quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Admirável é o homem que ama uma mulher 
selvagem

domingo, 22 de novembro de 2015



















A persona

A persona é um complicado sistema de relação entre a consciência individual e a sociedade; é uma espécie de máscara destinada, por um lado, a produzir um determinado efeito sobre os outros e por outro lado a ocultar a verdadeira natureza do indivíduo. Só quem estiver totalmente identificado com a sua persona até o ponto de não conhecer-se a si mesmo, poderá considerar supérflua essa natureza mais profunda. No entanto, só negará a necessidade da persona quem desconhecer a verdadeira natureza de seus semelhantes. A sociedade espera e tem que esperar de todo indivíduo o melhor desempenho possível da tarefa a ele conferida; assim, um sacerdote não só deve executar, objetivamente, as funções do seu cargo, como também desempenhá-las, sem vacilar a qualquer hora e em todas as circunstâncias.
Esta exigência da sociedade é uma espécie de garantia: cada um deve ocupar o lugar que lhe corresponde, um como sapateiro, outro como poeta. Não se espera que alguém seja ambas as coisas. Nem é aconselhável que o seja, pois seria estranho demais para os outros. Tal indivíduo, por ser "diferente", suscitaria a desconfiança.
A construção de uma persona coletivamente adequada significa uma considerável concessão ao mundo exterior, um verdadeiro auto-sacrifício, que força o eu a identificar-se com a persona. Isto leva certas pessoas a acreditarem que são o que
imaginam ser. A "ausência de alma" que essa mentalidade parece acarretar é só aparente, pois o inconsciente não tolera de forma alguma tal desvio do centro de gravidade. Se observarmos criticamente casos dessa espécie, descobriremos que a máscara perfeita é compensada, no interior, por uma "vida particular".
C. G. JUNG -O Eu e o Inconsciente

Compartilhado do FB página de Simpósio Junguiano






















Nossa amada Clarice tinha razão. Gostar de estar vivo exige a custosa criação de necessidades mil através de "voluntariosa" embriaguez da consciência morfinizando as inquietações do pulsar da alma. Todo "para quê", "brilha ao sol" enquanto todo "porquê", como criatura personificada em buracos negros de tantas inquirições humanas, submete nuances de luz, pseudos lapsos de lucidez aos arcabouços de nossas próprias contrapartes, essas sombras ainda tão desconhecidas. Existir é um paradoxo binário onde uma coisa só existe pela outra e fluindo em consciência, "É" apenas quando, de uma forma perceptível, dialética também "não É". Somos coadjuvantes, como mutantes vazios a serem preenchidos pelo protagonismo de infinitas Possibilidades de nossos próprios amanhãs.

Gildo Fonseca.

A imagem foi compartilhada do FB da página de Beth Goulart em Simplesmente Clarice.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015



Compartilhado do FB página de Edilene Torino

domingo, 15 de novembro de 2015



BEM VINDO FUTURO PRESENTE !!!

Transcender implica em permitir que o N ovo contido no Instante seguinte nos abrace cerimoniosamente e nos demonstre que podemos Ser, sempre, muito mais que somente aquilo que percebemos no momento presente. Todo caos é semente de Ordem. Todo vazio "É" útero de infinitas possibilidades a serem cristalizadas pelas vibrações inerentes a Essência da Vida contidas nas reações de nossas percepções. As imagens que compõem o mosaico de miragens nos espelhos cotidianos é fruto da nossa transcendente e inexorável respiração cósmica que gera Movimento produzindo, em nós e para nós a sensação de Vida e faz com que percebamos o Existir através daquilo que, talvez, realmente Sejamos, apenas "Sinapses de Possibilidades Cósmicas". Gildo Fonseca.

sábado, 14 de novembro de 2015

domingo, 8 de novembro de 2015

sábado, 7 de novembro de 2015























Espaço curvo e finito
Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças e ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe, um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.


José Saramago, em "Os poemas possíveis".

"...transgredir normas e regras estabelecidas é a verdadeira expressão da liberdade e somente os fortes são capazes dessa ousadia."

Nietzsche ( A Genealogia da Moral )


Texto e imagem compartilhados do FB página de Loucos por Nietzsche.

Viv a Liberdade !!!

A transgressão é a cristalização da individualidade, a afirmação da Potência Interior e a auto reverência à Essência Vibratória que em seus múltiplas escalas, cadências e expressões personifica, alternativamente pela ação entre contrapartes de opostos a dialética da manifestação do Todo nas partes e as partes no Todo criando esse Movimento Dinâmico que chamamos Vida. Através de interstícios entre Luz e Sombras, onde pulsam em lapsos e espectros, fluem as sinapses que iluminam os embriões de nossa Consciência na construção da nossa Liberdade e na Percepção de que Somos, definitiva e inexoravelmente Agentes da nossa própria Criação.

Gildo Fonseca.