segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Clarice Lispector


Clarice Lispector
"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." * "Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca." * E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar."
 
 

domingo, 22 de janeiro de 2012

"Aquele que cultiva a ociosidade faz neve em torno de si"

André Luiz por Chico Xavier

Cenyra Pinto - Sinceridade

SINCERIDADE
Aqueles que dos planos de luz têm a incumbência de nos orientar e dirigir por certo não esperam de nós perfeição absoluta. Sabem que estamos presos à matéria e sujeitos ao seu campo vibratório. Pedem-nos apenas sinceridade naquilo que fazemos. Se em nosso caminho nos afastarmos das experiências que nos servirão de ensino, eles, a tempo, nos farão retroceder e entrar no verdadeiro caminho. Se palmilharmos atentos a estrada certa, alcançaremos o conhecimento que viemos para adquirir.
Portanto, é a sinceridade que nos recoloca diante do verdadeiro dever.
Enquanto encobrimos nossa face com a máscara das aparências, ainda que o mundo nos coloque num pedestal, nossa permanência aí será efêmera como são efêmeras nossas considerações pessoais.
Não é o ato simplesmente que é julgado pelos seres maiores da espiritualidade, mas o sentimento que impulsionou o ato.
É fácil parecermos gentis e ostentarmos certas atitudes espiritualizadas; o difícil é agirmos em consonância com princípios que nas nossas relações diárias nos harmonizem com nossos semelhantes, embora nem sempre sejamos aceitos.
A sinceridade tem o dom de desagradar aqueles que ainda estão ligados a do mundo, que esperam lisonjas e desejam aplausos. A criatura sincera não se permite satisfazer a esses caprichos. Isso a leva a ser afastada do caminho dos que ainda vivem exclusivamente para ilusões vazias de sentido.
Não precisamos ser rudes, mas devemos manter intactas nossas convicções. Importa sermos sinceros, sem condenações às ideias de ninguém.
Inútil e ridícula, também, é a atitude de superioridade sobre os demais, como se todos estivessem errados.
Só a sinceridade em nossos esforços nos credencia diante dos que nos guiam a evolução.
Agir apenas com o propósito de agradar aos outros é condenarmo-nos à eterna escravidão.

"Toda decisão realmente consciente é um heróico ato de coragem."

A vida, em catalepsia, aguarda nossas decisões e escolhas...

by Gildo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

"Quem só tem certezas fica imobilizado,
refém do óbvio...."

by Gildo.

Todo solvente me torna.....



Viver é sempre obra inacabada.
Instantes de nossa morada de lucidez em gestação.
Inteiro, mas também parte, sou só esse mosaico da arte de tudo aquilo que ainda não sou...
Em ti, em mim, há Vida, esse espelho fragmentado que existe em nós, que clama seu perten-Ser, nesse pulsar vibrante e inquiridor de cada incompreender.
Toda permanência é um solvente nas minhas tentativas de tornar-me aquilo que sou e não sei....
Pulverizado, em afetos fragmentados dos vínculos a cada percepção, pulsa o coração, criando lucidez, criando consciência, criando caminhos para nosso "Eu".

by Gildo.

Chove lá fora....

Assim como a luz se manifesta pelo reflexo em alguma "coisa", nossos pertencimentos dependem também daquilo que nos desafia, "daquilo" que tenta nos neutralizar. A oposição que personifica, que dá origem à nossa força vibratória original e que cria nossa "identidade".

Nessa reta numérica do existir, somos apenas um número a cada percepção, a cada experiência, crescendo numérica e geometricamente, similarmente ao universo físico em perene expansão.

Então as trevas são apenas os "números negativos" dessa reta, o qual manifesta, pela colisão dos opostos, o que pode surgir de melhor, ou de pior, em mim, em cada instante.

Explodimos, como uma "supernova" a cada percepção, a cada instante consciencial.

by Gildo.

Navegar é preciso... viver, não é preciso....

Nosso ideal do conhecer é só mais uma ilusão auto-gerada para suportarmos o existir. Comos, com máscaras de porquês, sustentam esse edifício construido sobre as flutuações de pretensas verdades perecíveis e massacrantemente circunstanciais. Somos vítimas do processo dialético do compreender.
Lembrando os navegantes portugueses: "conhecer é preciso.... viver, não é preciso...." Compreender para quê? Minha alma precisa respirar....

by Gildo.

Dançando com os afetos.

Somos afetos ambulantes pulverizados em nossas interações.

Fragmentos pulsantes no palco de nossas incompletudes a fluir em vida a cada encontro, em cada separação, em cada embate, conosco mesmo.

Fazes-me falta ó eu mesmo! Fazes-me falta, ó tudo aquilo que ainda não sou...
Fazes-me falta, ó fluir continuo, a cada ausência, no vácuo da tua pulsão.

Como um coração, tal como um código binário, pulsas em vida, preenchendo-me, para em seguida, te esconderes, no vácuo ausente desse teu estranho compasso.

Mas em seguida pulsas novamente e tal qual a primavera, aquece minha alma derretendo o gelo momentâneo da tua ausência.

Te alternas, ó vida, te mostras e te escondes a cada instante, em cada ato, em cada acordar da alma.
Onde terminas? Onde começas? Permita-me um respirar continuo.....

by Gildo.

