terça-feira, 17 de abril de 2012

O LOUCO

Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.



Gibran Khalil Gibran

O conceito de angústia

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O Conceito de Angústia
Mariah de Olivieri

A angústia arrasa. Demole certezas, aniquila. Contudo, em algumas situações, pode ser deveras educativa.

Sören Kierkegaard desenvolveu um inusitado olhar para essa aflição, escrevendo a obra que se constituiu no verdadeiro tratado sobre esse tema: Trata-se do livro O conceito de Angústia (KIERKEGAARD, 1968).

Estamos cientes de tratar-se de uma obra complexa, com várias histórias e metáforas. Kierkegaard, neste livro, expõe sua teoria a respeito de Angst[1] (alude Vigilius Haufniensis, autor heterônimo da obra). Este personagem foi um profundo perito da dogmática e conheceu na angústia, o insondável abismo da existência humana.

Vigilius tece um esclarecimento psicológico a respeito da questão da angústia, que, em sua visão constitui-se o componente primeiro no indivíduo, estando presente em todas as horas, em todas as ocasiões, sendo o próprio sinal da fragilidade humana.

A angústia consiste em um estado d’alma que carcome todas as coisas do mundo finito, acendendo a chama da possibilidade, deixando expostas todas as ilusões do cotidiano:

O sentimento de angústia já se manifestava entre os gregos, em sua crença no sofrimento diante do destino, sobretudo do destino trágico.

O sentimento de angústia dado por Deus, para Vigilius, foi uma pré-condição para a queda, e está inserido na vida de todo indivíduo. Por outro lado, entre os judeus da antiguidade, a angústia se apresentava através do conceito de culpa frente à lei moral. Entretanto, para Kierkegaard, a angústia torna-se um alento positivo para o indivíduo, guiando-o pela fé e de volta à Deus.

Neste momento, quando o indivíduo consegue se desvencilhar de todo o emaranhado de conceitos ilusórios que o prendem à pseudo-realidade, ele se encontra só perante Deus, ele está nu diante de Deus; neste momento, há apenas o indivíduo e sua fé.

Kierkegaard aborda destarte a definição de liberdade, isto é, como a liberdade, que é o dom mor do indivíduo, se origina:

Voltando-se para dentro de si próprio, o gênio religioso acha a liberdade. O destino nenhum medo lhe infunde, visto que não entende qualquer serviço no exterior e a liberdade, para ele, é identificada com sua beatitude, [...], porém, a liberdade de saber, no seu íntimo, que em si mesmo é a liberdade (KIERKEGAARD, 1968, p.112-113)[3].

A existência é o reino da liberdade e se apresenta como uma infinita possibilidade. Esta situação da complexidade da existência está repleta de possibilidades, o que implica em responsabilidades, que levam o indivíduo a uma espécie de vertigem espiritual. A angústia existencial é o resultado de uma experiência interior, é quando o indivíduo se depara com as ilimitadas possibilidades de sua própria liberdade.

Esta liberdade, através da possibilidade, é uma grande aflição e, ao mesmo tempo, uma dádiva, constituindo-se em uma qualidade do indivíduo espiritualmente evoluído. De acordo com Kierkegaard, a possibilidade é a mais pesada das categorias, pois na possibilidade tudo é igualmente viável.

A angústia é a realidade como possibilidade antes mesmo dela existir; é a experiência que todo o indivíduo tem que passar um dia, que mais cedo ou mais tarde bate em sua porta, fustigando sua alma e rompendo com todas as certezas.

Kierkegaard afiança que quando o indivíduo conclui a escola da possibilidade, ele sabe, melhor que nenhum outro, que não está apto a exigir nada da vida, e que o caos reside dentro de si.

Portanto, o indivíduo que não deseja afundar-se na miséria da finitude é forçado a, no sentido mais profundo, atirar-se nos braços da infinitude. Deste modo é que, para Vigilius, a angústia auxilia o indivíduo a se tornar quem ele deve realmente e verdadeiramente ser. Pois é somente através da possibilidade e da angústia decorrente desta que o indivíduo atinge o ápice da fé.

Quando administradas corretamente, as descobertas da possibilidade descortinam todas as finitudes, e deixam a descoberto todas as ilusões mundanas, fúteis e mesquinhas.

