?
Amor mío, no te quiero por vos ni por mí ni por los dos juntos, no te quiero porque la sangre me llame a quererte, te quiero porque no sos mía, porque estás del otro lado, ahí donde me invitás a saltar y no puedo dar el salto, porque en lo más profundo de la posesión no estás en mí, no te alcanzo, no paso de tu cuerpo, de tu risa…
—Julio Cortázar

© Marcel van der Vlugt
Lo opuesto al amor no es el odio, sino la indiferencia. Somos indiferentes cuando ignoramos el deseo del otro: sólo sé de mí, ignoro al otro.1 ¿Qué entendemos por ignorar el deseo del otro? Podemos hacer la pregunta de un modo positivo: ¿Qué significareconocer el deseo del otro?
Cuando no hay otro el mundo es el espejo de nuestros sueños. Se trata de una experiencia imaginaria de fusión. Ésa es la experiencia del enamoramiento. Cuando estoy enamorado le atribuyo al ser amado todo lo que yo había estado esperando. Construyo una alucinación amorosa de la cual me siento dichoso: en aquél del que estoy enamorado proyecto mis sueños amorosos. Envolvemos al amado con el celofán de nuestras fantasías.
El estado del enamoramiento es similar al estado del hipnotizado: no hay un yo-diferenciado. Se trata de un sueño despierto en el que mi singularidad está dormida. Quisiéramos que el sueño durara siempre, porque despertar es doloroso. El amado es una imagen mágica (elaborada entre lo simbólico y lo imaginario) de lo ya perdido; luego, surge la duda con asomo de angustia: ¿Encontraría a la Maga?, pregunta Cortázar al inicio de Rayuela.
Cuando despierto miro al otro como sujeto. Aquél del que estoy enamorado no es un objeto en donde proyecto mis sueños. No hay correspondencia perfecta entre mi deseo y el suyo: me doy cuenta de su deseo. El otro emerge en lo que no se espera, en lo que no se quisiera. El otro difiere a mis expectativas. La decepción y el dolor son los primeros nombres del otro: no soy todo para aquél que amo. La realidad es diferente a los sueños: no soy lo único que desea el otro.
Mientras que mi partenaire me dice sí, aún no hay otro. Puede haber enamoramiento, pero aún no hay otro. En el momento en que aquél del que estoy enamorado me dice no,surge la otredad del otro: el otro difiere de mí. El principio del amor es esta negación: “La positividad misma del amor está en su negatividad”, dice Lévinas [2006: 50]. El amor surge de una demanda frustrada: el deseo del otro no se adecua a mi petición. No hay fusión, sino disparidad. Ahí surge el odio. Primero hay indiferencia; luego, odio.
Cuando despierto miro al otro como sujeto. Aquél del que estoy enamorado no es un objeto en donde proyecto mis sueños. No hay correspondencia perfecta entre mi deseo y el suyo: me doy cuenta de su deseo. El otro emerge en lo que no se espera, en lo que no se quisiera. El otrodifiere a mis expectativas.
La experiencia del odio consiste en atribuir al otro la causa de mi mal. Cuando el otro me dice no acontece en mí la soledad. La experiencia original del ser humano con la soledad es la del desamparo: si el infansestá solo, se muere. Vivimos porque alguien deseó nuestra existencia: nos alimentó, nos cubrió del frío… Cuando el otro me dice nosiento que no me desea. Desamparado, siento que muero. Odio porque siento que agonizo. La culpa de todo lo que me sucede es del otro. No cumplió con lo prometido: desearme a mí, siempre, sólo a mí. Parecía que éramos Uno; ahora, me deja solo y abandonado. Mi cuerpo y mi existencia se convierten en una experiencia dolorosa y decepcionante. Se derrumba mi castillo: me quedo sin reino. Paso de rey a mendigo. Vago por el desierto. ¿Por qué tengo tanta sed? ¿Por qué el sol quema en la nuca? ¿Por qué mis pies están cansados? Porque el otro así lo quiso, me abandonó: maldito sea. Ése es el momento de los reclamos, de los reproches, de los golpes, de los insultos, de los dramas, de los llantos…
