sábado, 15 de agosto de 2009

Crise do Viver ou Viver em Crise

Interessante o sentido mais próximo do orignal da palavra crise(KrisiV), etimologicamente derivada do verbo grego krinô (krinw) que significa separar, julgar, decidir, considerar, avaliar, selecionar e escolher.

Cada momento de "crise" é uma hora de escolha.
Assim as horas se sucedem. As crises se sucedem. As escolhas se sucedem.
Se você não escolher também estará escolhendo. A vida flui à sua revelia...
Deve ser daí que o ideograma oriental sobre crise também significa oportunidade...

O drama da escolha

Ser ou não ser, eis a questão. Realmente é a questão. O grande dilema humano. Não se consegue ficar neutro, temos a escolha. Escolha difícil: sermos a própria essência oculta em nós ou nos conformarmos à vontade dos outros, guiarmos nossas vidas pelo “eu quero” da própria alma ou pelo “tu deves” da sociedade? sermos dirigidos pela cabeça ou pelo coração?

Kierkegaard

Embora a grande maioria dos seres humanos permaneçam na “periferia de si mesmo”, acreditando que a existência consiste em buscar o prazer e evitar a dor, chega um momento na vida de todos nós que se descobre que a vida não é apenas isso.

A busca da satisfação permanente é uma quimera, uma ilusão. A realidade humana transcende os aspectos meramente exteriores. Emerge, então, as sensações internas, o desespero aflora à consciência, a própria conscientização de que se vai morrer, coloca intensamente perante o indivíduo a questão básica: ser ou não ser. E para ser é preciso autodisciplina, é preciso autodesprendimento.
Autodisciplina é a postura que o indivíduo tem de seguir um método para conquistar as suas metas. O método é um caminho, um meio. -Que meio será esse ?-Só o indivíduo pode responder ! Autodesprendimento é um ato contínuo no qual o indivíduo aprende a lidar com a escolha. Sendo a principal "escolher-se". Escolher é aprender a abraçar algumas coisas e desapega-se de outras, que não resultam no melhor para si.

Fica a escolha: o desespero-fraqueza, isto é, o conformismo, ou o desespero-desafio, o sentir, o ser autêntico. Seja de um modo, seja de outro, paga-se o preço.

Essa é a visão de Kierkegaard sobre as crises existenciais, o aprendizado a cada dia do desespero-desafio, do ato de educar cada um a si mesmo sobre quem ele é e pode ser.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Entrei numa livraria e perguntei: "Onde é a seção de auto-ajuda?"
Ela respondeu que, se me dissesse, a finalidade daquela seção estaria deturpada.

George Carlin

domingo, 9 de agosto de 2009

Transferências

No começo do século 17, os habitantes da região italiana da Toscana já estavam se acostumando com as esquisitices de um sujeito chamado Galileu Galilei. Ele era bamba em matemática e física e andava obcecado por entender os mistérios do Universo. Uma passagem curiosa a seu respeito é aquela em que ele subia a torre inclinada de sua cidade natal, Pisa, e ficava jogando coisas de tamanhos e formas diferentes, tentando entender por que e como caíam. Diz a lenda que, após uma dessas experiências, Galileu observava pensativo os restos de um ovo estatelado na calçada da praça dos Milagres quando foi interpelado por uma velhinha que lhe perguntou o que estava fazendo. “Estou tentando entender por que este ovo caiu da torre”, disse ele. “Eu sei por que ele caiu”, emendou a mulher. “Porque você o soltou.”

Essa história engraçada coloca juntas as duas causas que costumam desencadear os fatos da natureza e também da vida humana: a causa que determina e a causa que predispõe. O que determinou a queda do ovo foi a ação da gravidade; o que permitiu que isso acontecesse foi o fato de Galileu ter aberto a mão e soltado o ovo. Da mesma maneira, sempre há uma causa externa e uma causa interna para os fenômenos que acompanham a vida humana. O correto é dar crédito merecido a ambos os fatores, mas nós temos uma imensa tendência a valorizar um e minimizar o outro, de acordo com nossas conveniências. Nossas conquistas costumamos atribuir às nossas virtudes; já nossos fracassos não têm nada a ver com nossos defeitos, e sim com fatos alheios a nós, verdadeiras traições do destino.

Você é meu inferno

Cada pessoa tem seus próprios planos na vida. Para realizá-los, vai executando ações que modificam o mundo a seu favor. Até aí, tudo bem. O problema é que todos fazemos isso e, claro, sempre haverá a possibilidade de que aquilo que alguém faça para atingir seus objetivos entre em conflito com o projeto de outra pessoa. É por isso que o filósofo Sartre dizia que “o inferno são os outros”. Mesmo levando em consideração o mau humor do existencialista francês, temos que aceitar que ele tinha lá alguma razão, mas também não podemos deixar de atribuir a esse pensamento uma carga de transferência de responsabilidade. Às vezes as pessoas criam seus infernos particulares e atribuem a autoria a outrem.

Todos já vivemos situações em que foram as atitudes de alguém ­ o namorado, o chefe ou o presidente da República ­ que acenderam o fogo da panela de pressão de nossa paciência. Ok, concordo! Mas muitas vezes fomos nós mesmos que riscamos o fósforo, e os outros apenas entraram com a palha seca. Ou vice-versa.

Ninguém está livre de ter esse comportamento transferidor de responsabilidade. O problema é que ele pode se transformar em um padrão. Quem jamais, ou quase nunca, admite ter construído seus insucessos, carrega consigo os sentimentos de frustração, de impotência e de injustiça. Frustração porque vê seus planos falharem. Impotência porque, como não se atribui a culpa, sente-se incapaz de agir sobre seu próprio destino. Injustiça porque não se considera merecedor do infortúnio, uma vez que, em sua opinião, não é ele o autor do mesmo.

A psicologia, que está sempre buscando explicar o comportamento humano, cunhou a expressão “projeção” para explicar essa tendência de transferir responsabilidades que todos temos, em graus variados. E colocou a projeção em um grupo de comportamentos chamados “mecanismos de defesa”. A parte da estrutura psicológica chamada ego muitas vezes recusa-se a reconhecer impulsos de seu vizinho, o id. Essa é a parte da mente humana mais primitiva, regida pelo impulso do prazer, e que busca a satisfação imediata das necessidades e o apaziguamento das tensões. Obedecendo a esses impulsos primitivos, muitas vezes fazemos coisas, ou deixamos de fazer, que nossa própria moral reprovaria. É quando entra o ego, que é regido pelo princípio da realidade.