Tempos quebrados....


by Salvador Dali

A arte é uma mentira, mas uma mentira que nos ajuda a compreender a verdade. Pablo Picasso ...

Reflexões pessoais



Toda escolha é sempre fatal. Ao mesmo tempo que liberta pela nova experiência, mata a simultaneidade de outras escolhas. Qualquer semelhança com o espermatozóide não é pura coincidência.

Quando me torno aquilo que escolho, deixo de ser o escolhedor e como procusto de mim mesmo passo a ser, paradoxalmente, escravo de minha própria liberdade....

Nossa sombra quando parametrizada pela circunstancialidade impede nossas descobertas da verdadeira luz, vinda dos vastos universos onde habita o nosso inconsciente.

Precisamos da sombra para conhecer nossa Luz.

Enquanto não vivenciamos os extremos não conhecemos o que pode ser contrário.

Liberdade é vontade responsável em trânsito pelas impermanências.

A escravidão é um estado da consciência.

Angústia é o trânsito da decisão (ou decisão em trânsito....)

Derrotas ou vitórias são proporcionais ao nosso respeito aos nossos carrascos.


by Gildo.

Para refletir....



"A normalidade é como o frio, não existe. O frio é um pouco mais, um pouco menos de calor, e a normalidade é um pouco mais um pouco menos de loucura". Abelardo de Castro.

"É preciso ter um caos dentro de si para dar luz a uma estrela radiante." Nietzsche

"A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos. Bernard Shaw

Mario Sérgio Cortella:

A tragédia não é quando um homem morre.
A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Buscando pertencer.....

http://www.youtube.com/watch?v=EaAExrGO5Ks

http://www.kboing.com.br/freddie-mercury-e-montserrat-caballe/1-80029/

Simplesmente querer....

[MaosDadas2.jpg]


Há algumas pessoas que se destacam para nós na multidão.

Dançam conosco com mais leveza nessa coreografia bela,

e também meio atrapalhada, dos encontros humanos.

Muitas vezes tentamos explicar, em vão,

a exata medida do nosso bem-querer.

A doçura de que é feito o olhar que lhes dirigimos.

Os gestos de que somos capazes para ajudá-las

a despertar um sorriso grande.

E somente sentir nos bastaria se ainda não estivéssemos

tão apegados à necessidade de classificar todas as coisas.

De confiná-las entre as paredes das explicações.

Por elas nos sentimos capazes das belezas mais inéditas.

Se estão felizes, é como se a festa fosse nossa.

Se estão em perigo, a luta é nossa também.

E não há interesse algum que nos mova em direção a elas,

senão a própria fluência do sentimento.

Sabemos quem são e elas sabem quem somos e ficamos muito

à vontade por não haver enganos nem ilusões entre nós.

Ao menos, não muitos.

Somos aceitos, queridos, bem-vindos,

quando o tempo é de sol

e quando o tempo é de chuva.

Na expressão das nossas virtudes

e na revelação das nossas limitações.

E é com esses encontros que a gente

se exercita mais gostoso no longo aprendizado do amor.


- Ana Claudia Saldanha Jácomo -


 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escolhas..



Na volatilidade emocional das nossas percepções quanta energia transferimos de nós mesmos ao encher de valor fatos e circunstâncias em si mesmas insípidas e onde nós polinizamos qualificações.

Se tem valor o que nos afeta, positiva ou negativamente, também o que nos afeta possui o valor equivalente a energia que nele depositamos, tornando assim valoroso, em maior ou menor grau, a dor ou a alegria que nos envolvem.

Criamos nossos próprios fantasmas, criamos nossos embalos, criamo-nos a cada percepção.

Somos do tamanho do valor que damos as coisas que nos afetam.
Já não permito que haja dor e que ela se almente de minhas crenças.
Já não permito que o mal sugue a nossa luz.
Já não permito que haja consciência da dor.
Escolho e nomeio de melhor qualquer caminho a seguir.
Dor? Sofrimento? Frustrações?
Não alimentarei o seu existir através de minhas ansiedades.
Sou apenas o instante presente, sem passado ou sem futuro.

Dor é expectativa. Viver apenas o momento é energizar a auto-percepção que não depende do ontem, nem do amanhã, mas somente do agora, onde somos plenos de tudo e de todos, em tudo e em todos.
Todos de tudo. Tudo de todos. O todo e seu tudo.
Sei que a dor, filha bastarda de nossa perspectiva futura não encontrará guarida em nossa consciência.

Só existe o que acreditamos. Só existe o melhor.
Saúde, Luz, Alegria são positivos, afirmações em si mesmas, suas ausências são apenas liames da nossa consciência, hiatos da verdadeira percepção do valor de nós mesmos, a preencher os dolorosos vazios da vida, da saúde e dos afetos, criados pela ausência da nossa verdadeira consciência de nós mesmos.

Portanto, só existe o bem, a saúde e o amor, contidos na percepção da verdadeira, plena e onipotente perfeição. A dor jamais encontrará pousada em cada consciência pois as trevas são a ausência da luz.

A Plenitude da Perfeição Cósmica há de se manifestar através da consciência de todos nós.

by Gildo.


A Vida sempre nos ampara, nos protege, nos inspira.....