quarta-feira, 31 de julho de 2013



"Uns tocam-nos o corpo sem nunca nos terem tocado a alma, e outros tocam-nos a alma sem nunca nos terem tocado o corpo..."

Compartilhado da página do facebook de Amelia Botelho

Foto: Toda e qualquer entrada é 
boa, desde que as saídas sejam múltiplas.

"Toda e qualquer entrada é boa,
desde que as saídas sejam múltiplas".

Por Rita de Cassia Antunes - Projeto VemSer

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cultivando a inteligência

10 maneiras de cultivar a inteligência


Cultivar a inteligência é a melhor forma para conseguir atingir o sucesso profissional, pessoal e financeiro. Veja dicas de como fazer isso:

 10 maneiras de cultivar a sua inteligência
Na vida adulta, nos deparamos com muitos problemas que temos que lidar diariamente. Não é sempre que conseguiremos resolvê-los facilmente, mas cada vez que contornamos eles, estamos mais próximos de atingir o sucesso. Aqui vão algumas dicas de como cultivar a nossa inteligência:

1 - Defina novos objetivos toda semana
Trabalhe duro para atingir as suas metas. Sem objetivos, você não tem como definir suas estratégias eter novas ideias. Cada vez que você chegar lá, reconheça seu esforço e não perca tempo para decidir qual é o próximo passo. Se você estiver demorando muito para atingir as metas, pare e tente encontrar onde você está errando.

2 – Priorize a educação
Entenda que a sua educação tem que ser prioridade. Estudar permite que você entenda o mundo ao seu redor e desperta a sua curiosidade. Uma mente esperta é aquela que sempre questiona e tem sede de novidades. Além do mais, nem todo conhecimento é aprendido nas escolas e na universidade: você pode aprender muito no seu dia a dia.

3 – Seja organizado
Organizar as suas coisas é uma das formas mais eficazes de não desperdiçar o seu tempo. Estar ciente de onde estão as suas coisas é uma ótima maneira de organizar seus pensamentos e não gastar a sua disposição à toa.

4 – Tenha uma mente aberta
Não fique fechado para sempre as mesmas opções e a mesma linha de pensamento. Não é porque você é bom em algo que você tem sempre que fazer a mesma coisa. De vez em quando, saia da sua zona de conforto.

5 – Seja uma pessoa antenada
Sempre leia jornais, sites e revistas. Vá ao cinema, leia os livros do momento e assista aos documentários. Ou seja: saiba o que está acontecendo.

6 – Cultive um bom vocabulário
Todos os dias, abra o dicionário e tente descobrir uma palavra nova. Use-a ao longo do dia, e incorpore ela ao seu vocabulário.

7 – Estimule a mente
Pratique tarefas que estimulem o seu raciocínio e memória. Tente resolver Sudoku, complete palavras cruzadas, tente solucionar um cubo mágico, escreva poemas, etc.

8 – Aprenda uma nova língua
Além de ser um ótimo exercício linguístico, aprender um novo idioma pode te aproximar a uma nova cultura e pessoas.

9 – Visite novos lugares
Visitar novas cidades ou países abre a sua mente e ensina a ver o mundo de outra forma. Você vê novos hábitos e culturas, conhece outras pessoas, comidas, paisagens, etc.

10 – Faça conexões
O conhecimento só é útil quando pode ser usado na vida real. Tente utilizar o que você já sabe para resolver os seus problemas e para ter novas ideias.

Créditos para Universia, FB.



Sobre a Guerra

Embora longo é muito interessante esse texto publicado no fb pela Sociedade Racionalista:


Guerra não é herança evolutiva dos humanos

Pesquisadores concluem que a prática do confronto não é inata nem inevitável
Por John Horgan

Uma das mais insidiosas ideias modernas sustenta que a guerra é inata, uma adaptação criada em nossos ancestrais pela seleção natural. Essa hipótese – vamos chamá-la de “Teoria da Guerra com Raízes Profundas” – já foi promovida por intelectuais respeitáveis como Steven Pinker, Edward Wilson, Jared Diamond, Richard Wrangham, Francis Fukuyama e David Brooks.

A Teoria das Raízes Profundas aborda não apenas a agressão humana violenta em geral, mas uma manifestação específica dela, envolvendo ataques de um grupo contra o outro.

