terça-feira, 30 de julho de 2019

"Seja na figura, seja na paisagem, eu gostaria de exprimir não algo sentimentalmente melancólico, mas de uma profunda dor. 

Em suma, quero chegar ao ponto em que digam de minha obra: este homem sente profundamente, e este homem sente delicadamente. Apesar da minha suposta grosseria, você me entende? Ou precisamente por causa dela.


O que é que sou aos olhos da maioria — uma nulidade ou um homem excêntrico ou desagradável —, alguém que não tem uma situação na sociedade ou que não a terá; enfim, pouco menos que nada.


Bom, suponha que seja exatamente assim, então eu gostaria de mostrar por minha obra o que existe no coração de tal excêntrico, de tal nulidade.


Esta é minha ambição, que está menos fundada no rancor que no amor "apesar de tudo", mais fundada num sentimento de serenidade que na paixão. Ainda que frequentemente eu esteja na miséria, há contudo em mim uma harmonia e uma música calma e pura. Na mais pobre casinha, no mais sórdido cantinho, vejo quadros e desenhos. E meu espírito vai nesta direção por um impulso irresistível.


(...) A arte pede um trabalho obstinado, um trabalho apesar de tudo e uma observação sempre contínua."

Vincent van Gogh, in: Cartas a Theó. — Trecho da carta de Abril de 1882. — Editora LP&M, 2018, pág. 76.











A vida sempre me pareceu ser como uma planta que se nutre de seu rizoma. Sua verdadeira vida é invisível, oculta no rizoma. (...) O que enxergamos é a flor, que é passageira. O rizoma permanece.
Carl Gustav JUNG in: Memórias, Sonhos e Reflexões.
Fiz o que quis e fiz com paixão.
Se a paixão estava errada, paciência.
Não fiquei vendo a vida passar,
sempre acompanhei o desfile.
Mário Lago
Compartilhado de Rita de Cássia (Projeto VemSer)

domingo, 28 de julho de 2019


"O sucesso e o amor preferem o corajoso."

(Ovídio) 


“Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinza efêmera:
todos os dias reconstruo minhas edificações, em sonho eternas.”

Cecília Meireles 
Arte by José Parra.
"Paixão" vem do latim "patior" que significa sofrer e suportar.
"Multipliquei-me para me sentir
Para me sentir, precisei sentir tudo
Transbordei, não fiz senão extravasar-me
Despi-me, entreguei-me
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente."
Fernando Pessoa

sábado, 27 de julho de 2019

Toda Razão é Singular...

Compartilhado da pg. Literatura y psicoanalisis

Levantar tem custos...

O Ser, em seus ininterruptos esforços para Existir, descobre o significado de valor, pelos custos de cada experiência em seu Caminho. Esse é o "preço" da Consciência, o pedágio da Criação. Como já dizia Simone de Beauvoir em "A velhice": "Inércia é que é sinônimo de morte, a lei da vida é mudar".

Gildo Fonseca.

sexta-feira, 26 de julho de 2019


"A humanidade tem dupla moral, uma que prega mas não pratica, outra que pratica mas não prega". Bertrand Russell



Você sabia que o coração possui inteligência?
"Pesquisas científicas recentes sugerem que o coração pensa e que as suas células possuem memória."
"A energia eletromagnética gerada pelo coração é cerca de 60 vezes maior que a do cérebro e sua frequência é também cinco mil vezes mais forte se comparada com a frequência de energia cerebral."
Marcos Simões - Anima Mundhy

Perceba que ele disse "estar" e não "ser" louco.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Compartilhado da pg. Literatura y psicoanalisis

terça-feira, 23 de julho de 2019

O VALOR DA SOLIDÃO E SEU PREÇO.


Toda autenticidade é singular e seu tamanho é inversamente proporcional à pulverização de nossos casuísticos afetos, em trânsito por tantas impermanências.

A percepção da necessidade da busca de identidades estruturais que transcendam as algozes paredes culturais de normalidades impostas pela insana civilização talvez seja a única justificativa para os nossos ininterruptos esforços para Existir, buscando compreender o Ser por contrastes do Não Ser.

