sexta-feira, 31 de julho de 2009

AR RIS CAR - SE

Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas... é preciso correr riscos.

Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.

Só a pessoa que se arrisca é livre...
"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."

Soren Kiekegaard

Insanidade na aurora

Cioran e tragédia do existir

Fernando RegoIn memoriam

O raciocínio em Cioran é desenvolvido a partir de situações limites. Na sua composição, são elementos básicos a negatividade, a morte, Deus, a demência e a loucura. Ingredientes que ao se combinarem formam um universo governado pela injustiça e impostura.

Não sem propósito. Cioran refere-se com ternura e admiração a Diógenes (413-324), o que viveu com toda intensidade possível a loucura filosófica. Natural de Sínope - costa do Mar Negro - Diógenes teve como pai Icésio, banqueiro acusado de falso moedeiro juntamente com seu filho, o próprio Diógenes, razão pela qual terminaram ambos - pai e filho - desterrados. No livro Vidas de filósofos mais ilustres, Diógenes Laércio descreve-nos a vida, as ironias profundamente cínicas de Diógenes. Neste texto, tomamos conhecimento de seus ataques a Platão, do seu comportamento sempre à margem do social para melhor demonstrar o quanto depreciava seus concidadãos. Diógenes freqüentava a companhia das prostitutas e dos ladrões, e sorria para seus críticos: "Os médicos andam em companhia dos enfermos e não se contaminam". Da crítica demolidora de Diógenes nada conseguia escapar: as ciências, as artes ou as instituições sociais. Do mesmo modo, nada passa incólume pelo crivo de Cioran.


Cada homem deverá criar seu delírio privado, onde possa sonhar seus próprios sonhos - o que o aproxima do despertar. E, quando desperto, irá perceber a condição não-legislável do mundo, pois "a dor desintegra a matéria e a angústia, a alma". A fatalidade faz-se presente em todas as coisas e dela também não escapamos. Encontra-se aí a origem dos problemas da existência humana. Mas, por mais intensa que seja a angústia, por mais profunda que seja a dor sentida, sobrevive-se. Estranha e aleatória ironia. Tornamo-nos sobreviventes de nós mesmos.

Farsantes criadores de impurezas que a psicanálise teima em decantar. As impurezas permitem, contudo, o surgimento da curiosidade a respeito de nós mesmos. E assim tentamos preencher o vazio que precipita nossa queda no tempo. Situação inexorável que deixa claro a "inconveniência de se ter nascido". A morte esteia o pensar de Cioran. Não a morte em si, mas a obsessão em torno dela. Mania que permite suportar as noites insones, quando é sentido nas artérias o fluir do sangue que conduz a vida e também a morte. Antagonismo cruel do existir. E este mesmo sangue terá que correr de maneira abundante para alimentar os legados históricos vitoriosos: "As religiões contam em seu balanço mais crimes do que as mais sangrentas tiranias, e aqueles que a humanidade divinizou superam de longe os assassinos mais conscienciosos em sua sede de sangue" (1).


É provável que o leitor aprenda com Cioran a desfrutar de uma liberdade muito mais ampla em relação às idéias; liberdade semelhante àquela que é vivida por um ouvinte de música: "Se alguém deve tudo a Bach é sem dúvida Deus". Esta liberdade, e só ela, desvendaria o problema filosófico do infinito, já que o infinito estaria na sua própria essência. O eventual leitor, para desfrutar dessa liberdade proposta por Cioran, deve conseguir ultrapassar o momento avassalador, e até mesmo asfixiante, criado pelo romeno, na abordagem do mundo. Caso contrário, poderá o leitor abandonar o livro exclamando: "O horror. O horror". Os excessivamente pudicos e acadêmicos podem sentir um mal-estar com "Filosofia e Prostituição" (in Breviário da Decomposição). Neste texto é estabelecido um paralelo entre aquelas que praticam o "pirronismo do trottoir" e o filósofo. No universo da prostituição, tudo é aceito e nada é aceito. O que faz brotar com toda força de sua virulência, o conformismo e o cinismo. A negação, enfim, dos empreendimentos humanos. Os que aspiram fazer algo de útil ou pensam em fazê-lo, devem abandonar esse terreno para não caírem na "inanidade do ser" e no absurdo onde tudo se torna hostil: "Sua própria solidão, sua própria audácia, o absoluto opaco, os deuses inverificáveis e o nada manifesto".(3)

Aquele que não sabe refrear está condenado por transcender a realidade, e só lhe resta aceitar a condição à margem do socialmente estabelecido. Se esta condição conduz ao sofrimento, advém a tragédia. No entanto, aquele que não sofre por encontrar-se à margem, é um observador da farsa com a qual não compactua. Isto o transforma em um deus finito e miserável e, como tal, será execrado por ser apenas um epígono desiludido e estéril. Em tudo há uma certa insanidade, principalmente na aurora, quando o desespero da privação e uma certa sabedoria acompanham seu surgimento. Aí, então, passamos a acreditar que o desenrolar das horas irá trazer frutos pluriabertos às nossas bocas sequiosas. A noite vem e nos encontra sentados, sedentos e suados na mesma poltrona e a crise, como se fosse uma anêmona, silenciosamente se aproxima. Necessário se faz evitá-la. Só nos resta escrever ou "por isso escrevemos", como diz Cioran. Revoltamo-nos então em palavras contra nós mesmos e nossos semelhantes.