Destarte, a liberdade não encontra na finitude onde se apoiar e se sustentar. De tal modo, só o indivíduo que é formado pela possibilidade, estará formado segundo sua infinitude. Aqui a possibilidade é considerada como que uma ameaça, por fornecer ao indivíduo inúmeras opções.

Somente o indivíduo que atravessou a angústia da possibilidade, só este está plenamente apto a não sentir angústia; não porque a evite, mas sim porque esta sempre perde sua potência ante a possibilidade. Por isso, quem aprendeu a angustiar-se impecavelmente, aprendeu o supremo saber.

Kierkegaard sustenta que o indivíduo necessita recuperar seus valores mais profundos e verdadeiros, possibilitando através deste processo o resgate de sua individualidade, para que ele se torne um indivíduo singular. Através desse processo, o indivíduo adquire a consciência de que, sendo verdadeiro em sua essência e em seu querer, isto o possibilita encontrar paz para seu atormentado espírito; desta maneira, o indivíduo se torna um sujeito pleno, um verdadeiro si mesmo e assim, está apto à abandonar a angústia.

Kierkegaard acredita que o indivíduo que se gaba por nunca ter se angustiado deve ser muito sem espírito, pois o indivíduo dotado de espírito, certamente em algum momento de sua existência, foi ou será invadido pela angústia; assim sendo, o indivíduo só adquire sua individualidade através da experiência formadora da angústia.

É através desse rito de passagem, proporcionado por esta experiência que o indivíduo é conduzido aos braços da fé. Isto significa que o indivíduo, formado pela angústia através da fé, erradica justamente o que a angústia produz, ou seja, as incertezas da existência; é a angústia, inclusive, que auxilia o indivíduo a elaborar quem ele é realmente, onde se encontra existencialmente e para onde ele deve ir através de suas escolhas; e, assim, o guia ao encontro de Deus, a entregar-se a Deus. Segundo Kierkegaard, a única forma de escapar da angústia é, pois, dar o salto da fé:

Se forem administradas ordenadamente as descobertas da possibilidade aí, a possibilidade há de descobrir todas as finitudes, mas há de idealizá-las na figura da infinitude, dominará o indivíduo na angústia, ate que ele, por sua vez, as vença na antecipação da fé. (VALLS, 2008)[4].

Para Kierkegaard, a experiência da angústia descortina o destino humano em toda a sua magnificência. Através do auxílio da fé, a angústia educa a individualidade a repousar na Providência.

Assim é que a real aprendizagem da angústia representa o supremo saber, pois ela constitui o possível da liberdade no sentido pleno da palavra; pois somente através do estabelecimento da relação absoluta com Deus é que o indivíduo alcança com profundidade o entendimento de sua existência.

Nudez

A nudez absoluta é uma mentira. Não se é totalmente transparente.
A nudez em pelo é impossivel para um ser humano com consciencia. Por isso nos vestimos.

sábado, 14 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Portas, em, e para todos, de nós, em nós....

" Com o coração se pede; com o coração se procura; com o coração se bate (a porta); e é ao coração que a porta se abre" 
( Santo Agostinho, filósofo e teólogo romano).


postado no Facebook  por Maria A.A. Hildebrand



Carminhar com as nossas sombras...



"Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro".


Carl Jung 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A sensibilidade sem limites de Mariangela Barreto


Fotos de Mariangela Barreto


‎"Nunca se sabe o que vai acontecer, e é bonito não saber. Esta é a beleza e o êxtase da vida: o fato de ela ser uma constante surpresa. Se fosse previsível, seria mecânica.
Ela não é previsível - há sempre surpresas reservadas e, quanto mais alerta você estiver,mais surpresas haverá."OSHO


domingo, 8 de abril de 2012

Para os que se acham PHDs em sacanagem.....

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos

PÁSCOA É PASSAGEM E RESSURREIÇÃO. QUE EM TODAS AS SUAS PASSAGENS DO COTIDIANO HAJA A RESSURREIÇÃO DE SUAS ESPERANÇAS, DE SUAS ALEGRIAS, DE SUA LUZ INTERIOR. FELIZ PÁSCOA A TODOS !!!!