Somos apenas Potência, cristalizando o ainda Imperceptível, retroalimentando-nos, nesse múltiplo banquete de aparências e numa espiral crescente, de infinitas e desconhecidas possibilidades de todo múltiplo Devir. A percepção dessa Consciência em trânsito cobra, de nossas Identidades, o pedágio, com valores de solidão. Toda Consciência tem seu preço: a descoberta do Valor da Singularidade de nossas Almas.

Gildo Fonseca

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Sesarino, direto na jugular...

Há uma grande diferença a considerar. A psicologia é uma disciplina da adaptação e do ajuste do sujeito social ao social.
A psicanalise é uma in-disciplina da sub-versão do sujeito do inconsciente singular em seu desejo. Por isso a psicanalise é suis generis, não é uma profissão.

Jorge Sesarino

domingo, 21 de julho de 2019

"Sempre acabamos adquirindo o rosto das nossas verdades..."


Albert Camus



arte de George Underwood

sábado, 20 de julho de 2019

Pérolas de Rubem Alves

COM ASAS 

(Rubem Alves – A Alegria de Ensinar) 


Casulos... Vários deles apareceram colados à parede de minha casa. Lá dentro, eu sabia, se encontravam lagartas que dias antes haviam comido folhas das plantas do meu jardim. Enquanto dormiam, espantosas transformações aconteciam com os seus corpos. As criaturas aladas que antes moravam nelas apenas como sonhos estavam se tornando realidade. Metamorfoses. Eu os deixei onde estavam, intocados, e vigiei, pois não queria perder o evento mágico. Tive sorte. Pude ver o momento em que um dos casulos se rompeu. Tímida, fraca e desajeitada, sem saber direito o que fazer com a sua nova forma, uma borboleta apareceu. Suas asas se abriram, mostrando delicados desenhos coloridos. O tempo não me permitiu ficar, para ver tudo. Quando voltei, ela não estava mais lá. Seguira seu novo destino de voar à procura de flores. Se o mundo da lagarta não era maior que a folha que comia, o universo da borboleta era o jardim inteiro. Iria, flutuando ao vento, por espaços com que uma lagarta não podia sonhar.
Pois é: a Mariana também está saindo do casulo. .A cada dia que passa vejo suas asas crescerem: novos desenhos, novas cores, voos cada vez mais distantes. Está se transformando em borboleta. Não! BorboLETRA...
Ela aprendeu a falar, e as palavras lhe deram asas. Até se esqueceu das bolinhas. De repente elas ficaram pouco para o muito que cresceu dentro de sua cabeça. Enquanto brincava com as bolinhas ela não era muito diferente de um gatinho que também gosta de brincar com bolinhas. Seu corpo se movia colado às coisas, rente ao chão. Mas ao aprender a usar as palavras ela começou a voar por espaços infinitos, como a borboleta.
Palavras, coisas etéreas e fracas, meros sons. No entanto, é delas que o nosso corpo é feito. O corpo e a carne e o sangue metamorfoseados pelas palavras que aí moram. Os poetas sagrados sabiam disto e disseram que o corpo não é feito só de carne e sangue. O corpo e a Palavra que se fez carne: um ser leve que voa por espaços distantes, por vezes mundos que não existem, pelo poder do pensamento. Pensar é voar. Voar com o pensamento é sonhar. Lembram-se das palavras de Valéry? “O pensamento é o trabalho que faz viver em nós aquilo que não existe.” E ele pergunta: “Mas, que somos nós sem o socorro do que não existe?” É o poder de sonhar que nos torna humanos.
É nisto que a psicanálise acredita. Somos sonhos cobertos de carne. Por isto que, diferente dos médicos, que apalpam, olham, examinam e medem os sintomas físicos do corpo, ela se dedica a ouvir as palavras. Pois é nelas que moram as coisas que não existem, os sonhos, os pensamentos que nos fazem voar. Sem prestar muita atenção ao rastejar da lagarta, ela procura ver a forma dos movimentos que a borboleta desenha no ar por meio das palavras. Ela sabe que o visível, a carne, é apenas uma fina superfície em cujo interior existe um mundo encantado. Corpo, lagoa... Na superfície, os reflexos do mundo de fora: as árvores, as nuvens, as montanhas... Mas se, libertados do fascínio dos olhos, pararmos para ouvir as palavras que saem de suas profundezas, como bolhas, poderemos ter vislumbres de criaturas invisíveis, peixes coloridos, catedrais submersas, plantas desconhecidas, histórias de amor e de terror.
A Mariana aprendeu a falar. Ela ganhou o poder de voar pelos mundos que moram nas palavras. Ouve histórias. Aquelas que sempre foram contadas: Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Branca de Neve... O mundo da sua fantasia se liberta dos limites do casulo. Pouco importa que nunca tenham acontecido, as histórias. “Se descreves o mundo tal qual é”, dizia Tolstoi, “não haverá em tuas palavras senão muitas mentiras e nenhuma verdade”. As palavras nos dizem que estamos destinados a voar, a saltar sobre abismos, a visitar mundos inexistentes: “pontes de arco-íris que ligam coisas eternamente separadas”.
Pelo poder da palavra
ela pode agora navegar com as nuvens,
visitar as estrelas,
entrar no corpo dos animais,
fluir com a seiva das plantas,
investigar a imaginação da matéria,
mergulhar no fundo de rios e de mares,
andar por mundos que há muito deixaram de existir,
assentar-se dentro de pirâmides e de catedrais góticas,
ouvir corais gregorianos,ver os homens trabalhando e amando,
ler as canções que escreveram, aprender das loucuras do poder,
passear pelos espaços da literatura, da arte, da filosofia, dos números,
lugares onde o seu corpo nunca poderia ir sozinho...
“Corpo espelho do universo! Tudo cabe dentro dele!”
Não é à-toa que a Adélia Prado tenha dito que “erótica é a alma”. Enganam-se aqueles que pensam que erótico e o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que moram nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma. Por isto que Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: “Continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa, daqui a 30 anos?”
O corpo de uma criança e um espaço infinito onde cabem todos os universos. Quanto mais ricos forem estes universos, maiores serão os voos da borboleta, maior será o fascínio, maior será o número de melodias que saberá tocar, maior será a possibilidade de amar, maior será a felicidade.
Por vezes, entretanto, acontece uma metamorfose ao contrário: as borboletas voltam ao casulo e se transformam em lagartas. Porque voar é fascinante, mas perigoso. É preciso que não se tenha medo de flutuar sobre o vazio com asas frágeis. É mais seguro viver agarrado à folha que se come. E eu me pergunto sobre o que aconteceu conosco. Pois um dia fomos como a Mariana, borboletas aladas, em busca
de espaços sem limites. Talvez, por medo, tenhamos abandonado as asas. Talvez, por medo, já não sejamos capazes de voar e sonhar. Gordas lagartas, que não têm coragem de se desprender das seguras folhas onde rastejam..