Os adeptos da teoria frequentemente argumentam que – por mais belicosos que sejamos atualmente – nós éramos ainda mais belicosos antes do advento da civilização.

Pinker alega em seu bestseller, Better Angels of Our Nature (Os anjos bons de nossa Natureza, em tradução livre), que “ataques e disputas crônicas caracterizam a vida em um estado natural” . Em The Social Conquest of the Earth (A Conquista Social da Terra), Wilson chama a guerra de “maldição hereditária da humanidade”.

A Teoria das Raízes Profundas se tornou extraordinariamente popular, especialmente considerando que as evidências para ela são extraordinariamente fracas.

Um estudo publicado em 18 de julho na Science, “Lethal Aggresion in Mobile Forager Bandas and Implications for the Origins of War”, fornece contra-evidências para a Teoria das Raízes Profundas.

Os autores do estudo, os antropólogos Douglas Fry e Patrik Soderberg da Universidade Abo Akademi, na Finlândia, declaram que seus descobertas “contradizem afirmações recentes de que coletores nômades se engajavam regularmente em guerras de coalisão contra outros grupos”.

Fry e Soderberg se concentram em bandos de coletores com grande mobilidade, também chamados de caçadores-coletores nômades, porque se acredita que seu comportamento forneça uma janela para a evolução humana.

Nossos ancestrais viveram como coletores nômades desde a emergência do gênero Homo há cerca de dois milhões de anos até aproximadamente 10 mil anos atrás, quando humanos começaram a plantar, domesticar animais e se estabelecer em sociedades hierárquicas mais complexas.

Fry e Soderberg examinaram dados de violência mortal em 21 sociedades coletoras observadas por etnógrafos.

As sociedades incluem os Aranda e Tiwi, da Austrália, os Kaska, Kitlinermiut, e Montagnais da América do Norte; os Botocudo da América do Sul, os Kung, Haza e Mbuti da África; e os Vedda e Andamanese do Sul do Ásia.

Fry e Soderberg regisram um total de 148 “eventos de agressão letal” nessas sociedades.

Os pesquisadores distinguem entre a violência envolvendo pessoas que pertencem ao mesmo grupo, frequentemente aparentados, e a violência entre pessoas em grupos diferentes. Eles também distinguem entre a violência envolvendo apenas um perpetrador e vítima e a violência envolvendo pelo menos dois assassinos e duas vítimas.

Essas distinções são cruciais, porque a guerra, por definição, é uma atividade em grupo.

Os defensores da teoria "raízes profundas" frequentemente consideram todas as formas de violência mortal, não apenas a violência em grupo, como evidência para sua teoria. (Eles frequentemente também contabilizam a violência em sociedades que praticam a horticultura, como os Ianomami da Amazônia, mesmo que a horticultura seja uma invenção humana relativamente recente.)

Das 21 sociedades examinadas por Fry e Soderberg, em três não encontraram registro de morte de nenhum tipo, e em 10 não havia mortes provocadas por mais de um perpetrador.

Em apenas seis sociedades os etnógrafos registram mortes que envolveram dois ou mais perpetradores e duas ou mais vítimas. Uma única sociedade, no entanto, os Tiwi da Austrália, foi responsável por quase todas essas mortes em grupo.

Alguns outros pontos de interesse: 96% dos assassinos eram do sexo masculino.

Isso não é surpresa. Mas alguns leitores podem se surpreender com o fato de que apenas duas de 148 mortes se originaram de luta por “recursos”, como áreas de caça, fontes de água ou árvores de frutos.

Nove episódios de agressão letal envolveram maridos matando esposas; três envolveram a “execução” de um indivíduo por outros membros de seu grupo; sete envolveram a execução de “estranhos”, como colonizadores ou missionários.

A maioria das mortes veio do que Fry e Soderberg categorizam como “disputas pessoais diversas”, envolvendo ciúmes, roubos, insultos e assim por diante. A causa mais específica de violência mortal – envolvendo perpetradores únicos ou múltiplos – foi a vingança de um ataque anterior.

Esses dados corroboram a teoria da guerra proposta por Margaret Mead em 1940.

Observando que algumas das sociedades coletoras simples, como os aborígenes australianos, podem ser belicosas, Mead rejeitou a ideia de que a guerra era uma consequência da civilização. Mas ela também descartou a noção de que a guerra fosse inata – uma “necessidade biológica”, como ela chamava – simplesmente ao apontar (como fazem Fry e Soderberg) que algumas sociedades não se engajam em violência entre grupos.