A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade.

(Arthur Schopenhauer)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Freud

O homem é dono do que cala...
E escravo do que fala....

Nietzsche

E AQUELES QUE FORAM VISTOS DANÇANDO
FORAM JULGADOS INSANOS POR AQUELES
QUE NÃO PODIAM ESCUTAR A MÚSICA.

CANSADO DE ESPERANÇAS,

PERSIGO REALIDADES.

QUANDO O VENTO CONTRARIO

AUMENTA EM SEUS EMBATES,

NAVEGO A QUALQUER VENTO....

EM MINHA LIGEIRA EMBARCAÇÃO.

Nunca discuta, você perderá ainda que vença....

Culpas... culpas... culpas....

Culpa é a sensação resultante de uma cobrança interna que vem, nasce do nosso mental.
Toda a culpa vem de uma exigência absurda de como eu deveria ser, não expressa a minha necessidade, não respeita o que realmente sou. É um julgamento e condenação que faço com a mente a respeito de mim mesmo. Nesta situação não existe respeito nem amor para comigo mesmo. É uma expressão de ódio através da condenação. A culpa pode se expressar sob duas formas:
1 – Em relação a si próprio: eu não fui bom o suficiente, me cobro, tenho que compensar (tudo que faço por obrigação no futuro gera cobrança, apenas o que faço por prazer e vontade é bem aceito e fica leve).
2 – Em relação ao outro: cobro a atitude do outro. Na realidade é uma defesa, projeção da auto culpa. Enquanto critico, cobro o outro me dou um pouco de paz.
Esta cobrança pode vir de muito longe, atravessar muitas vidas, até que a forma enxergar os nossos erros se modifique. Podemos então compreender o transtorno que a culpa cria em nossas vidas. Nos colocamos e até nos mantemos em situações sofridas para nos punir. Acreditando que esta punição nos libertará, que seremos merecedores de absolvição se pagarmos sofrendo bastante, estamos na verdade apenas cultivando o ódio em relação a nós próprios, nos mantendo estacionados no tempo, nos impedindo de evoluir. Ao contrário do que acreditamos, culpa e punições são forças contrárias a evolução.
No estudo a respeito das possibilidades que a reencarnação oferece rumo a evolução, tenho observado o quanto as pessoas perdem tempo apenas sofrendo, sem que isso as leve a um crescimento verdadeiro.
Na tomada de consciência não basta apenas enxergar a atitude desastrosa e se propor a uma nova vida com ações contrárias. É preciso também nos libertar da nossa cobrança, do nosso julgamento. Este é o verdadeiro perdão.
Enquanto não fizermos isso criaremos na vida punições, dificuldades que nos impedem de realizar com amplitude aquilo que propomos.
A saída da culpa é o autoperdão, cultivado pelo exercício de me aceitar como sou, de observar meus erros acreditando que sou um ser em evolução, que o fato de poder vê-los já indica que cresci, que aprendi que tenho condições de modificá-lo, através do poder de criar novas atitudes. Não exigir a perfeição já, pois isso gera mais cobrança e culpa e, portanto um maior afastamento de mim mesmo.
Vejo muitas pessoas com dificuldades de se enxergar, pois nas suas vidas se cobram, se punem tanto que até por uma defesa saudável passam a não se enxergar para se pouparem. O enxergar dificuldades só é uma atitude proveitosa quando acompanhada de aceitação, pois aí sim nos leva a atitudes de verdadeira transformação e crescimento.
Exercício: Busque na sua mente uma situação em que você se sentiu errado e culpado. Observe como essa lembrança dói e como você convive a tempos com ela sem sair do lugar. Veja como por se cobrar você até se impediu de caminhar para frente não se sentido merecedor. Agora procure razões que na época você tinha para agir daquela determinada forma. Observe como hoje o seu ponto de vista ampliou. Como você vê a situação de outra forma. Sinta a alegria que essa sensação lhe dá. Agora se liberte da crítica e cobrança, aceitando que você fez o que podia, e que agora você pode mais pois você cresceu. Se perdoe definitivamente.

Maria Cristina Nascimento

Frases deliciosas....

A coragem não é a ausência do medo, mas sim uma boa gestão do medo.
Rudolph Giulliani

A ausência de alternativas clarifica maravilhosamente a mente.
Henry A. Kissinger

O homem que deseja a honra não a merece.