Quando adultos, não podemos mais simplesmente cair no choro e sapatear quando somos contrariados ou repreendidos. As crianças fazem isso porque são comandadas pelo id. Nos adultos, o ego assume o comando e a responsabilidade. Entretanto, às vezes o golpe é muito forte para um ego ainda não totalmente estruturado. Nesse caso, ele projeta a culpa para fora de si, isentando-se e, claro, incriminando alguém. Freud explicou!

sábado, 8 de agosto de 2009

O Perigo dos Pressupostos

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou que ele viesse acompanhado por um cão. Cão forte, saltitante e com um ar agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, efusivamente.

"Quanto tempo!"

"Quanto Tempo" ecoou o outro.

O cão aproveitou a saudação e entrou casa adentro, logo um barulho na cozinha demonstrava que ele tinha virado qualquer coisa. O dono da casa encompridou as orelhas. O amigo visitante, porém nada.

"A última vez que nos vimos foi em ..."

O cão passou pela sala, entrou no quarto e novo barulho, desta vez de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo do dono da casa, mas perfeita indiferença do visitante.

"Quem morreu foi o ... você se lembra dele?"

O cão saltou sobre um móvel, derrubou um abajur, logo trepou as patas sujas no sofá e deixou a marca digital e indelével de seu crime. Os dois amigos, tensos, agora fingiram não perceber.

Por fim, o visitante se despediu e já ia saindo quando o dono da casa perguntou:

"Não vai levar seu cão?"

"Cão? Ah, cão! Oh, agora estou entendendo. Não é meu não. Quando eu entrei ele entrou comigo tão naturalmente que pensei que fosse seu".

Shakespeare já dizia....


VOCÊ FAZ SUAS ESCOLHAS.....
SUAS ESCOLHAS FAZEM VOCÊ!



sexta-feira, 7 de agosto de 2009


"Aprendi com as primaveras a me deixar cortar,
para poder voltar inteira." Cecilia Meireles

terça-feira, 4 de agosto de 2009

RAIN....

Voar, voar, subir, subir, todos juntos, sempre....

"Quanto mais me elevo, menor pareço aos olhos de quem não sabe voar." F. Nietzsche

MUTANTES


Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!
Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles.
Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.
A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.
O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.

Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."
Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem
Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!
Ou você abre seu coração, ou algum cardiologista o fará por você!

DEEPAK CHOPRA


Amizades....

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

Fluxos e refluxos


Você é Sol. Você é Trigo. Você é Luz!
Tudo em Ti está contido.
Contido em Tudo Tu estás...
Mas és, a cada instante,
Somente o que estás.....
Pois somente és, estando,
E somente estás, se És....

Estações de cada instante...


Mas....
A primavera sempre vem...
E, na verdade, sempre está.
Onde pulsa o coração do homem,
A Luz, a Cor, a Vida, sempre a recomeçar...


Nietzsche

Três transformações do espírito vos menciono:

como o espírito se muda em camelo, e o camelo em leão, e o leão, finalmente, em criança. - Assim falou Zaratustra, Nietzsche.

Nietzsche utiliza dessas três metáforas para dizer três modos de ser enquanto ciclos necessários para um vir-a-ser “elevado” do gregário.

O camelo representa o homem juntando suas vivências e acumulando conteúdos na travessia do deserto da vida. Caminha pela vida, expandindo e limitando suas possibilidades de ser e de viver. Mas sendo só camelo o homem é só um espírito que percorre o mundo carregando “pesos”, sem transformação, anseios e superação. Sendo camelo o homem pode apenas acumular elementos da vida em rebanho. O camelo carrega o fardo do “Tu deves…”, é o homem devedor à moral gregária.

Mas quanto mais acumulamos vivências na nossa bagagem existencial, quanto mais sofrimento e alegria, pode haver o confronto entre a moral coletiva e a moral singular do próprio viver, é ai que o camelo pode dar lugar a um leão que inicia o nascimento de um novo espírito: o homem que se revolta contra a sua aridez desértica ocasionada pelo clima pobre das multidões. O leão representa o “Eu quero…”, uma revolta do homem que agora quer dar vida ao seu deserto onde as nuances da vida singular são pisoteadas pelo rebanho.

Contudo, o leão ainda não pode criar, ele se rebela contra o homem-devedor tendo como meta o vir-a-ser do homem-criador.

E é nessas árduas batalhas do homem-criador contra o homem-devedor, aquele que quer fazer da sua vida sua própria obra de arte contra aqueles que cultivam os ídolos, que o homem pode encontrar novamente a sua pureza para fazer da sua vida uma obra singular. Eis então o estágio mais nobre e puro do homem: o ser criança, o momento do “Eu sou!”

O leão que consegue romper com os grilhões da moral escrava torna-se pura inocência e esquecimento - e não somente memória formada por ferro e fogo - para assumir sua posição de re-criador da sua vida.

O homem que atinge esses três ciclos, que acumula sua dor e sofrimento como um camelo carregando o que lhe colocam em cima, que na dor e no sofrimento encontra o furor de um leão para se rebelar contra seu fardo para fazer de sua vida a sua própria vontade, e atingindo então o espírito mais livre e puro marcado pelo esquecimento tal como o da criança, torna-se o além-do-homem. Eis então aquele que é “Eu sou!”, agora incapaz de ser domado.

Procurará os altos cumes das montanhas, deixará os verdes e calmos prados aparentes do rebanho e se jogará dançando para o abismo.

Frase de Allende, ex-presidente do Chile

Não basta que todos sejam iguais perante a lei.
É preciso que a lei seja igual perante todos."

Fragmentos de Luz

Há coisas que acontecem na vida da gente e são irreversíveis.

Uma delas é um certo tipo de consciência iluminadora (para o bem e para o mal).

No filme "Lugares Comuns" o protagonista (Professor Fernando) chama a isso de lucidez:
A lucidez é um dom e um castigo. Está tudo em uma palavra.

Lúcido vem de Lúcifer, o arcanjo rebelde, o demônio, que é também o luzeiro do amanhecer, a primeira estrela, a mais brilhante, a última a apagar. Vem de Lux e Ferous... que quer dizer aquele que tem luz. Que gera luz - luz que permite a visão interior. O bem e o mal tudo junto. O prazer e a dor. Lucidez é dor. E é o único prazer que podemos conhecer. O único que se parece remotamente à alegria é o prazer de permanecer consciente da própria lucidez.[...]

Aquele que é lúcido pode seguir vivendo e conservar o instinto da espécie, o impulso vital. Mas é possível que, com o tempo, essa obscura força instintiva se perca e então será necessário usar algo semelhante à fé. Há que se pensar um motivo, uma meta, que nos permita resgatar o impulso animal perdido pelo uso frio da razão.Essa vontade, porém, é um motor muito difícil de manter. De repente, sem motivo, ela se vai, se apaga, desaparece. Então é quando se segue ou não. É possível ou não é possível... E, se não é possível, não há culpa. Não importa o amor dos outros nem o amor que sentimos por eles – se não continuarmos, as coisas seguem iguais...

De: EternoRetorno.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ETERNAMENTE OSHO

Quando puder, visite o site:
www.palavrasdeosho.com um site fantástico com muita coisa de Osho.



domingo, 2 de agosto de 2009

Sisifo


Sísifo, condenado a subir a montanha empurrando uma rocha para então ser novamente empurrado pelo rochedo para o início, e assim infinitas vezes nessa árdua tarefa, executa revoltadamente a sua ação sem jamais desistir e julgar a vida: sem esperar nada mais! A prova mais contudente de que o homem pode Sim! se revoltar, e isso não significa se verter em niilismo. A revolta que Camus nos apresenta é o sentimento-atitude de poder se revoltar sem baixar os brados flamejantes da luta pela superação das condições de miserabilidade social dizendo Sim! à vida. É um pensamento- ação que nos ajuda a olhar para essa realidade catastrófica e demenciosa a que nos encontramos em tempos de insanidade política e econômica com o direito de poder se revoltar, e como Sísifo continuar lutando. Engajar-se, diria Sartre. Lute, nem que seja sem esperança, aliás que bom seria se fosse sem esse sentimento em geral nefasto, pode ser que não atinjamos as transformações que gostaríamos, mas a questão é que lutamos: “Eu me revolto, logo existimos”, diz o homem do absurdo. Che Guevara foi um Sísifo e resumiu-se: “Antes morrer em pé, a viver ajoelhado”. A situação que nos encontramos, globalmente, pode soar como uma pandemia? Pode! Revolte-se! Mas lute. Lute sem fazer messianismo e sem esperar por um absoluto.

O absurdo exige revolta, diz-nos Camus.

Imagem: Sisifus, M. Klinger, 1914. (texto extraído de O Eterno Retorno)

Osho - entrando no medo...

Sempre que houver medo, nunca tente escapar dele. Na verdade, siga as indicações do medo. É na direção delas que você precisa se movimentar. O medo é simplesmente um desafio. Ele o chama: “Venha!” Sempre que algo for realmente bom, ele também é amedrontador, porque lhe traz alguns insights. Ele o força em direção a certas mudanças, leva-o a um ponto crucial a partir do qual, se você voltar, jamais se perdoará. Você sempre se lembrará de si mesmo como um covarde. E se você seguir em frente, será perigoso. Por isso é amedrontador. Quando houver algum medo, lembre-se sempre de não voltar, porque essa não é a maneira de resolvê-lo. Entre nele. Se você tiver medo da noite escura, entre na noite escura – porque essa é a única maneira de superá-lo. De transcender o medo. Entre na noite; não existe nada mais importante do que isso. Espere, fique ali sozinho e deixe que a noite aja. Se você tiver medo, trema. Deixe que o tremor esteja presente, mas diga à noite: “ Faça o que você quiser fazer. Estou aqui.” Após alguns minutos, você perceberá que tudo se ajustou. A escuridão não é mais escura, ela tornou-se luminosa. Você a desfrutará, poderá tocá-la – silêncio aveludado, a vastidão, a música. Você será capaz de desfrutá-la e dirá: “Que tolo eu fui de ficar com medo de uma experiência tão linda!”


livre, nascemos como a brisa.....




Porque somos
livres como o vento...
Não há machado que corte
a raiz do nosso pensamento...

sábado, 1 de agosto de 2009

Krishnamurti - Você é louco?

Do livro: “The Flight of the Eagle”- Krishnamurti

Interlocutor: O senhor é louco?

Krishnamurti: Está a perguntar ao “orador” se ele é louco?

Muito bem. Que entende pela palavra “louco”?

– uma pessoa desequilibrada, mentalmente doente, com ideias peculiares, neuróticas?

Tudo isso está implicado na palavra “louco”. Quem é o juiz – o senhor, eu, ou outro qualquer? Será que o louco pode avaliar quem é louco e quem não o é? Se se julga o “orador” para determinar se ele é equilibrado ou desequilibrado, o julgar não fará parte da loucura do mundo – julgar uma pessoa sem nada dela conhecer, excepto a sua reputação, a imagem que dela se tem? Se se julga a pessoa de acordo com a sua reputação e a propaganda que se absorveu, é-se então capaz de julgar? Esse julgar implica vaidade; quer aquele que julga seja neurótico, quer não seja, há sempre vaidade. E poderá a vaidade perceber o que é verdadeiro? Ou precisamos de grande humildade para podermos ver, compreender, amar? Uma das coisas mais difíceis é ser mentalmente são, equilibrado, neste mundo anormal, insano, desequilibrado.

Sanidade mental implica não estar prisioneiro de ilusões, não ter nenhuma imagem de si próprio ou de outrem. Se digo “sou isto, sou aquilo, sou grande, sou mesquinho, sou bom, sou nobre” – todos esses epítetos são imagens que tenho de mim mesmo. Quando uma pessoa fica mentalmente desequilibrada, vive num mundo de ilusão. E receio ser isso o que se passa com quase todos nós.

Quando chamais a vós próprios “holandeses” – desculpai-me dizer-vos isto – não estais perfeitamente equilibrados. Estais a separar-vos, a isolar-vos, como outros o fazem ao denominarem-se hindus (por exemplo). Essas divisões nacionalistas, religiosas, etc., com os seus exércitos, os seus sacerdotes, indicam um estado de insanidade mental.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

AR RIS CAR - SE

Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas... é preciso correr riscos.

Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.

Só a pessoa que se arrisca é livre...
"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."

Soren Kiekegaard

Insanidade na aurora

Cioran e tragédia do existir

Fernando RegoIn memoriam

O raciocínio em Cioran é desenvolvido a partir de situações limites. Na sua composição, são elementos básicos a negatividade, a morte, Deus, a demência e a loucura. Ingredientes que ao se combinarem formam um universo governado pela injustiça e impostura.

Não sem propósito. Cioran refere-se com ternura e admiração a Diógenes (413-324), o que viveu com toda intensidade possível a loucura filosófica. Natural de Sínope - costa do Mar Negro - Diógenes teve como pai Icésio, banqueiro acusado de falso moedeiro juntamente com seu filho, o próprio Diógenes, razão pela qual terminaram ambos - pai e filho - desterrados. No livro Vidas de filósofos mais ilustres, Diógenes Laércio descreve-nos a vida, as ironias profundamente cínicas de Diógenes. Neste texto, tomamos conhecimento de seus ataques a Platão, do seu comportamento sempre à margem do social para melhor demonstrar o quanto depreciava seus concidadãos. Diógenes freqüentava a companhia das prostitutas e dos ladrões, e sorria para seus críticos: "Os médicos andam em companhia dos enfermos e não se contaminam". Da crítica demolidora de Diógenes nada conseguia escapar: as ciências, as artes ou as instituições sociais. Do mesmo modo, nada passa incólume pelo crivo de Cioran.