Comp. do FB, pg. Marcel Oliveira

Vamos todos morrer, então, AME, intensamente, cada segundo da Vida !!!






















Amizade, do latim amicitia. Acredita-se que a raiz desta palavra tenha se desenvolvido a partir do verbo latino amare, que expressa o sentido de "amor" ou "amar". Amizade verdadeira é lastreada no Amor, consubstanciada em afeto, atenção, carinho, companheirismo e proteção, tudo de alma, acima, muito acima de fugazes e transitórias necessidades físicas ou emocionais. Minha gratidão a todos os Amigos e Amigas que alentam minha alma, acalentam meu coração e iluminam meus Caminhos. Aceitem o abraço carinhoso de minha Alma. Gildo Fonseca. FELIZ DIA DO AMIGO !!!

sexta-feira, 19 de julho de 2019




"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta."


Lya Luft
 

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Ser é escolher-se....

Para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, nem tão-pouco de dentro, que possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonada, sem auxílio de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de se fazer ser até ao mais ínfimo pormenor. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, quer dizer, o seu nada de ser. (...) O homem não pode ser ora livre, ora escravo; ele é inteiramente e sempre livre, ou não é.
Jean-Paul Sartre, in 'O Ser e o Nada'
"Se sou inumano é porque meu mundo transbordou das fronteiras humanas, porque ser humano parece uma coisa pobre, triste, miserável, limitada pelos sentidos, restrita pela moral e a lei, definida pelos lugares-comuns e pelos ismos" - Henry Miller, Trópico de Câncer, p. 236

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Temos que gerar luz para iluminar nossos Caminhos...



80% dos seres que vivem no fundo do mar são bio-luminescentes, ou seja, emitem luz própria.

Fonte: cienciahoje.uol





terça-feira, 16 de julho de 2019

Vestir-Se implica aceitar-Se despido...



"Visto para quem me dispo."
Simone de Beauvoir


Vestir-se pela linguagem para despir-se pela sua leitura.

Gildo Fonseca

domingo, 14 de julho de 2019

"Eu venho sempre à tona de todos os meus naufrágios."

Mário Quintana
 

sábado, 13 de julho de 2019


"Naquilo que um espírito se contenta, mede-se o tamanho de sua perda". 

HEGEL


Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam.


Carlos Drummond de Andrade

"As pessoas querem aprender a nadar e ter um pé no chão ao mesmo tempo."

Marcel Proust




Compartilhado do FB, pg. do Projeto Estranha Força (Edilene Torino)
Você é Pura Luz em reflexão...

Nos interstícios, pulsam profundos desafios, aos perspicazes...


Clique sobre o link abaixo para ver um trabalho maravilhoso baseado na obra de nossa querida Lispector:

https://vimeo.com/41981310?fbclid=IwAR2hPxQLFqDuIRrGQY9yXD6YZbljhTjDA6epXYhc2AFHnjIGk3KJIxJIeS4




Compartilhado da pg. de Rafael Trindade
Somos todos casos fronteiriços.



In: Jonas qui aura 25 ans en l’an 2000, 1976. Direção: Alain Tanner.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Certeza das dúvidas. Dúvidas das certezas.

o pior é que eu achava que eu era indeciso - agora, já não tenho certeza...


quinta-feira, 11 de julho de 2019


Clarice, sempre maravilhosa...

Texto do livro Aprendendo a viver, de Clarice Lispector
FUTURO IMPROVÁVEL

Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega
para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará
de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto – serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de “dois e dois são quatro” é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto…
Nota: peço licença para pedir à pessoa que tão bondosamente traduz meus textos em braile para os cegos que não traduza este.
Não quero ferir os olhos que não veem.

quarta-feira, 10 de julho de 2019


Sensibilidade demais:
Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora, está lá a indefectível “sensibilidade”.
A gente quer que o patrão seja sensível e não um grosso. A gente quer que nossa amiga seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que nosso namorado seja sensível e não um machista brucutu.


Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento. E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música, de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível.


Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se tornam vítimas da própria emoção. Porque sensibilidade demais esgota a gente.Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega. Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos, sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa vida, mas como cansa.


Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais, nunca se concretizarão plenamente. A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido, não nos retém.


Como se mede, se pesa, se percebe a sensibilidade suficiente e a sensibilidade excessiva? No quanto ela joga a nosso favor ou contra. Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade excessiva faz de você protagonista de um dramalhão mexicano. Temos escolha? Não se escolhe, é o que se é. Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas, câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos. Os únicos que seguem não entendendo nada são os insensíveis.
Martha Medeiros

segunda-feira, 8 de julho de 2019

E como é verdadeira esta citação...



"Somente aquele que foi o mais sensível pode tornar-se o mais frio e o mais duro, para se defender do mais pequeno golpe - e esta própria couraça lhe pesa muitas vezes."

Johann Goethe

domingo, 7 de julho de 2019

Suposições...

Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho. Provérbio chinês.


"Os erros, como palha, ficam na superfície. Aqueles que procuram pérolas devem mergulhar fundo".

Rubem Fonseca
Viver é um descuido prosseguido”. Sigo à risca.
Me descuido e vou… 
Quebro a cara.
Quebro o coração. 
Tropeço em mim. 
Me atolo nos cinco sentidos. 
Viver não é perigoso? 
Então, com sua licença! 
Não tenho medo.

Guimarães Rosa

Um simples... Olhar...


Contrastes lapidam a Percepção...


"Cada um descobre o seu anjo
tendo um caso com o demônio."

Mia Couto 



art by René Milot


Comp. da pag. de Patrícia Melo