Tanto o Brasil como eu precisamos de uma reforma fiscal, pois vivemos em déficit.
Arnaldo Jabor

A ansiedade significa que temos posto a nossa confiança em mãos erradas.
Kenneth Hassler

Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.
Jean-Paul Sartre

Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece.
Aldous Huxley

A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas peos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego.
Anônimo

Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.
Montesquieu

A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada.
Bob Marley

O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos.
Pitágoras

A vida é feita de opções


Hospital psiquiátrico

O teste da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?

Respondeu o diretor:- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

A vida tem muito mais opções... E muitas das vezes são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos...



domingo, 5 de julho de 2009

Vídeo muito legal sobre Escolhas

Acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=qshgBxqEAgo

Uma aula sobre ansiedade. De Rita de Cassia


COMO SE LIVRAR DA ANSIEDADE?

Para se livrar da ansiedade, em primeiro lugar é preciso entendê-la.
Estamos tentando fazer isso em nosso curso, mas veja...
A ansiedade é o resultado de um processo de aceleração de nossa mente.
Ela é desencadeada pelo contato com o novo, com o desconhecido que, geralmente, representa uma ameaça para a nossa estabilidade. Ao preferir o conhecido, a mente humana cria a ilusão de que temos que controlar tudo. Nos infringe a obrigação de antecipar os acontecimentos das nossas vidas, como se isso fosse nos livrar de todos os males. Quando as sensações de instabilidade e de insegurança são classificadas em nossa mente como algo desagradável, das quais temos que nos livrar o mais rapidamente possível, começam a surgir os quadros ansiosos.

Pensamentos negativos, associados à sensação de perigo iminente, agitação e inquietação são algumas das tensões psíquicas que fazem parte desse processo. Outros sintomas podem ser físicos: sudorese, boca constantemente seca, dores de cabeça, sensação de desmaio, aumento da intensidade e freqüência dos batimentos cardíacos, entre outros. Vamos exemplificar: Imaginemos a pessoa que vai fazer uma entrevista para um novo emprego no dia seguinte. Ela não conhece o entrevistador, não sabe qual a empresa que esta requerendo os seus serviços e não sabe exatamente o que ela deve falar para obter o emprego. Mais do que isso, não tem como obter todos estes dados na véspera da entrevista. A mente começa: “... o que eu devo falar?... como será o entrevistador?... qual será o perfil da empresa?...” e começa a acelerar em busca das respostas que não estão contidas dentro dela. Dá-se o looping da ansiedade, pois quanto mais a mente não acha respostas dentro de si, dentro do pensamento, das experiências anteriores, mais ela se acelera, mais ela busca o controle e mais vai se acentuando a sensação de pressa. Assim, os sintomas da ansiedade vão se impregnando sobre o individuo e prejudicando o seu rendimento na entrevista.

Como posso saber como agir antes da hora, sendo que o ato está totalmente voltado as circunstâncias. Uma pessoa tranquila, pode estar em um dia não muito tranquilo..tudo depende... Cadê o controle? Como controlar o que está fora? Mas voltando... Posto o problema, como lidar com a questão, como diminuir ou eliminar os efeitos dilacerantes da ansiedade sobre nós? Para a ansiedade diminuir é preciso diminuir a atividade mental. A desaceleração da mente gera uma sensação de paz de espírito e de calma.

1 - Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz, pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e por conseqüência a mente.Respirem....

2- Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não esta na sua mente, não esta no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for possível, olhe para o novo, procure entendê-lo, aumente as suas informações e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no exemplo da entrevista) procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue com ela para não pensar na entrevista e em suas conseqüências.Pois a entrevista é amanhã.... Vivemos no hoje...no agora!

3- Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente e entenda que não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Aprendamos a aceitar nossas realidades, responsabilidades e repudiar as preocupações...o que está fora de nós não podemos controlar.

4 - Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso fazer o melhor que esta a nosso alcance, focado, ligado no real. O que esta além do nosso melhor esforço não podemos controlar.

5 - Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota. Entregue ao Universo, mas depois de ter feito a sua parte...

6 - Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente, não queira se livrar dela, não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança, mais calmamente ela irá embora e mais a sua mente se acalmará. Quanto mais você tentar se livrar dela, mais ela se tornara ansiedade. Veja, insegurança é sinalização de que apareceu coisa nova para aprender, sinal de que apareceu mais uma coisa que não sabemos... Portanto, busquemos o conhecimento sempre...natural!

7 - Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o pior vai acontecer, usar a palavra mágica: “Dane-se”. O que é meu nem Deus tira...

Resumindo, mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar-nos da ansiedade, devemos aprender a escapar do seu domínio.

Quem manda em quem hein???

Tudo é uma questão de auto-estima