Hay quienes no reclaman, pero tratan de apagar su sed con tequila; quienes no reprochan, pero pretenden saciar su hambre con chocolates; quienes no odian, pero insisten en hacer surgir sus sueños paradisiacos con psicotrópicos. Otros más duermen y duermen; hay quienes se suicidan. El odio hacia el otro puede volcarse contra sí mismo. Es el momento de los navajazos en el cuerpo, de los choques violentos, de las bancarrotas, de actos autodestructivos. También puede ser el momento en que me humillo para que me maltraten: el odio que siento por ti, lo vuelco sobre mí. Golpéame, insúltame, pero no me dejes.
Cuanto más amo más necesito al otro; cuanto más lo necesito más me duele su ausencia, más me desespera no controlar su deseo. La experiencia amorosa es compleja porque en ella emerge la soledad. Soledad no sólo es estar solo: soledad es estar necesitado del deseo del otro y que ese otro no responda. En la indiferencia no hay soledad. En el estado de ebriedad, en los efectos de los psicotrópicos, en el sueño o en el enamoramiento no hay soledad, pero tampoco hay experiencia amorosa. Cuanto más amo, más solo me siento. Y entonces nos preguntamos: ¿cómo pasar de la indiferencia y del odio hacia la experiencia amorosa? ¿Cómo aprender a amar? Hacemos esta pregunta en el mismo sentido en que Jacques Derrida [2006: 15] se preguntaba cómo aprender a vivir. Faltamos a la cita de este modo
:
amar, por definición, no se aprende. Ni de amor a uno mismo ni del amor por el amor. Sólo del otro y por la muerte. El amor, como la soledad, no se aprende. Tan sólo podemos esperarlos. Juntos. Intentar enseñarnos el uno al otro a amar, en una inquietud compartida y en una difícil soledad.
Mientras morimos, aprendemos a amar. Aprendemos a amar aprendiendo a habitar nuestra soledad; así, acontece nuestro ser mortal. No hay amor puro: la experiencia amorosa es mezcla de odio, dolor, placer, soledad, pérdidas, muerte… Para evitar el dolor, podemos abandonar la esperanza amorosa, pero nos convertimos en seres indiferentes, tristes, aburridos…2
Después de la muerte de Dios tenemos el reto de abordar el amor de distintos modos. El amor como un discurso de valor religioso, sacro, heterosexual, con el deseo de procreación, de fidelidad eterna, ya no tiene fuerza vinculante, ya no organiza las relaciones eróticas. El cristianismo ya no dicta los modos de hacer lazos amorosos. Es necesario aprender a amar de diferentes maneras. Aquí escribimos una posibilidad: la del psicoanálisis, una entre millones.
En el cristianismo importa el sacrifico como promesa de eternidad, no el deseo. En oposición al amor religioso, la experiencia psicoanalítica ofrece la posibilidad de trabajar con la propia subjetividad para crear un tiempo propicio que done un amor que reconozca el deseo, el sexo y la muerte: no es posible la posesión del otro, la fusión en un ser y el vínculo amoroso eterno; hay que reconocer el deseo del otro, la singularidad delpartenaire y la posibilidad (siempre presente) del fin.
En el siglo pasado el psicoanálisis se permitió definir el amor adulto como un amor que se reconoce en la diferencia sexual. Este amor no es un atributo exclusivo de la parejaheterosexual, sino del reconocimiento de que el partenaire es un otro deseante: su deseo no se agota conmigo. La diferencia sexual no es sólo una diferencia anatómica, sino un estado de abierto a la alteridad sexual del otro.