A história da Páscoa

A maioria das tradições do feriado religioso da Páscoa está contida nos rituais pagãos, o que gerou grande variedade de lendas, ícones, símbolos e costumes, que passaram a fazer parte da celebração.
Séculos antes do nascimento de Cristo as tribos pagãs da Europa adoravam a bela deusa da primavera - EE-ah-tra, depois Eostre. Festivais para celebrar o nascimento da primavera eram organizados em honra da entidade no final de março, tempo do equinócio de inverno no hemisfério norte.
Filólogos acreditam que a palavra Eostre evoluiu em inglês para Easter e em alemão para Ostern, que significam Páscoa. Outros associam a palavra Easter com o nascer do sol no Este.
A Páscoa já era celebrada pelos judeus antes mesmo do nascimento de Jesus, com outro sentido: o de liberdade, após anos de escravidão no Egito.
Para nossa civilização cristã, "Páscoa" tem origem hebraica (Pessach) e significa passagem pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu, dois dias depois da morte na cruz (sexta-feira santa).

DATAS CONTRADITÓRIAS

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
Os cristãos e judeus celebravam a Páscoa/Pessach no mesmo dia. Os cristãos, sempre muito ligados a tradições, desejavam unificar a suas celebrações de Páscoa e fizeram articulações nesse sentido.
As Igrejas (ortodoxa e romana) aceitaram mudar o dia do Pessach, mas a data permaneceu em aberto.
O Imperador Constantino I, que havia aderido ao cristianismo pediu que o Papa Gregório XIII aproveitasse o encontro líderes religiosos ecumênicos no Concílio de Nicea, na Ásia Menor (atual Turquia) em 20 de maio de 325, para fixar uma data oficial: o primeiro domingo após a primeira lua cheia a partir do primeiro dia de primavera.
Como o Concílio não conseguia chegar a um acordo, Constantino enviou cartas aos líderes que não haviam comparecido. As cartas pedindo uma celebração uniforme ignoravam o calendário judaico (e seu Pessach) sob a alegação de que os judeus rejeitavam Cristo.
Por falta de consenso, as celebrações prosseguiram em datas diferentes: as Igrejas do leste europeu (ortodoxas) passaram a seguir o calendário Juliano. As do oeste (romanas) adotaram as determinações do Papa Gregório.

OVOS DE PÁSCOA

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
O ovo é considerado a mais perfeita embalagem natural. Em diversas culturas também simboliza o começo do universo. Os sacerdotes druidas escolheram o ovo como símbolo de sua seita. Outra corrente assegura que o ovo é símbolo pascal inspirado no costume chinês de colorir ovos de pata, para celebrar a vida que deles se origina.
Ovos eram cozidos e comidos durante os festivais do antigo Egito, Pérsia, Grécia e Roma. Coloridos, eram presenteados para celebrar a chegada da florida primavera, depois do inverno branco no Hemisfério Norte.
Estas culturas tinham o ovo como emblema do universo, a palavra da suprema divindade, o princípio da vida.
Vários costumes associados à Páscoa não existiam até o século XV.
Acredita-se que os missionários e os cruzados trouxeram para a Europa Ocidental o costume de presentear com ovos. Na época medieval, eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo.
Os cristãos adotaram esta tradição e o ovo passou a ser o símbolo da tumba da qual Jesus ressuscitou.
Ovos de chocolate começaram a aparecer no século XVII. Ovos de plástico recheados de ovos de chocolate ou bombons surgiram na década de 60.

COELHO DA PÁSCOA

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
O coelho simbolizando a Páscoa também tem origem anglo-saxônica e pré-cristã - simboliza a fecundidade.
Lebres e coelhos eram associados à abundância da nova vida, após um inverno de privações. Na verdade era uma lebre – que já nasce com os olhos abertos - e não um coelho que simbolizava a Páscoa.
Desde a antiguidade a lebre, cuja gestação dura apenas um mês, era a representação da Lua, que neste mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da lua Cheia.
A última Lua cheia após o equinócio de inverno determinava a data da Páscoa. Também de acordo com as lendas, o coelho de Páscoa era um belo pássaro que pertencia à deusa Eostre e, um dia, transformou-se. Como no âmago - continuava pássaro, o coelho continuava a construir seu ninho e o enchia de ovos.
As crianças suíças acreditam que um cuco traz os ovos, as tchecas esperam que uma cotovia lhes traga presentes e as alemãs possuem outras duas opções, além do coelho : galos ou cegonhas.
No Brasil, tradição do coelho e dos ovos de Páscoa data do início do século XX. Foi trazida, em 1913, por imigrantes alemães.

LÍRIO DA PÁSCOA

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
O lírio - símbolo da pureza pela sua cor e delicada forma -também simboliza inocência e a vida junto a Deus.

