quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

"...somos os prisioneiros das necessidades que criamos."
 
Otto Maria Carpeaux 
In: "A Cinza do Purgatório".
 
 
Arte @pawelkuczynskiart
 
 
Comp. do FB, pg. ars poetica

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

"De que servem cabelo e manto impecáveis, ó tolo? Tudo dentro de ti está confuso e, no entanto, penteias a superfície."  (Hamlet). 

William Shakespeare

"Não será, então, nossa principal perversão a crença de que temos a chave para a verdade?"    Joyce McDougall, 1995.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

"Tenho duas pernas: 
uma de santo, outra de diabo. 
Como posso seguir um só caminho?"
 
Mia Couto 
 
 
 
Compartilhado de Andréa Lacerda - 
Galeria poética de imagens

TOQUES DA LINGUAGEM...
 
"A linguagem é uma pele: eu esfrego a minha linguagem contra o outro. É como se tivesse nas palavras um disfarce dos dedos ou dedos na ponta das minhas palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção vem de um duplo contato: por um lado, toda uma atividade discursiva vem realçar discretamente, indiretamente, um significado único, que é "Eu desejo-te", e liberta-o, alimenta-o, o faz explodir (A linguagem goza tocando a si mesma); por outro lado, embrulho o outro nas minhas palavras, acaricio-o, o mimo, converso sobre estes mimos, me desvivo por fazer durar o comentário ao qual submeto a relação. Falar amorosamente é desviar-se sem termo, sem crise; é praticar uma relação sem orgasmo. Existe talvez uma forma literária deste 'coitus reservatus': é o galanteio".
 
ROLAND BARTHES
 
(trecho extraído de fragmentos de um discurso amoroso. Compartilhado de Marcel Oliveira)

 "É bom ter esperança, mas é ruim depender dela."

Textos Judaicos

A fluidez é tinta perene que molda nossas almas...

"Isso" que chamamos "nossa imagem" é um mosaico dos fragmentos perceptivos que marcaram, indelevelmente, a pele do nosso espírito, através dos caminhos, físicos, mentais e emocionais que percorremos. Marcamos e somos marcados. Achamos e somos achados, literalmente e em todos os sentidos. Precisamos acreditar que contemos, no útero da alma de cada um de nós, apesar de todos os nós, uma transcendência imanente que ainda está moldando a tela onde poderemos um dia, finalmente, vislumbrar a verdadeira imagem de nós mesmos. Nasceremos um dia. Até lá, entre as nuances e contrastes do líquido amniótico que nos contém, vivemos e morremos no aspirar da névoa passageira de cada sensação.

Gildo Fonseca.

 

"O desejo é o elã do indescritível que sempre nos falta (...). Ele nos faz viver no eterno inacabado e na contradição" Gérard Sévérin
 

"A coerência é o último refúgio de quem tem pouca fantasia e, talvez, de quem tem pouca coragem"

 CALLIGARIS

 

Somos de fato pobres se formos apenas sãos. Winnicott

Todos corremos o risco de sermos o primeiro imortal.
Jorge Luis Borges

Essa frase de Paracelso induz a muitas reflexões:

O que pode ser considerado veneno?

A adequação da percepção a padrões culturais pode ser um veneno?

Sua expectativa pode ser venenosa? E na opinião de quem? Importa isso?

A avaliação do "outro" pode ser um veneno para você?

Se tudo é veneno, nada é veneno e depende da dose então somos a dose do próprio veneno.

Reflexões de Gildo Fonseca

Quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes.  Dom Hélder Câmara

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Não tenho tempo para coisas sem alma. Bukowski

“O mundo assim como está não é suportável, por conseguinte, preciso da lua, da felicidade ou da imortalidade, de qualquer coisa que seja loucura, talvez, mas que não pertença a este mundo.” 
 
Albert Camus

sábado, 3 de fevereiro de 2024

"Certezas das dúvidas e dúvidas das certezas" GF

O que reveste o que você acredita? Ou o que existe "realmente" que possa revestir o que você supõe acreditar? Gildo Fonseca.

Beckett maravilhoso...

Para compreender este homem apartado que é Beckett seria preciso nos determos na expressão “manter-se à parte”, divisa tácita de cada um de seus momentos, no que ela pressupõe de solidão e de obstinação subterrânea, na essência de um ser afastado que prossegue um trabalho implacável e sem fim. Diz-se, no budismo, daquele que busca a iluminação, que deve ser tão obstinado quanto “o rato que rói um caixão”. Todo escritor verdadeiro faz um esforço semelhante. É um destruidor que amplia a existência, que a enriquece minando-a.
 
(“Beckett: alguns encontros”. In: “Exercícios de Admiração”)