Cada homem deverá criar seu delírio privado, onde possa sonhar seus próprios sonhos - o que o aproxima do despertar. E, quando desperto, irá perceber a condição não-legislável do mundo, pois "a dor desintegra a matéria e a angústia, a alma". A fatalidade faz-se presente em todas as coisas e dela também não escapamos. Encontra-se aí a origem dos problemas da existência humana. Mas, por mais intensa que seja a angústia, por mais profunda que seja a dor sentida, sobrevive-se. Estranha e aleatória ironia. Tornamo-nos sobreviventes de nós mesmos.

Farsantes criadores de impurezas que a psicanálise teima em decantar. As impurezas permitem, contudo, o surgimento da curiosidade a respeito de nós mesmos. E assim tentamos preencher o vazio que precipita nossa queda no tempo. Situação inexorável que deixa claro a "inconveniência de se ter nascido". A morte esteia o pensar de Cioran. Não a morte em si, mas a obsessão em torno dela. Mania que permite suportar as noites insones, quando é sentido nas artérias o fluir do sangue que conduz a vida e também a morte. Antagonismo cruel do existir. E este mesmo sangue terá que correr de maneira abundante para alimentar os legados históricos vitoriosos: "As religiões contam em seu balanço mais crimes do que as mais sangrentas tiranias, e aqueles que a humanidade divinizou superam de longe os assassinos mais conscienciosos em sua sede de sangue" (1).


É provável que o leitor aprenda com Cioran a desfrutar de uma liberdade muito mais ampla em relação às idéias; liberdade semelhante àquela que é vivida por um ouvinte de música: "Se alguém deve tudo a Bach é sem dúvida Deus". Esta liberdade, e só ela, desvendaria o problema filosófico do infinito, já que o infinito estaria na sua própria essência. O eventual leitor, para desfrutar dessa liberdade proposta por Cioran, deve conseguir ultrapassar o momento avassalador, e até mesmo asfixiante, criado pelo romeno, na abordagem do mundo. Caso contrário, poderá o leitor abandonar o livro exclamando: "O horror. O horror". Os excessivamente pudicos e acadêmicos podem sentir um mal-estar com "Filosofia e Prostituição" (in Breviário da Decomposição). Neste texto é estabelecido um paralelo entre aquelas que praticam o "pirronismo do trottoir" e o filósofo. No universo da prostituição, tudo é aceito e nada é aceito. O que faz brotar com toda força de sua virulência, o conformismo e o cinismo. A negação, enfim, dos empreendimentos humanos. Os que aspiram fazer algo de útil ou pensam em fazê-lo, devem abandonar esse terreno para não caírem na "inanidade do ser" e no absurdo onde tudo se torna hostil: "Sua própria solidão, sua própria audácia, o absoluto opaco, os deuses inverificáveis e o nada manifesto".(3)

Aquele que não sabe refrear está condenado por transcender a realidade, e só lhe resta aceitar a condição à margem do socialmente estabelecido. Se esta condição conduz ao sofrimento, advém a tragédia. No entanto, aquele que não sofre por encontrar-se à margem, é um observador da farsa com a qual não compactua. Isto o transforma em um deus finito e miserável e, como tal, será execrado por ser apenas um epígono desiludido e estéril. Em tudo há uma certa insanidade, principalmente na aurora, quando o desespero da privação e uma certa sabedoria acompanham seu surgimento. Aí, então, passamos a acreditar que o desenrolar das horas irá trazer frutos pluriabertos às nossas bocas sequiosas. A noite vem e nos encontra sentados, sedentos e suados na mesma poltrona e a crise, como se fosse uma anêmona, silenciosamente se aproxima. Necessário se faz evitá-la. Só nos resta escrever ou "por isso escrevemos", como diz Cioran. Revoltamo-nos então em palavras contra nós mesmos e nossos semelhantes.


A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade.

(Arthur Schopenhauer)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Freud

O homem é dono do que cala...
E escravo do que fala....

Nietzsche

E AQUELES QUE FORAM VISTOS DANÇANDO
FORAM JULGADOS INSANOS POR AQUELES
QUE NÃO PODIAM ESCUTAR A MÚSICA.

CANSADO DE ESPERANÇAS,

PERSIGO REALIDADES.

QUANDO O VENTO CONTRARIO

AUMENTA EM SEUS EMBATES,

NAVEGO A QUALQUER VENTO....

EM MINHA LIGEIRA EMBARCAÇÃO.

Nunca discuta, você perderá ainda que vença....

Culpas... culpas... culpas....

Culpa é a sensação resultante de uma cobrança interna que vem, nasce do nosso mental.
Toda a culpa vem de uma exigência absurda de como eu deveria ser, não expressa a minha necessidade, não respeita o que realmente sou. É um julgamento e condenação que faço com a mente a respeito de mim mesmo. Nesta situação não existe respeito nem amor para comigo mesmo. É uma expressão de ódio através da condenação. A culpa pode se expressar sob duas formas:
1 – Em relação a si próprio: eu não fui bom o suficiente, me cobro, tenho que compensar (tudo que faço por obrigação no futuro gera cobrança, apenas o que faço por prazer e vontade é bem aceito e fica leve).
2 – Em relação ao outro: cobro a atitude do outro. Na realidade é uma defesa, projeção da auto culpa. Enquanto critico, cobro o outro me dou um pouco de paz.
Esta cobrança pode vir de muito longe, atravessar muitas vidas, até que a forma enxergar os nossos erros se modifique. Podemos então compreender o transtorno que a culpa cria em nossas vidas. Nos colocamos e até nos mantemos em situações sofridas para nos punir. Acreditando que esta punição nos libertará, que seremos merecedores de absolvição se pagarmos sofrendo bastante, estamos na verdade apenas cultivando o ódio em relação a nós próprios, nos mantendo estacionados no tempo, nos impedindo de evoluir. Ao contrário do que acreditamos, culpa e punições são forças contrárias a evolução.
No estudo a respeito das possibilidades que a reencarnação oferece rumo a evolução, tenho observado o quanto as pessoas perdem tempo apenas sofrendo, sem que isso as leve a um crescimento verdadeiro.
Na tomada de consciência não basta apenas enxergar a atitude desastrosa e se propor a uma nova vida com ações contrárias. É preciso também nos libertar da nossa cobrança, do nosso julgamento. Este é o verdadeiro perdão.
Enquanto não fizermos isso criaremos na vida punições, dificuldades que nos impedem de realizar com amplitude aquilo que propomos.
A saída da culpa é o autoperdão, cultivado pelo exercício de me aceitar como sou, de observar meus erros acreditando que sou um ser em evolução, que o fato de poder vê-los já indica que cresci, que aprendi que tenho condições de modificá-lo, através do poder de criar novas atitudes. Não exigir a perfeição já, pois isso gera mais cobrança e culpa e, portanto um maior afastamento de mim mesmo.
Vejo muitas pessoas com dificuldades de se enxergar, pois nas suas vidas se cobram, se punem tanto que até por uma defesa saudável passam a não se enxergar para se pouparem. O enxergar dificuldades só é uma atitude proveitosa quando acompanhada de aceitação, pois aí sim nos leva a atitudes de verdadeira transformação e crescimento.
Exercício: Busque na sua mente uma situação em que você se sentiu errado e culpado. Observe como essa lembrança dói e como você convive a tempos com ela sem sair do lugar. Veja como por se cobrar você até se impediu de caminhar para frente não se sentido merecedor. Agora procure razões que na época você tinha para agir daquela determinada forma. Observe como hoje o seu ponto de vista ampliou. Como você vê a situação de outra forma. Sinta a alegria que essa sensação lhe dá. Agora se liberte da crítica e cobrança, aceitando que você fez o que podia, e que agora você pode mais pois você cresceu. Se perdoe definitivamente.