© Marcel van der Vlugt
En el consultorio escuchamos los modos en que el amor se ha vuelto imposible. Algunos sostienen vínculos en la indiferencia o en el odio. En ocasiones se conservan vínculos de propiedad o se deniega el deseo sexual. Hay muchos matrimonios que abandonan la actividad sexual y se refugian en el goce de los hijos: tratan a sus niños como zonas erógenas de las cuales no pueden desprenderse. El placer conyugal se desplaza al amor familiar que se convierte en un amor incestuoso.
El amor en la diferencia sexual es el amor cuya condición es el deseo. Francisco Pereña [2006] dice que en la incondicionalidad no puede haber deseo porque el vínculo se convierte en mandato: hay exigencia, atosigamiento, reclamos. La incondicionalidad promueve el odio. En la incondicionalidad se rechaza el deseo sexual; no hay encuentro. En la incondicionalidad el vínculo se hace de temor, de culpa, de amenaza, de castigo. Cuando decimos que amamos —y nos aman— incondicionalmente podemos descansar un rato porque sentimos que hemos logrado lo que parecía imposible: la presencia total del otro. Sin embargo, luego vemos que (poco a poco) el vínculo se convierte en una crueldad cotidiana que va destruyendo al otro.
La incondicionalidad acaba con la posibilidad amorosa. Así como la condición de la existencia es la muerte, la condición del encuentro es su negativa: la soledad. No puede haber amor si no hay soledad. Cuando el amor se convierte en incondicionalidad la soledad deja de ser el punto de partida y se muda en condena y odio: hay reproches, guerra fría, campo de batalla constante.
El deseo sexual es incompatible con el amor incondicional. Aceptar el sexo es aceptar la soledad: el otro puede desearme o no. En el deseo, el amor es una petición siempre renovada. El amor es placentero cuando los dos lo desean: quieres, quiero, queremos…Para pedir y aceptar la posibilidad de la negativa el amor requiere abandonar las imágenes narcisistas de sí mismo: “Amar lo otro implica no amar nunca lo Uno”, dice Lucía Etxebarria [2005].
Cuando el deseo es la condición del amor, entonces ya no se ama por obligación; sin embargo, la fragilidad abre un espacio de incertidumbre y de angustia: el otro puede dejar de desearme. El problema no es que el otro pueda faltar, sino que nos adelantamos a ese fin. Al adelantarnos imaginamos escenas terribles; entonces nos precipitamos en la posesión.
En la época actual, era narcisista por excelencia, la experiencia amorosa es cada vez más difícil: la petición amorosa se mira como cuando se ve una mosca nadando en la sopa. No queremos saber nada sobre el amor porque sabemos que el amor es la experiencia de la fragilidad y de la vulnerabilidad. Hoy hay múltiples cópulas genitales, pero se evita la demanda amorosa. El amor sin deseo se convierte en odio y el deseo sin amor en indiferencia.
Pese a la época, cuando aceptamos amar con fragilidad y deseo, entonces la experiencia amorosa acontece entre azar y destino. Elegimos a nuestra pareja según la historia de nuestras pérdidas que hacen inscripciones en el inconsciente; a la vez, azarosamente, encontramos a alguien y quedamos prendidos a su piel. Poco a poco aprendemos a renunciar a la posesión. Perdemos para desear de nuevo. La contingencia juega con el destino. En los ritmos de aproximación y de separación emerge el erotismo. Por más que guardan una relación compleja, no hay mayor placer que conjugar amor y deseo. Con-jugar amor y deseo significa jugar con lo imposible: el amor trata de fijar al deseo y el deseo corre siempre muy lejos…
Cuando el deseo es la condición del amor, entonces ya no se ama por obligación; sin embargo, la fragilidad abre un espacio de incertidumbre y de angustia: el otro puede dejar de desearme. El problema no es que el otro pueda faltar, sino que nos adelantamos a ese fin. Al adelantarnos imaginamos escenas terribles; entonces nos precipitamos en la posesión. Es importante reconocer nuestras fantasías primarias: más allá del modo de proceder del otro intuimos su deseo más allá de nosotros. El punto de partida del odio es la soledad y el dolor; sin embargo, el odio se engrandece con una imaginación interpretativa que se alimenta de nuestros fantasmas. Imaginamos que el otro nos quiere hacer daño: me excluirá, me incorporará, me castrará, me abandonará. Por ello necesitamos trabajarnos, elaborarnos, reconocernos. Cada uno requiere conocer su historia, sus fantasías, su carácter… Es ineludible mirar al otro más allá de sí mismo. Aprender a amar es hacer del amor una experiencia de la alteridad. Se asiste a un psicoanálisis porque nadie aprende a amar solo.
Sólo cuando puedo dejar de atribuirle al otro la causa de mi mal (interpretación realizada desde mi fantasma), puedo saber que mi odio en realidad es mi dolor de existir. La sed no es culpa suya; la sed es mi cuerpo. Tengo sed desde que existo. Si recuerdo la experiencia de mi cuerpo sediento me doy cuenta de que los labios de aquél de quien estoy enamorado me calman, pero el dolor no es causa suya. En ello la experiencia poética es importante. Poesía rima con fantasía: el poema conjuga mis fantasmas. El amor se recrea en la ficción del lenguaje porque las palabras son el hogar de los huérfanos. Las palabras permiten matizar las imágenes absolutas del fantasma. A propósito, Lyotard [1979: 316] dice esto:
El discurso no es poético porque nos seduzca, sino porque además nos descubre las operaciones de la seducción y del inconsciente: engaño y verdad juntos; fines y medios del deseo. De este modo, nuestro placer poético puede rebasar en mucho los límites fijados por nuestros fantasmas y así podemos hacer esa cosa tan extraña: aprender a amar. El placer del juego altera el juego del placer. Y así la fusión es inesencial. El poema puede introducir imágenes en el lector, pero sólo lo hace desolidarizándolo de sus imágenes fantasmáticas y abriéndole el laboratorio de las imágenes, que son la formas.
Seguimos a Lyotard con Winnicott: “El placer del juego altera el juego del placer”. El amor es una intersección de zonas de juego. La vida duele, pero queremos jugar. El amor es posible cuando los amantes pueden ampliar su espacio lúdico. Cuando una relación se petrifica es necesario voltear las cartas y barajar de nuevo. En ese movimiento podemos perder seguridad, pero ganamos disfrute.
Para ampliar nuestras zonas de juego se requiere abandonar la tierra natal. Aprender a amar es desaprender los modos en que el amor se ha enajenado en nuestra historia. Nuestra historia amorosa nace en la familia; aunque el amor sexual es diferente al amor filial. El goce sexual está fuera de la cuna: la tierra extranjera es el espacio del encuentro. Sólo los adultos (aquellos que han abandonado a su padre y a su madre porque ya no pretenden ser los niños maravillosos de antaño) pueden hacer del deseo sexual el placer del amor.
Freud decía que el psicoanálisis nos permite amar mejor: se historiza el amor y se sabe que es imposible. Empero, hay que intentarlo una y otra vez, incansablemente. Ése es el deseo. Escribimos aprendiendo a amar porque nunca aprendemos del todo. Somos ignorantes; nunca sabemos sobre el deseo del otro, pero lo podemos reconocer a través de nuestra angustia. Lo intentamos. Sin fusión, el deseo es el poro por el que respira Eros; también, por el que goza y llora. No hay amor completo porque el deseo es su posibilidad. No hay Uno porque hay alteridad. Así, queremos seguir jugando: cuanto menos posesión, mayor placer. Cuando el deseo del otro se nos escapa, el cuerpo nos duele y la existencia nos asfixia. Aun así, el otro no tiene la culpa de su retirada: aprendemos a reír en nuestro llanto… ®
Notas
1 Lacan [2004: 344] dice que la ignorancia no debe entenderse como una ausencia de saber, sino, al igual que el amor y el odio, como una pasión del ser; pues puede ser, como ellos, una vía en la que el ser se forma.
2 La cita original dice así: “Vivir por definición, no se aprende. Ni de uno mismo ni de la vida por la vida. Sólo del otro y por la muerte”. El vivir, como el morir, no se aprende. Tan sólo podemos esperarlo. Juntos. Intentar enseñarnos el uno al otro a vivir, en una inquietud compartida y una difícil libertad.
Referencias
Cortázar, J., Rayuela, Madrid: Cátedra, 2008.
Derrida, J. [2006], Aprender por fin a vivir. Entrevista con Jean Birnbaum. Trad. Nicolás Bersihand, 1a ed., Buenos Aires: Amorrortu.
Etxebarria, L. [2005] Actos de placer y amor, Albacete: Nausíccä.
Freud, S., Obras completas. Ordenamiento, comentarios y notas de James Strachey (24 volúmenes). Traducción directa del alemán de José L. Etcheverry, 2a edición en castellano. Buenos Aires: Amorrortu, 1999.
Lacan, J. [2004], El seminario: libro 1: los escritos técnicos de Freud. Trad. Rithee Cevasco y Vicente Mira Pascual, 1a ed. 13a reimp. Buenos Aires: Paidós.
Lévinas, E. [2006], De la existencia al existente. Trad. Patricio Peñalver.
Lyotard, F-L. [1979], Discurso, Figura. Trad. Josep Elías y Carlota Hesse Barcelona: Gustavo Gili.
Pereña, F. [2006], Soledad, pertenencia y transferencia Madrid: Síntesis.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

"Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles.
Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo.
Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim.
Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano.
Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim, que tento manter preso e que quando se solta me envergonha.
Não sou santo, nem exemplo, infelizmente.
Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo, definitivamente.
Como já foi dito: ouse conquistar a ti mesmo."

Nietzsche

art by Andrius Kovelinas





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Vasos do concreto...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Adorável Lispector

Dá-me a Tua Mão

Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.

( Clarice Lispector )
(A Paixão segundo G.H




Compartilhado de Marcel Benedeti no FB.

domingo, 10 de novembro de 2013

sábado, 9 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Uma linha invisível conecta os que estão destinados a se encontrar, apesar do tempo, do lugar, apesar das circunstâncias. 


Provérbio chinês



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

"A arte da previsão consiste em antecipar o que acontecerá 
e depois explicar o porque não aconteceu."

Winston Churchill


domingo, 3 de novembro de 2013

O Haver - Vinícius de Moraes

O Haver

Vinicius de Moraes


Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

sábado, 2 de novembro de 2013

Apesar de tudo..... existimos....

"Compreendi que viver é ser livre…
Que ter amigos é necessário… 
Que lutar é manter-se vivo… 
Que pra ser feliz basta querer… 
Aprendi que o tempo cura… 
Que mágoa passa… 
Que decepção não mata… 
Que hoje é reflexo de ontem… 
Compreendi que podemos chorar sem derramar lagrimas… 
Que os verdadeiros amigos permanecem… 
Que dor fortalece… 
Que vencer engrandece… 
Aprendi que sonhar não é fantasiar… 
Que pra sorrir tem que fazer alguém sorrir…
Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos… 
Que o valor está na força da conquista… 
Compreendi que as palavras tem força… 
Que fazer é melhor que falar… 
Que o olhar não mente… 
Que viver é aprender com os erros… 
Aprendi que tudo depende da vontade… 
Que o melhor é ser nós mesmos… 
Que o SEGREDO da vida é VIVER !!!”

“E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.

Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar. 
Apesar de, se deve morrer. 
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. 
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida.”  

Clarice Lispector