segunda-feira, 31 de julho de 2017

“Conheço o espírito de muitos homens
Mas não sei quem sou eu mesmo!
Meu olhar é demasiado próximo de mim –
Não sou o que vejo e o que vi.
Eu seria de maior proveito para mim
Se de mim pudesse estar mais longe.
Não tão distante quanto meu inimigo, claro!
Já o amigo mais próximo está longe demais –
Mas entre nós há o meio do caminho!
Adivinham vocês o meu pedido?”
Nietzsche , “A Gaia Ciência”

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domingo, 30 de julho de 2017

Emil Cioran

(...) Quis defender-me contra todos os homens, reagir contra sua loucura, descobrir sua origem; escutei, vi e tive medo: medo de agir pelos mesmos motivos ou por qualquer outro motivo, de crer nos mesmos fantasmas ou em qualquer outro fantasma, de deixar-me afogar pelas mesmas embriaguezes ou por qualquer outra embriaguez; medo, enfim, de delirar em comum e de expirar em uma multidão de êxtases.
- Emil Cioran, in "Breviário da Decomposição" (A Gama do Vazio).
Obra "Crossing Over" de Lesley Oldaker.

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domingo, 23 de julho de 2017

O valor da solidão e seu preço

Toda autenticidade é singular e seu tamanho é inversamente proporcional à pulverização de nossos casuísticos afetos, em trânsito por tantas impermanências. A percepção da necessidade da busca de identidades estruturais que transcendam as algozes paredes culturais de normalidades impostas pela insana civilização talvez seja a única justificativa para os nossos ininterruptos esforços para Existir, buscando compreender o Ser por contrastes do Não Ser. Somos apenas Potência, cristalizando o ainda Imperceptível, retroalimentando-nos, nesse múltiplo banquete de aparências e numa espiral crescente, de infinitas e desconhecidas possibilidades de todo múltiplo Devir. A percepção dessa Consciência em trânsito cobra, de nossas Identidades, o pedágio, com valores de solidão. Toda Consciência tem seu preço: a descoberta do Valor de toda Singularidade de nossas Almas.

Gildo Fonseca

sábado, 22 de julho de 2017

domingo, 9 de julho de 2017

sábado, 8 de julho de 2017



















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Pérola de Edilene Torino

EU
Sou um espanto inédito.
Me cresço, me encolho.
Me construo
Me desconstruo
Me reconstruo
Me reformo, me reinvento.
Às vezes
Me encolho para crescer, me lembro para em seguida me esquecer, me esqueço para recomeçar.
Absolutamente relativa.
Relativamente absoluta.
Assim, um tanto ET.
A Natureza me resolve.
A poesia me resolve.
Sou o que soul.
Sou o que so(ma)mos.
Sou o que só.

Texto de Edilene Torino, compartilhado de sua página no Facebook