Maria Cristina Nascimento

Frases deliciosas....

A coragem não é a ausência do medo, mas sim uma boa gestão do medo.
Rudolph Giulliani

A ausência de alternativas clarifica maravilhosamente a mente.
Henry A. Kissinger

O homem que deseja a honra não a merece.

Tanto o Brasil como eu precisamos de uma reforma fiscal, pois vivemos em déficit.
Arnaldo Jabor

A ansiedade significa que temos posto a nossa confiança em mãos erradas.
Kenneth Hassler

Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.
Jean-Paul Sartre

Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece.
Aldous Huxley

A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas peos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego.
Anônimo

Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.
Montesquieu

A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada.
Bob Marley

O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos.
Pitágoras

A vida é feita de opções


Hospital psiquiátrico

O teste da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?

Respondeu o diretor:- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

A vida tem muito mais opções... E muitas das vezes são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos...



domingo, 5 de julho de 2009

Vídeo muito legal sobre Escolhas

Acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=qshgBxqEAgo

Uma aula sobre ansiedade. De Rita de Cassia


COMO SE LIVRAR DA ANSIEDADE?

Para se livrar da ansiedade, em primeiro lugar é preciso entendê-la.
Estamos tentando fazer isso em nosso curso, mas veja...
A ansiedade é o resultado de um processo de aceleração de nossa mente.
Ela é desencadeada pelo contato com o novo, com o desconhecido que, geralmente, representa uma ameaça para a nossa estabilidade. Ao preferir o conhecido, a mente humana cria a ilusão de que temos que controlar tudo. Nos infringe a obrigação de antecipar os acontecimentos das nossas vidas, como se isso fosse nos livrar de todos os males. Quando as sensações de instabilidade e de insegurança são classificadas em nossa mente como algo desagradável, das quais temos que nos livrar o mais rapidamente possível, começam a surgir os quadros ansiosos.

Pensamentos negativos, associados à sensação de perigo iminente, agitação e inquietação são algumas das tensões psíquicas que fazem parte desse processo. Outros sintomas podem ser físicos: sudorese, boca constantemente seca, dores de cabeça, sensação de desmaio, aumento da intensidade e freqüência dos batimentos cardíacos, entre outros. Vamos exemplificar: Imaginemos a pessoa que vai fazer uma entrevista para um novo emprego no dia seguinte. Ela não conhece o entrevistador, não sabe qual a empresa que esta requerendo os seus serviços e não sabe exatamente o que ela deve falar para obter o emprego. Mais do que isso, não tem como obter todos estes dados na véspera da entrevista. A mente começa: “... o que eu devo falar?... como será o entrevistador?... qual será o perfil da empresa?...” e começa a acelerar em busca das respostas que não estão contidas dentro dela. Dá-se o looping da ansiedade, pois quanto mais a mente não acha respostas dentro de si, dentro do pensamento, das experiências anteriores, mais ela se acelera, mais ela busca o controle e mais vai se acentuando a sensação de pressa. Assim, os sintomas da ansiedade vão se impregnando sobre o individuo e prejudicando o seu rendimento na entrevista.

Como posso saber como agir antes da hora, sendo que o ato está totalmente voltado as circunstâncias. Uma pessoa tranquila, pode estar em um dia não muito tranquilo..tudo depende... Cadê o controle? Como controlar o que está fora? Mas voltando... Posto o problema, como lidar com a questão, como diminuir ou eliminar os efeitos dilacerantes da ansiedade sobre nós? Para a ansiedade diminuir é preciso diminuir a atividade mental. A desaceleração da mente gera uma sensação de paz de espírito e de calma.

1 - Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz, pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e por conseqüência a mente.Respirem....

2- Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não esta na sua mente, não esta no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for possível, olhe para o novo, procure entendê-lo, aumente as suas informações e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista) procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue com ela para não pensar na entrevista e em suas conseqüências.Pois a entrevista é amanhã.... Vivemos no hoje...no agora!

3- Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente e entenda que não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Aprendamos a aceitar nossas realidades, responsabilidades e repudiar as preocupações...o que está fora de nós não podemos controlar.

4 - Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso fazer o melhor que esta a nosso alcance, focado, ligado no real. O que esta além do nosso melhor esforço não podemos controlar.

5 - Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota. Entregue ao Universo, mas depois de ter feito a sua parte...

6 - Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente, não queira se livrar dela, não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança, mais calmamente ela irá embora e mais a sua mente se acalmará. Quanto mais você tentar se livrar dela, mais ela se tornara ansiedade. Veja, insegurança é sinalização de que apareceu coisa nova para aprender, sinal de que apareceu mais uma coisa que não sabemos... Portanto, busquemos o conhecimento sempre...natural!

7 - Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o pior vai acontecer, usar a palavra mágica: “Dane-se”. O que é meu nem Deus tira...

Resumindo, mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar-nos da ansiedade, devemos aprender a escapar do seu domínio.

Quem manda em quem hein???

Tudo é uma questão de auto-estima


domingo, 28 de junho de 2009

Clique sempre sobre as imagens para serem ampliadas.

medos.....

MEDOS???

“Quando eu olho para todas estas preocupações, eu lembro-me da história do velho homem que disse no seu leito de morte que havia tido muitos problemas na sua vida, muitos dos quais nunca aconteceram.”
Winston Churchill

“Nós passamos mais tempo assustados do que feridos; e sofremos mais com a imaginação do que a realidade.
Séneca

“A covardia... é na maioria das vezes simplesmente a falta de capacidade para suspender o funcionamento da nossa imaginação”.
Ernst Hemingway

“Os covardes nascem muitas vezes antes das suas mortes; Os valentes nunca sentem o gosto da morte senão uma vez.”
William Shakespeare

“Não tenha medo que a sua coragem vá acabar; tenha medo que nunca vá começar.”
Grace Hansenê

“Se você escutar os seus medos, você morrerá sem saber que grande pessoa você poderia ter sido.”
Robert Schuller

SOBRE A CULPA!

Ora, se a culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser!
Homer J. Simpson

sábado, 20 de junho de 2009

AFINIDADES

Não é o mais brilhante, mas é o mais sútil, delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, a distância, as impossibilidades.


Quando há AFINIDADE, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto de onde foi interrompido.


AFINIDADE é não haver tempo mediante a vida. É a vitória do adivinhado sobre o real,
do subjetivo sobre o objetivo, do permanente sobre o passageiro, do básico sobre o superficial.

Ter AFINIDADE é muito raro, mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixam de estar juntas.


AFINIDADE é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.

AFINIDADE é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.

AFINIDADE é sentir com... Nem sentir contra, sem sentir para...

Sentir com e não ter necessidade de explicação do que está sentindo. É olhar e perceber.

AFINIDADE é um sentimento singular, discreto e independente.
Pode existir a quilómetros de distância, mas é adivinhado na maneira de falar,
de escrever, de andar, de respirar.....


AFINIDADE é retomar a relação no tempo em que parou. Porque ele (tempo) e
ela (separação) nunca existiram. Foi apenas a oportunidade dada (tirada) pelo tempo

para que a maturação pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse ser cada vez mais.

Artur da Távola


domingo, 14 de junho de 2009

TESE DE GUERDJEF

Ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.Dizem os experts em comportamento que, quem já consegue assimilar 10 delas, seguramente já aprendeu a viver com qualidade.

1 - Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, converse com alguém e analise suas atitudes.

2 - Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3 - Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4 - Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5 - Pare de pensar, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6 - Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.

7 - Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8 - Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9 - Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que isso é o máximo a se conseguir na vida.

10 - Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11 - Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12 - Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trava do movimento e da busca.

13 - É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de 100 Km. Não adianta estar mais longe.

14 - Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15 - Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16 - Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo… para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17 - A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.

18 - Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19 - Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

20 - Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que se fizer.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mais Osho



Um dia, faça esta pequena experiência: entre em seu quarto, feche as portas, sente-se e comece a escrever seus pensamentos - qualquer coisa que venha à mente.
Não modifique nada, pois você não precisa mostrar esse papel a ninguém!
Continue escrevendo por dez minutos e, então, olhe para o papel.
É isso o que o seu pensamento é. Se você olhar, pensará que é obra de algum louco
Se você mostrar esse papel para seu amigo mais íntimo, ele também olhará para você e pensará: "Você ficou louco?"

Osho, em "O Livro Orange"

Palavras de Osho

Saiba que intelectualidade não é inteligência. Ser intelectual é ser falso, é fingir ser inteligente. A intelectualidade não é real porque não é sua, mas emprestada.Inteligência é o crescimento da consciência interior. Ela nada tem a ver com conhecimento, mas algo a ver com meditatividade. Uma pessoa inteligente não age a partir de sua experiência passada; ela age no presente.Ela não reage, mas responde. Daí ela ser sempre imprevisível; não há como saber o que ela irá fazer.

Osho, em "Inteligência - A Resposta Criativa ao Agora"

sábado, 6 de junho de 2009

RESILIÊNCIA

Qualquer semelhança não é coincidência....

Vindo de um termo da física, resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo com isto, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior. Ou seja, resiliência é a capacidade que um material possui de sofrer muitos impactos, seja de pressão ou temperatura, se deformar inteirinho, quase “morrer,”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se reconstruir. A memória da experiência vivida fica e acresce ao ser sua história e maturidade

Ou seja, o que não nos destroi nos fortalece, como dizia Nietzsche.



sexta-feira, 5 de junho de 2009

Caminhos

Não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho.

Mahatma Gandhi

Dor????


Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

Carlos Drumond de Andrade



quinta-feira, 4 de junho de 2009

A DOR DE EXISTIR...


"Há momentos nesta vida, que a angústia de existir parece maior do que a dor de morrer!"

Lavinsk Vetter


"Vivo sem em mim viver
E tão outra vida espero
Que morro de não morrer"

Santa Teresa D'Avila

No yotube tem um vídeo muito legal sobre a Dor do Existir:

http://www.youtube.com/watch?v=EyUYIWawpEM

(se não rodar, copie, cole na barra de endereços e dê enter), depois retorne...




quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sobre erros e culpas


Na vida,
quem não consegue virar uma página...
não consegue ler o livro!




terça-feira, 2 de junho de 2009

Schopenhauer

Schopenhauer - Platão

O que Schopenhauer falou sobre a doutrina de Platão no libvro "O Mundo Como Vontade e Representação"?

A caverna.

Enquanto limitados à percepção das coisas, parecemos homens em uma caverna escura, atados de maneira tal que impossibilite mesmo os movimentos da cabeça, e que nada vissem além das silhuetas de coisas reais projetadas em uma parede à sua frente pela luz de um fogo aceso por trás de suas costas, inclusive uns em relação aos outros e mesmo cada um quanto a si próprio: somente as sombras naquela parede. Sua sabedoria, porém, constituir-se-ia na previsão da sequencia daquelas sombras, aprendida por experiência. Por outro lado, que pode ser denominado única e verdadeiramente existente (óntôs ón) porque sempre é, mas nunca vem a ser, nem deixa de ser, são os modelos de tais imagens: as ideias eternas, as formas originais de todas as coisas. Não lhes cabe a multiplicidade: pois cada uma é, conforme sua essência, unicamente enquanto é o próprio modelo, cujas reproduções ou sombras são todas as coisas da mesma espécie, de igual nome, individuais e transitórias. Também não possuem começo e nem fim, pois são verdadeiramente existentes, nunca porém o que começa, nem o que termina, como suas cópias perecíveis. (Estas duas determinações negativas contêm necessariamente o pressuposto, porém, de que tempo, espaço e causalidade não possuem significado nem validade para as ideias, que não existem nestes.) Assim, apenas delas podemos ter um conhecimento propriamente dito, uma vez que pode ser objeto deste unicamente o que existe sempre e sob qualquer consideração (portanto em si), e não o que existe, mas também não existe, conforme seja enfocado". Esta é a doutrina de Platão.

Schopenhauer


Histórias Filosóficas

Schopenhauer - Platão

As coisas deste mundo, percebidas por nossos sentidos, não possuem ser verdadeiro: elas sempre vêm a ser, mas nunca são: possuem apenas um ser relativo, são em conjunto apenas em e mediante sua relação recíproca: assim é possível denominar todo seu ser-aí um não ser. Em consequência também não são objetos de um conhecimento propriamente dito (epistéme), pois este é possível quanto ao que é em e para si e de um modo sempre idêntico: elas porém são apenas o objeto de uma suposição sugerida pela sensação.


"O fundo do poço, às vezes, é o único lugar onde olhamos o céu"".



Elevemos os olhos da Alma!







Pérolas do Gabriel Garcia Marques..

Um único minuto de reconciliação vale mais do que toda uma vida de amizade.


É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.


Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.


Tudo é questão de despertar sua alma.


Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não são os amores felizes mas os contrariados.(Trecho do livro Memórias de Minhas Putas Tristes)


Dou valor as coisas, não por aquilo que valem, mas por aquilo que significam.


Todas citações de Gabriel Garcia Marques.

Como dizia Seleções... rir é o melhor remédio...

"A seleção brasileira é uma seleção sem vícios; não fuma, não bebe, nem joga.
"José Simão"

Perdoe seus inimigos mas não esqueça seus nomes"
J.Kennedy

Meia-verdade é uma mentira inteira"
Provérbio iídiche

"Quem disse que ganhar ou perder não importa, provavelmente perdeu"
Martina Navratilova

"Se quiser que o mundo saiba de uma determinada história, escolha a pessoa certa, conte e peça segredo absoluto
"Danuza Leão

"Se você vai fazer alguma coisa errada, aproveite"
Provérbio iídiche

"Os homens mentiriam muito menos se as mulheres fizessem menos perguntas"
Max Nunes


"Não se deve emprestar nem livro nem mulheres. Nunca devolvem os livros; as mulheres, sempre"
Provérbio português

"A Academia Brasileira de Letras se compõe de 39 membros e 1 morto rotativo
"Milôr Fernandes

"Nunca confie numa mulher que diz sua verdadeira idade. Se ela diz isso é capaz de dizer qualquer coisa"
Oscar Wilde

"Brasil ? Fraude explica"
Carlito Maia

"No Líbano, os livros são lidos de trás para frente. É por isso que Agatha Christie não vende nada por lá"
Eugênio Mohallem

""Antes à tarde do que nunca"
Anúncio de motel, no Rio

"SP (= São Paulo) não pode parar porque não tem estacionamento"
Regina Casé

""Se você não tem pontaria, sente-se"
Placa afixada por Donizete J. das Virgens num banheiro (=WC) masculino






segunda-feira, 1 de junho de 2009

Shakespeare


Shakespeare

monólogo de hamlet

Quem tais fardos suportaria
Preferindo gemer e suar sob o peso de uma vida fatigante
A não pelo medo de algo depois da morte
Esse país desconhecido de cujos campos
Nenhum viajante retornou, e que nos baralha a vontade
E nos faz suportar os males que temos
Em vez de voar para o que não conhecemos?

Meditações históricas

O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos.

A vida é como uma sala de espectáculos; entra-se, vê-se e sai-se.

As palavras são os suspiros da alma.

Pitágoras


Tudo é insignificante, facilmente mutável, tudo se apaga.
Marco Aurélio, 121-180, imperador e filósofo romano, Pensamentos


Imortais mortais, mortais imortais, que vivem a sua morte e morrem a sua vida.
Heraclito, 540-480 a. C., filósofo grego, Da Natureza


Uma vida não questionada, não merece ser vivida.
Sócrates, 470-399 a. C., filósofo grego, em Apologia, Platão


O que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção. E o maior dos bens é de pouco valor, já que toda a vida é sonho, e os sonhos não passam de sonhos.
Caldéron de La Barca, 1600-1681, poeta e dramaturgo espanhol, A Vida é Sonho


O absurdo da vida nasce do confronto entre a voz humana e o desrazoável silêncio do Universo.
Albert Camus, 1913-1960, escritor e filósofo francês, The Myth of Sisyphus


Há duas tragédias na vida. Uma é não se ter o que o coração deseja. A outra é ter.
Bernand Shaw, 1856-1960, escritor irlandês, Man and Superman


O que é o homem, no seio da Natureza? Um Nada comparado ao infinito, um Tudo comparado ao Nada, algo intermédio entre o nada e o tudo. Somos incapazes de ver o Nada de que somos feitos e o Infinito em que estamos engolidos.
B. Pascal, 1623-1662, filósofo, físico e matemático francês, Pensamentos


Que quimera é o homem? Que novidade, que monstro, que caos, que sujeito de contradição, que prodígio! Juiz de todas as coisas, verme imbecil; depositário da verdade, fossa de incerteza e de erro; glória e nojo do universo. Quem é capaz de deslindar esta embrulhada?
B. Pascal, 1623-1662, filósofo, físico e matemático francês, Pensamentos

Prefiro conteúdo às embalagens....














































Imagens que amo!














































Para pensar....

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?
Fernando Pessoa


Querer a verdade é confessar-se incapaz de a criar.
Friedrich Nietzsche


Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo. Gênero não me pega mais. Além do mais, a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora. Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.
Clarice Lispector


Tempo Certo
De uma coisa podemos ter certeza:de nada adianta querer apressar as coisas;tudo vem ao seu tempo,dentro do prazo que lhe foi previsto.Mas a natureza humana não é muito paciente.Temos pressa em tudo e aí acontecemos atropelos do destino,aquela situação que você mesmo provoca,por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:Qual é esse tempo certo?Bom, basta observar os sinais.Quando alguma coisa está para acontecerou chegar até sua vida,pequenas manifestações do cotidianoenviarão sinais indicando o caminho certo.Pode ser a palavra de um amigo,um texto lido, uma observação qualquer.Mas, com certeza, o sincronismo se encarregaráde colocar você no lugar certo,na hora certa, no momento certo,diante da situação ou da pessoa certa. Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você estejaagora lendo estas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta.Com certeza alguns desses sinaisjá estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se, que o universo sempreconspira a seu favor quando você possui umobjetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
Paulo Coelho


Existe gente que precisada ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos,mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama."
Arnaldo Jabor


O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.
Friedrich Nietzsche

Amigos

Loucos e Santos



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.



Oscar Wilde

domingo, 31 de maio de 2009

A vida sorri pra você...


A vida sempre dá um sorriso pra gente.
É só ficarmos atentos aos "sinais"....