Mead (novamente como Fry e Soderberg) não encontrou evidências para o que poderia ser chamado de teoria malthusiana da guerra, que sustenta que a guerra é a consequência inevitável da competição por recursos.

Em vez disso, Mead propôs que a guerra é uma “invenção” cultural – no linguajar moderno, um meme, que pode surgir em qualquer sociedade, da mais simples até a mais complexa.

Uma vez que surge, a guerra frequentemente se auto-perpetua, com ataques de um grupo provocando retaliações e ataques preventivos de outros.

O meme da guerra também transforma sociedades, fazendo com que se tornem militarizadas e tornem a guerra mais provável.

Os Tiwi parecem ser uma sociedade que abraçou a guerra como modo de vida. Assim como os Estados Unidos da América.

A Teoria das Raízes profundas é insidiosa porque leva muitas pessoas a sucumbir a noção fatalista de que a guerra é inevitável. Errado. A guerra não é nem inata, e nem inevitável.


Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/guerra_nao_tem_profundas_raizes_evolutivas.html

sábado, 27 de julho de 2013

Foto: "Crianças gostam de fazer perguntas sobre tudo. Mas nem todas as respostas cabem num adulto".

(Arnaldo antunes)

"Almas petrificadas nem sempre respondem
a sensibilidades inocentes".


Foto: O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.[C.Lispector] Aglair Grein-psicanalista

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.[C.Lispector]

Aglair Grein-psicanalista

Foto

Responsabilidades

Foto: Arcar com a responsabilidade da própria vida, não projetá-la em mídia, moda, cultura, família, nada que não seja sua própria estrutura, seu próprio caráter, suas próprias convicções, é tornar-se Pessoa Plena. Só assim é possível viver além dos mandos e desmandos alheios, onde só as crianças se escondem atrás de posturas como "estava só cumprindo as ordens", "o que os outros vão dizer de mim?" " a culpa é do outro", entre outras. Aglair Grein-psicanalista

Arcar com a responsabilidade da própria vida, não projetá-la em mídia, moda, cultura, família, nada que não seja sua própria estrutura, seu próprio caráter, suas próprias convicções, é tornar-se Pessoa Plena. Só assim é possível viver além dos mandos e desmandos alheios, onde só as crianças se escondem atrás de posturas como "estava só cumprindo as ordens", "o que os outros vão dizer de mim?" " a culpa é do outro", entre outras.
Aglair Grein-psicanalista

Compartilhado da psicanalista cujo Aglair Grein, cujo blog e FB são excelentes.

Faça sexo !!!!

De acordo com pesquisadores canadenses , quando uma bactéria entra em contato com água quente (uma situação de estresse), ela ativa um gene indutor sexual, que aumenta as chances de reprodução. Outro estudo, conduzido pela Universidade de Paisley, sugere que manter relações sexuais é efetivo no combate ao estresse e ansiedade. E a melhor conclusão da pesquisa: quanto mais sexo, melhor.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Nossos cotidianos.....



A pequena semente sabia que, no fim, precisava crescer,
que precisava ser retirada do meio da terra, onde estava 
coberta de trevas e lutar para alcançar a Luz.


Honoré de Balzac



"O amor é a poesia do sentidos.
Ou é sublime, ou não existe",

Honoré de Balzac

(post compartilhado do fb de Rosi Rodrigues)


Adorável Clarice

“Minha condição é muito pequena. Sinto-me constrangida(...)
O meu descompasso com o mundo chega a ser cômico de tão grande. Não consigo acertar o passo com ele. Já tentei me pôr a par do mundo, e ficou apenas engraçado: uma de minhas pernas sempre curta demais. O paradoxo é que minha condição de manca é também alegre porque faz parte dessa condição(...) A condição não se cura, mas o medo da condição é curável.” 

(Clarice Lispector)



Mal posso acreditar que tenho limites



Clarice Lispector em "Perto do Coração Selvagem"


domingo, 14 de julho de 2013

Química das Emoções


A QUÍMICA PERFEITA DAS EMOÇÕES

Como os neurônios transformam uma situação positiva em sensação agradável.