AS PARADAS DE PÁSCOA

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
Nos primeiros tempos do cristianismo, aqueles que eram batizados durante a quaresma, usavam roupas brancas durante a semana da Páscoa como um símbolo da nova vida em Cristo.
Os já batizados usavam roupas novas neste mesmo período indicando a vivência de um novo tempo. Roupas novas e Páscoa eram símbolos da graça divina.
Durante a Idade Média na Europa, as pessoas formavam multidões no Domingo de Páscoa, usando suas roupas novas, daí começando a tradição das Paradas.
Os norte-americanos acreditam que quem usa roupa nova no Domingo de Páscoa, terá boa sorte durante o resto do ano.

CORDEIRO DA PÁSCOA

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
Prato tradicional do jantar de Páscoa, veio da tradição do Pessach judaico.
Borboletas também são usadas para significar renascimento, seu ciclo evolutivo a partir da crisálida é único no mundo animal. O estágio de casulo representa a crucificação e enterro de Jesus. O produto final, o lindo inseto voador, é associado à ressurreição.

BREVE HISTÓRIA DO CHOCOLATE

Páscoa, História, Origem Significado, Símbolos
O cultivo do cacau começou nas civilizações que habitavam os atuais territórios do México e da Guatemala.
Os astecas e maias, habitantes daquelas regiões, acreditavam que o Deus Quetzalcoatl - personificação da sabedoria e do conhecimento - trouxera dos céus as sementes sagradas, um verdadeiro alimento dos deuses.
Em 1519, o explorador espanhol Fernão Cortez, impressionado com a mística que envolvia chocolate e a fama de seu poder afrodisíaco, estabeleceu no México uma plantação de cacau para o Rei Carlos V. Começou a trocar sementes de cacau por ouro, bem que não tinha o menor valor para o povo asteca.
O governo espanhol monopolizou o comércio de chocolate, estabelecendo impostos muito altos, o que fez com que se transformasse em bebida das classes privilegiadas
A França começou a cultivar cacau na Martinica. O plantio chegou à Jamaica, Trinidad e São Domingos e, posteriormente, às Filipinas e outras regiões da Ásia. A princesa espanhola Maria Teresa, mulher de Luís XIV, introduziu o hábito de tomar chocolate na corte francesa, o que logo se tornou moda.
A comercialização do pó começa após o invento da prensa pelo químico holandês Coenraad van Houten, juntamente com a manteiga de cacau.
Em 1819, François Louis Cailler abre a primeira fábrica de chocolates suíços.
Em 1826, aparece o chocolate misturado com avelãs moídas, idéia de Philipp Suchard.
Em 1875, Daniel Peter e Henri Nestlé inventam o chocolate ao leite.
O produto final foi cada vez se aperfeiçoando: mais macio, saboroso e cheio de ingredientes. Uma análise detalhada do chocolate revela que raramente é encontrada tanta energia e nutrientes naturais em um só produto.
A fabricação de chocolate, que começou em pequenas oficinas com equipamentos singelos, hoje tornou-se um rentável negócio de corporações multinacionais.
Fonte : www.lunaeamigos.com.br

sábado, 7 de abril de 2012

Escolha o que prefere:

CONTEÚDO ou EMBALAGENS ?

Nietzsche, o Amor, a Música, as Pessoas

É Preciso Aprender a AmarQue se passa para nós no domínio musical? Devemos em primeiro lugar aprender a ouvir um motivo, uma ária, de uma maneira geral, a percebê-lo, a distingui-lo, a limitá-lo e isolá-lo na sua vida própria; devemos em seguida fazer um esforço de boa vontade — para o suportar, mau-grado a sua novidade — para admitir o seu aspecto, a sua expressão fisionómica — e de caridade — para tolerar a sua estranheza; chega enfim o momento em que já estamos afeitos, em que o esperamos, em que pressentimos que nos faltaria se não viesse; a partir de então continua sem cessar a exercer sobre nós a sua pressão e o seu encanto e, entretanto, tornamo-nos os seus humildes adoradores, os seus fiéis encantados que não pedem mais nada ao mundo, senão ele, ainda ele, sempre ele. 
Não sucede assim só com a música: foi da mesma maneira que aprendemos a amar tudo o que amamos. A nossa boa vontade, a nossa paciência, a nossa equanimidade, a nossa suavidade com as coisas que nos são novas acabam sempre por ser pagas, porque as coisas, pouco a pouco, se despojam para nós do seu véu e apresentam-se a nossos olhos como indizíveis belezas: é oagradecimento da nossa hospitalidade. Quem se ama a si próprio aprende a fazê-lo seguindo um caminho idêntico: existe apenas esse. O amor também deve ser aprendido. 