Alguns youtubes preferidos

Se a reprodução ficar lenta, clique em cima com o botão direito do mouse e cole na barra de endereços, dê um enter e reproduza. Depois volte.....

http://www.youtube.com/watch?v=Objtq5DSvKQ

http://www.youtube.com/watch?v=mkD3RPQHbbw

http://www.youtube.com/watch?v=fzbDjLDE0EE

http://www.youtube.com/watch?v=8xmkKUPuGrY

http://www.youtube.com/watch?v=4ri-5YckKOg

http://www.youtube.com/watch?v=tDbjqbyQDKI

http://www.youtube.com/watch?v=TgyCaBcLXC4

http://www.youtube.com/watch?v=zCBsGhhYuUc

http://www.youtube.com/watch?v=b9eQp-z2zjs

http://www.youtube.com/watch?v=uE0BTW-fzdk

http://www.youtube.com/watch?v=_nQWHuNGd8A

Adorável Clarice.


A Entrega Real

Enfim, enfim quebrara-se realmente o meu invólucro, e sem limite eu era.
Por não ser, era. Até ao fim daquilo que eu não era, eu era. O que não sou eu, eu sou.
Tudo estará em mim, se eu não for; pois 'eu' é apenas um dos espasmos instantâneos do mundo.
Minha vida não tem sentido apenas humano, é muito maior - é tão maior que, em relação ao humano, não tem sentido.
Da organização geral que era maior que eu, eu só havia até então percebido os fragmentos.
Mas agora, eu era muito menos que humana - e só realizaria o meu destino especificamente humano se me entregasse, como estava me entregando, ao que já não era eu, ao que já é inumano.
E entregando-me com a confiança de pertencer ao desconhecido.
Pois só posso rezar ao que não conheço.
E só posso amar à evidência desconhecida das coisas, e só me posso agregar ao que desconheço. Só esta é que é uma entrega real.

ACORDAR VIVER
Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'

Contra macumba de namorada

Rumo ao Reencontro


Duas retas que conduzem ao Infinito...
Uma bagagem de memórias....
A inocência, mas apenas do desconhecido.
Só nos resta seguir!

sábado, 30 de maio de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Os Deuses não suportam a arte...


Criar é querer ser imortal. Para criar é necessário ter revolta, desespero ou absurdo como diria Camus. O criador cria sua obra de arte para se imortalizar, um gesto para imortalizar, como diz Kundera em A Imortalidade. Só é possível a Arte porque existe morte, é somente pela morte que o criador insufla no caos para criar uma obra de arte: um mundo criado por ele e portanto, imortal, ao menos que ele queira destrui-lo. Quer ser deus e na obra de arte torna-se um deus. O criador sente-se um Titã. A religião judaico-cristã proibe que os homens façam esculturas ou imagens do homem e de tudo que está sobre a terra, água e céu; proibe também a adoração de imagens: esses mandamentos não são por acaso, sabiam os sacerdotes que uma obra de arte pode fazer do homem um ser com coragem de se explodir junto com o indizível da obra de arte: uma obra de arte dispensa os deuses. Um artista contemplando sua obra de arte não precisa de Zeus porque se sente ele próprio acima de Zeus. Os deuses podem despertar a criação de uma obra de arte, mas para ser obra de arte o criador precisa sentir-se o próprio Criador, do contrário não é Arte, é oferenda. A coragem criativa do homem, sua obra de arte concretizada e sua contemplação causam inveja aos deuses. A Arte ameaça a ordem e a autoridade, tão poderosa é que pode levar os criadores ao suicidio: suicidas por amor fati. Não se pode explicar a contemplação, o sentir-se tudo no nada. Não é necessário uma pintura, uma música ou uma escultura para ser obra de arte, embora todas elas podem ser expressões de Arte o criador pode fazer de sua própria vida uma obra de arte: para isso é necessário ter coragem criativa, a coragem para ser um criador é o sentimento de continuar caminhando frente à irracionalidade do Universo apesar do desespero.

The Wanderer. Caspar David, F.

Goethe


"Não nos falta coragem para começar certas coisas porque são difíceis....
São difíceis, exatamente porque nos falta a coragem para começá-las..."


A dor nos deixa mais alertas....

Izabel Telles

Todas as manhãs ao acordar gosto muito de meditar. Mas medito de uma forma diferente. Pego o Tarô Zen do Mestre Osho, fecho meus olhos, embaralho vagarosamente mentalizando que lâmina vai sair para eu meditar o dia todo sobre seu conteúdo. Hoje me saiu o Sofrimento. Olhando para a carta, ela revelava a figura de um monge contraído sobre si mesmo, olhar triste, sentado num canto de um local escuro. Fui ler o que Mestre Osho diz desta imagem. E ele fala sobre a importância de tomarmos consciência da dor para podermos evoluir no caminho da nossa cura. Reproduzo aqui um trecho do que está escrito no livro que orienta a interpretação das lâminas:"A dor não existe para fazê-lo infeliz: ela está aí para torná-lo mais consciente! E quando você se torna consciente, a infelicidade desaparece". Nos tempos em que vivemos não está difícil encontrar pessoas no estado de sofrimento: a traição da pessoa amada, a perda do emprego, a decepção, o distanciamento dos filhos, os males do corpo, as separações a que todos estamos expostos. Tenho visto isso todos os dias na minha prática: imagens de seres contorcidos, isolados, presos em gaiolas estreitas; corações transpassados por espadas, flechas, amarrados com espinhos ou arames farpados. Imagens que a mente humana reproduz dos ícones que sempre viu nas igrejas católicas, por exemplo, onde o sofrimento é revelado em cenas de homens e mulheres transpassados por espadas, como São Sebastião ou o próprio Jesus Cristo que leva na cabeça uma coroa de espinhos: imagens de dor e sofrimento-limites. Como nossa mente gosta muito de copiar, ela entende que esta imagem do coletivo pode bem qualificar o seu sofrimento pessoal e usa-a como indicador de seu estado de espírito. Mestre Osho nos ensina que não temos que negar estas imagens, nem desprezar seu significado. Devemos usá-las para meditar sobre o que nos levou a atrair aquele ou aqueles sofrimentos, uma vez que somos totalmente responsáveis por tudo que nos acontece. E, para terminar, o Mestre nos envia este pensamento valioso: " Tempos de grande sofrimento trazem em si, potencialmente, tempos de grande transformação. Para que a transformação aconteça, porém, é preciso ir fundo às raízes da nossa dor, vivenciando-a exatamente como ela é, sem culpa e sem autopiedade.

Somos todos espelhos

Todos espelhos.
Espelho de Todos.
A imagem é somente a "soma".
Daquilo que se quer ver...
Partes unidas...
Uma nova parte, que parte.....
Para ver, aquilo que "pode".
Fragmentos de si.
Fragmentos em si.
Fragmentos de Alma.
Pedaços... de Ti.