Acreditar que a felicidade depende unicamente da perfeita harmonia do sistema neurológico humano seria tão equivocado quanto deixar de incluir o corpo e a mente saudáveis no conjunto de fatores responsáveis por esse estado de espírito. Todas as atividades humanas, da respiração à alimentação, da dor ao prazer, passando pela aquisição da memória, precisam ser decodificadas em diferentes partes do cérebro para que se tenha consciência delas. O transporte das informações adquiridas durante a existência é feito pelas sinapses – as conexões entre os cerca de 100 bilhões de neurônios que compõem o sistema nervoso.

Essas ligações – cerca de 10 mil por segundo – ocorrem por meio de um processo químico, pelo qual diferentes neurotransmissores – substâncias produzidas nos próprios neurônios – se encarregam de transmitir as mensagens recebidas, externa ou internamente, até a região capaz de reconhecê-las. "Como a felicidade é um sentimento complexo, difícil até mesmo de ser definido, é possível que envolva várias áreas cerebrais. No entanto, o sistema límbico, conhecido como o centro das emoções, provavelmente está mais intimamente relacionado com ela", explica o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. 

Localizada na região central do cérebro, essa região é formada por quatro estruturas: amígdala, hipocampo, giro cingulado e fórnix. Todas se interligam, e embora não se possa atribuir a cada uma funções exclusivas, elas contribuem em maior ou menor escala para a formação de determinadas emoções. A mais relacionada à felicidade é a amígdala, envolvida com sentimentos elaborados, como amor, amizade, humor, medo e agressividade. O conjunto dessas estruturas, denominado sistema límbico, é a estação intermediária entre a região cerebral onde as emoções são recebidas, e o local onde elas são decodificadas. "No caso da felicidade, quem faz essa ponte é, sobretudo, a dopamina, responsável pela alegria e pelos sentimentos positivos", explica o neurologista Ademir Baptista Silva, também da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com ele, é no sistema límbico que estão disponíveis o maior número de receptores da dopamina, capazes de reconhecer essas sensações e enviá-las para o córtex cerebral, que faz com que o indivíduo tome consciência delas. Também chamado de massa cinzenta, o córtex é a camada mais superficial do cérebro, que recebe todo tipo de estímulo sensorial, dos motores aos psíquicos, e os envia para as regiões onde são transformadas em respostas adequadas, como movimentos ou reações emocionais.

Texto e imagem: Revista Galileu
De Neurociências em benefício da educação.

Clique sobre a imagem para ampliar

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Convicções....



"As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras."

Friedrich Nietzsche


(compartilhado de Patricia Melo, do FB)

Osho

Foto: "Nenhuma pessoa inteligente está interessada em dominar os outros.
Uma pessoa inteligente está interessada em conhecer a si mesma."

Osho

"Nenhuma pessoa inteligente está interessada em dominar os outros.
Uma pessoa inteligente está interessada em conhecer a si mesma."

Osho

As angústias da (des) esperança


'Eu sou o limite de minhas ilusões perdidas", escreveu o filósofo francês Gaston Bachelard. E é nessa tensa relação entre angústia, desespero e esperança que transcorre a nossa existência


Por Josè Fernandes Pires Júnior*


“Deserto e vazio. Deserto e vazio. E as trevas à beira do abismo.” Eis a voz do poeta a T. S. Eliot. Há neste verso solene a sombra de um desespero presente – este que ataca não como um estresse quotidiano, mas que encurrala o homem como um animal indefeso frente ao seu poder avassalador. Não será preciso perceber isso nas doutrinas ou nos apontamentos da Filosofia e Psicologia. Basta-nos folhear as páginas do jornal diário, das revistas semanais e assistir aos programas televisivos com suas fórmulas mágicas para aplacar as angústias do ser humano.
O homem não quer mais aceitar sua condição existencial, por isso busca todos os tipos de terapia que ofereça a negação de sua condição temporal. Os métodos mais diversificados estão sendo empreendidos para retardar o envelhecimento, as academias estão lotadas, o consumo desenfreado cresce tresloucadamente, pois a ditadura do “vestir- se bem” determina que as pessoas se rendam à nova coleção do momento. Ser celebridade, seja em que patamar, e ter fama são outros dois vilões que encantam o homem moderno. Isso é apenas um quadro simplório do que vem acontecendo nesses a tempos de liquidez, bem definidos por Zygmunt Bauman.

T. S. Eliot 
o poeta e dramaturgo thomas stearns eliot, o t.s. eliot (1888-1965), embora nascido nos eua, sentia-se pertencente a uma tradição cultural europeia. vencedor do Prêmio nobel de literatura em 1948, t.s. eliot escreveu livros como Poemas e A terra devastada.
JOHN MILTON: ESPERANÇA NA ESCURIDÃO

Sem dúvida, esses encantos conseguem seduzir até mesmo os grandes homens. O poeta John Milton contava com 23 anos de idade quando, tomado de indignação, lamenta-se e angustia-se por não ter alcançado o seu ideal de grandeza e notoriedade, veja isso nestes versos que escreveu quando tinha essa idade: 

“O tempo, que é ladrão defraudador, Levou voando meus vinte e três anos. Vão-se meus dias em ritmos insanos, E a primavera acaba e não há flor”

Devo acrescentar – para que o amigo leitor não pense que o poeta inglês foi durante todo o curso de sua existência um presunçoso arrogante – um detalhe digno de nota: Milton sagrou-se, pari passu com a John Donne, o maior poeta que a Inglaterra já viu. Seu poema Paraíso Perdido foi ditado, quando já estava totalmente cego. Sobre seu estado, escreveu certa vez:

Quando penso que a luz está apagada Neste meu mundo vasto e tenebroso, E meu talento, único e precioso, Jaz inútil, mas a alma está inclinada A servir seu Criador sem deixar nada (...)

No meio dos anseios e da vontade do querer- -ser, há as angústias da não realização de nossos projetos. E quando eles falham nasce o desespero. A falta de esperança. Quando percebemos que não há como evitar o envelhecimento, que o consumo não pode efetivamente nos trazer a satisfação essencial de que necessitamos, que a fama pode ser provisória... o homem contempla as trevas à beira do abismo. A angústia toma conta de seu ser frágil e o remete ao desespero. Desespera-se o homem moderno quando percebe que é um nada e, por isso, não pode ser imortal.

Tempos de liquidez 
o termo “tempos de liquidez” refere-se à noção de “modernidade líquida” ou “tempos líquidos”, metáfora utilizada pelo sociólogo e filósofo polonês Zygmunt bauman nos livros Modernidade líquida, Amor Líquido, Vida Líquida, Medo Líquido etc.
KIERKEGAARD: O SALTO DE FÉ

É a Sören Kierkegaard que vai dissecar o indivíduo tomado por predileções a que a vida moderna o apresenta. Mas, uma advertência! Se você é um otimista incondicional, uma Poliana convicta, então é melhor não ler o dinamarquês. Não obstante, aqui e acolá é possível encontrar um lampejo de otimismo ou um ponto luminoso em meio à penumbra, à moda dos quadros de a Rembrandt: uma nesga de luz irradia timidamente de uma escuridão pesada. Conforme Kierkegaard, a fé seria esse foco de luz na densa escuridão. Para ele, angústia e desespero convivem juntos no âmago do ser humano; entretanto, a fé pode ser um antídoto para a cura dessa doença mortal que é o desespero, como ele mesmo define. É preciso que se diga que a fé aqui não é qualquer uma. Virginia Stem Owens diz que “ninguém que saiba de onde virá sua próxima refeição ou onde irá dormir hoje à noite deveria ter o direito de dizer que tem fé. Fé é uma palavra que deveríamos ter medo de pronunciar, para evitar que ela nos seja definida de maneira que não imaginamos. Kierkegaard iria mais longe. Você não deveria falar de fé, diria ele, a menos que estivesse preparado para erguer, como Abraão, a faca sobre o corpo do seu filho.” O paradoxo, aqui, é que em meio a toda falta de esperança, a fé pode nascer no indivíduo e fazer com que ele se jogue nos braços Daquele que pode ser o sentido de tudo. Kierkegaard denomina isso de salto de fé.