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

Voa Alma, voa, eleva-Te, livre e acima desse insensato mundo....

http://www.youtube.com/watch?v=-LXl4y6D-QI

http://www.youtube.com/watch?v=NlprozGcs80&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=zuh3WyfVL2M&feature=related

O INDIVÍDUO é uma relação



Belíssima aula de filosofia sobre o conceito de INDIVIDUO com Carlos Cirne Lima, professor de MARCIA TIBURI e que ela compartilhou no facebook, acesse:

http://vimeo.com/39850861

"A inteligência move matéria"    Virgilio

Albert Einstein:

"NEM TUDO O QUE CONTA PODE SER CONTADO, E
NEM TUDO O QUE PODE SER CONTADO, CONTA".

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Vale para todas as situações...

"Ou encontramos um Caminho ou criamos um".

Anibal

quarta-feira, 4 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Barão de Itararé

'O TAMBOR FAZ MUITO BARULHO MAS É VAZIO POR DENTRO".

Mario Quintana

"O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono...
o que mata um jardim esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente".

domingo, 1 de abril de 2012

Isso é que é auto-estima !!!!

Tenho um amigo, dr. Alcir, de Rio Claro, que é um dos maiores advogados do Estado de São Paulo. Agora olha o perfil dele no facebook:
Profissão: "provador de venenos" sendo que a prioridade dele é o risco.
Somente um misto de lucidez, coragem e inteligência pode produzir uma auto estima assim.

Rumo à "Terra Prometida"....

ENTRADAS E SAÍDAS

Nietzsche já dizia, "não existem fatos, só interpretações". Deixou de dizer que essas interpretações podem ser pré-concebidas culturalmente.

A grande ironia em buscar saídas é que precisamos "entrar" para poder "sair". "Não Ser" para poder "Ser'. Simplesmente Tornar-se....

E só entramos, só avançamos, só evoluímos, se damos um passo adiante, arrojado, firme, desprendendo-nos do lugar onde estamos e buscando seguir adiante, para cima, na escala vibratória da Vida. Aceitar nossa incompletude exige coragem para sair da "arrogância" e aceitar que não somos maiores do que o Todo que nos contém. Que sabemos "tudo" ou que "aquilo" a que ainda não estamos acostumados deva ser descartado sem análise.

Acredito que o novo, o desconhecido, toda tentativa de entendimento pressupõe esvaziar-se de passados culturais para com um novo olhar tentar entender nossa função no Existir.
Jesus, o Cristo, já dizia que é preciso "nascer de novo" para entrar no reino "dos céus".

Até o ar que entra em nossos pulmões só entra depois da saída do ar de nossa respiração anterior, quando aquele "ar" já cumpriu a função dele no instante anterior, proporcionando-nos a Vida naquele instante.

Deixemos de lado o pré-concebido e saudemos a Consciência Cósmica do Universo com a vestimenta da plena Liberdade da Criação através de novos entendimentos.

Não podemos desistir. Não podemos sucumbir. Seria um acinte à essa Poderosa Energia Consciencial em nós, que insiste em nos manter vivos e que tenta, com todas as forças, trazer lucidez em nosso caminho evolutivo rumo a auto-percepção, auto-reflexão e auto-análise.

Aceitar e tentar entender o novo talvez seja a a única saída para entrarmos, realmente, em Nós Mesmos, saindo de tantas prisões culturais onde nos deixamos condicionar.

Por que mentimos?




A mentira é essencial na construção das sociedades.

E os humanos não são os únicos a desfrutar deste artifício


Rafael Bergamaschi, iG São Paulo


Como seria o mundo se ninguém pudesse mentir? Todos os políticos cumpririam suas promessas, ninguém manteria segredos e traição seria algo inexistente. Ao mesmo tempo, verdades inconvenientes, como o que as pessoas realmente pensam sobre seu peso ou seu cabelo, seriam ditas sem pestanejar. Normalmente vista como a vilã dos relacionamentos pessoais, a mentira existe porque nos ajuda a cumprir um propósito essencial: a convivência em sociedade.