Tempos de liquidez 
o termo “tempos de liquidez” refere-se à noção de “modernidade líquida” ou “tempos líquidos”, metáfora utilizada pelo sociólogo e filósofo polonês Zygmunt bauman nos livros Modernidade líquida, Amor Líquido, Vida Líquida, Medo Líquido etc.
JOHN DONNE: POR QUEM OS SINOS DOBRAM?As grandes preocupações do ser humano nos dias de hoje são o desejo e a vontade de querer ter. Aliás, é Gabriel Marcel que fala sobre a vontade do ter em detrimento da do ser. Em tempos de modernidade líquida – para usar uma expressão baumaniana – o ter predomina sobre o ser. O imediatismo, o desejo de estar em evidência angustiam o ser humano, uma vez que vive na esperança de que a sorte mude seu destino e de que a fortuna bata à sua porta. Viver assim não é uma escravidão? Contrário a toda essa via negativa de aceitação da finitude, coloco como paradigma o nome do poeta John Donne. Paradigma não é uma palavra que se apresenta aqui por acaso, ela tem toda uma razão de aqui estar, pois J. Donne, ou seja, sua vida encarna toda a via positiva da aceitação de forma cabal. Esperança é uma palavra mística, que calha bem quando aplicada a J. Donne. Mas antes de falar sobre o poeta inglês, faço uma pequena digressão para contextualizar melhor: quando disseram a Mark Twain que o mundo estava chegando ao fim, ele teria respondido: – “Ótimo! Podemos viver sem ele”. John Donne poderia ter dito como Twain sobre esse mundo; no entanto, o poeta inglês conviveu com suas desgraças triunfantemente.
John Donne 
John donne (1572-1631) foi um poeta e pastor anglicano nascido em londres. além da densa obra poética, produziu ensaios críticos. a poesia de donne influenciou alguns autores do romantismo.
Sob os ares da Londres elisabetana, viveu J. Donne. W. Shakespeare, seu contemporâneo, já havia alcançado notoriedade invejável. A peste negra assolava e vitimava os londrinos, desafiando a medicina da época. Seu rastro epidêmico de morte vitimou 40 mil pessoas. Nas ruas de Londres, a peste bubônica foi pretexto para profetas desatinados anunciarem o apocalipse. Donne não escapou. Também adoecera. Os médicos diagnosticaram sua enfermidade, erradamente, como peste; no entanto, sua doença foi uma febre com erupções cutâneas similares ao tifo. Fora posto em quarentena por causa disso. Por seis semanas esteve no limiar da morte. É aí, por meio de seu suplício, que nasce Devoções (Devotions), obra que o coloca, como já dissemos, ao lado de John Milton, como o maior poeta da Inglaterra.
Meditação 17, sobre o significado dos sinos da igreja, é passagem mais famosa de Devoções e, também, uma das mais cultuadas da literatura inglesa. A inspiração dos versos desta Meditação veio quando Donne ouvia da janela de seu quarto o toque dos sinos. Era o anúncio de que um vizinho seu havia morrido de peste bubônica. Essa percepção o levou a compreender que aquilo era um duro lembrete da finitude humana. Eis um trecho da celebrada passagem:

“Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. (...)

A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”

Esta velha angústia

Esta angústia que trago a séculos em mim.
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelos sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum,
Transbordou,
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este pode ser que...


Fernando Pessoa


Foto: 'Eu não tenho paredes.
Só tenho horizontes.'

Mario Quintana

"Eu não tenho paredes... eu só tenho horizontes" - Quintana


Olhares contidos....

Foto: Amor entre Almas !!!!

Pessoa

Foto


"O que me mata é o cotidiano....
Eu só queria exceções" !!!!!

"Bancando" a Liberdade.....


Gosto muito da visão de Sartre quando afirma que "ou a liberdade é absoluta ou não existe. O homem só não é livre para não ser livre", daí, o "risco" de transcender, conscientemente, superfícies, é inevitável, ou como ele mesmo diz: "estamos condenados a liberdade", embora nem sempre conscientes disso.

Em uma passagem do livro A Náusea, de Sartre, o personagem Roquentin afirma: "agora vejo, lembro-me melhor do que senti outro dia, junto ao mar, quando segurava aquela pedra, tenho certeza, passava de pedra em pedra para as  minhas mãos. Sim, é exatamente isso, "um a espécie de náusea nas mãos".

Essa náusea angustiante da consciente condenação à Liberdade é o preço a ser pago por aqueles que cristalizam suas opções e escolhas como exercício da afirmação de sua própria Individualidade e parafraseando Nietzsche, através de nossas próprias "Potencias de Vontade". Não há escolha a não ser "bancar" a Consciência de ousarmos Ser nós mesmos.

Em última instância, creio também que todos não somos uma "Necessidade", mas, uma "Possibilidade" a ser descortinada em processos próprios da Afirmação, tornada consciente pela dialética de nossas próprias cotidianas contradições.

Gildo Fonseca


Suportes....

Foto

Suportabilidade é amplitude de espectro de nossa transitória percepção pela matéria.

Mas... não somos matéria. Estamos matéria. Somos Vibração, portanto, a dor ou prazer, o sofrimento ou alegria, perdas ou ganhos, pertencem ao Caminho, esse Espelho onde nos enxergamos.

Somos a perene e eterna recomposição de miríades de formas e pensamentos, cores, luzes, relações....

Somos Luz, somos Potência vibratória criativa em permanente ação por impermanentes sensações.

Por isso, para nós, só existe o que acreditamos, só existe o que sentimos, só existe o que Somos.

E Somos Escolhas. Podemos escolher. Escolhemos e decidimos que as crenças culturais da pretensa dor não encontram guarida em nós.

Decidimos, escolhemos e criamos o que acreditamos ser o melhor para nós, a alegria, a saúde, o amor, o prazer e tudo aquilo que faz a Vida ser mais Leve, porque somos senhores de nossas vidas e de tudo o que nela está contido.

Ao respirar, recebemos a herança do Poder da Criação. Tudo está em nosso Mundo. Tudo É, em nossa peregrina Consciência.

Nada, absolutamente nada, é mais forte que o nosso poder de escolher. Estamos acima de quaisquer circunstâncias.

Escolhemos o que podemos suportar, pois somos, nosso próprio, único e eterno Suporte, uma Graça da própria Criação.

Cristo tinha razão quando ensinava a nós todos: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida".

Que possamos suportar nossas facetas espelhadas nos contrastes de tantos mosaicos desafiadores, que formam esse Caminho onde tentamos encontrar a Nós Mesmos.

Gildo Fonseca.


Simone.... de infinita Liberdade !!!!

Foto: by Jeanne Argent

"Eu sou incapaz de conceber o Infinito e ainda assim,
eu não aceito Finitudes...."

Simone de Beauvoir

Seja ímpar para formar pares.....

Foto: "Que nada nos limite,
Que nada nos defina,
Que nada nos sujeite,
Que a liberdade seja 
a nossa própria substância."

"Só os verdadeiramente ímpares podem formar pares".

terça-feira, 9 de julho de 2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

SedAtivos.....

SedAtivos ou.... AO VENCEDOR.... AS BATATAS !!!!

Começou a época da colheita. Depois de brotar, por todo o Brasil, a insatisfação popular, costumazes pelegos e políticos, tomados de surpresa pela força e espontaneidade do povo, buscam agora "capitalizar", digerir e se aproveitar da situação.
"Líderes" sindicais correm e preparam agora, grandes "manifestações" pelo país afora, políticos tomam "decisões" populistas e aprovam, em caráter de urgência, projetos de lei engavetados por eles mesmos durante muitos anos. Ninguém quer cantar "lá se vão meus anéis..."
Realmente... o Brasil é um país surreal, deve derivar daí até o nome da nossa moeda. O cabresto, o curral e alguns "cachorros" (que me perdoe a nobre raça canina), à semelhança de alguns pastos de ovelhas da Escócia e Irlanda, também são usados por aqui por aqueles que detém o controle do poder econômico, do poder político e das mídias, para "confinar" essas novas ovelhas rebeldes dentro dos procustos institucionais, oportunistas e interesseiros onde se preparam novamente para se candidatar, e pior, paradoxalmente, se elegerem pelo voto desses mesmos revoltosos.
A "canalização", o comando e o controle do descontentamento popular será agora prioridade pois é melhor "dar alguns brioches" do que perder a cabeça nessa nova Bastilha.
Podem aguardar, daqui em diante, medidas populistas pelos mesmos de sempre e o "trabalho", sempre eficiente, de sindicalistas e "líderes" sociais que se prestam ao trabalho de conduzir as massas para os velhos interesses dos governantes, impedindo, a criação de alternativas de novas estruturas de poder, longe do tradicional e carcomido, triunvirato de "legislativo, executivo e judiciário", já que, nenhum dos três tem demonstrado, em grande parte, Servir, aos interesses do Brasil e de seu Povo. O gigante acordou.... mas o pesadelo continua !!!!