De acordo com Mônica Portella, psicóloga e autora de “Como Identificar a Mentira”, são dois os principais motivos que levam as pessoas a mentir: proteger-se de uma possível consequência negativa de nossas ações e preservar a autoimagem. Ou seja, quando sabemos que nossa posição poderá sofrer reprovações ou sanções, optamos por faltar com a verdade.

Já o professor de filosofia e historiador David Livingstone Smith, autor do livro “Why We Lie: The Evolutionary Roots of Deception and the Unconscious Mind”, algo como “Por que mentimos: as raízes evolutivas do engano e o inconsciente” em tradução livre, enxerga outra motivação essencial para os mentirosos.

“Mentimos para conseguir coisas que seriam mais difíceis de obter de outra forma”, diz Smith antes de completar: “mentimos em qualquer circunstância na qual manipular o comportamento do outro pode ser vantajoso para nós”.


“Mentimos em qualquer circunstância na qual manipular o comportamento do outro pode ser vantajoso para nós”.
No filme “O Primeiro Mentiroso”, de 2009, é por este caminho que segue o protagonista Mark Bllison (Ricky Gervais). Mark vive em um mundo onde ninguém sabe mentir. Um dia, depois de ter sido demitido e de ter tido um encontro frustrado com a garota dos sonhos, ele mente para o atendente do banco em relação à quantia que deveria ter ali. Pronto. A enganação seria a primeira de muitas, que envolveriam, inclusive, a habilidade de falar com “o homem lá em cima”, uma espécie de Deus. Mark seria a primeira pessoa a conseguir enganar o próximo. Apenas quando sente-se acuado é que ele descobre sua capacidade singular.

Mark agiu por impulso e, embora não conhecesse o conceito de mentira, mentiu conscientemente. Segundo Smith, no entanto, boa parte das mentiras é proferida inconscientemente. “Algumas vezes, quando mentimos, não temos consciência que estamos fazendo isso. Em outras palavras, mentimos até para nós mesmos”.


Foto: DivulgaçãoAmpliar
No fundo do poço, protagonista de "O Primeiro Mentiroso" mente para ascender socialmente

Será que já aconteceu conosco algo parecido com o que acontecia com os habitantes do mundo de Mark, no filme “O Primeiro Mentiroso”? Será que já vivemos uma época em que ninguém sabia mentir até que alguém descobriu os poderes da dissimulação? Não. Mônica e Smith concordam que mentir é algo natural para os seres humanos.

“Crianças com um ano já sabem mentir”, diz Mônica. “Muitas vezes a criança chora para conseguir algo em troca. Não é um sentimento genuíno”, completa. “Todos nós nascemos mentirosos”, complementa Smith.

Smith, inclusive, acredita que mentir não seja nem exclusividade da espécie humana. Segundo ele, animais e plantas usam de artifícios similares para conquistarem determinados objetivos. O historiador cita o exemplo de um tipo de orquídea cuja flor se assemelha às fêmeas da vespa. Ludibriado, o macho tenta copular com a planta e acaba levando o pólen de uma flor à outra. “A orquídea engana as vespas, produzindo uma espécie de pornografia animal”, brinca Smith.


“Também mentimos manipulando nossas aparências: ao usar maquiagem, fazer uma cirurgia plástica ou colorir o cabelo, por exemplo”.
É assim, de maneira mais ampla, que a mentira se manifesta no cotidiano. Mentiras verbais são acompanhadas de uma série de atitudes que, de uma forma ou de outra, têm como objetivo enganar. “Mentimos com nosso tom de voz, ao evitar dizer algo ou pela forma como movimentamos nosso corpo”, diz Smith. “Também mentimos manipulando nossas aparências: ao usar maquiagem, fazer uma cirurgia plástica ou colorir o cabelo, por exemplo”.

Sem tanta mentira e enganação, viver em sociedade talvez fosse inviável. “Se todo mundo falasse a verdade sempre, a vida social seria impossível”, diz Mônica. Para ela, as pequenas mentiras do dia-a-dia tornam viver suportável, pois não precisamos enfrentar verdades que nem sempre estamos prontos para encarar. “Viver seria um inferno”, concorda Smith. “Mentir é absolutamente necessário para manter a harmonia da vida social”, finaliza.

fonte: IG.

Paradoxo de Russell

"Um dos paradoxos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que tem certezas, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões".