segunda-feira, 12 de maio de 2014





AMOR AOS PEDAÇOS E O BRILHO DAS ESTRELAS. DEIXANDO IR.

Somos mães e pais, de todas as nossas ações e reações, a tudo que percebemos e sentimos.

Todas as nossas crias cotidianas, manifestas em pensamentos, palavras ou atos interagem conosco num processo de existência proporcional a energia com que lhe alimentamos.

Entretanto, assim como o processo de divisão e multiplicação celular, assim também as relações vão se tornando independentes, criam vida e, crescendo, de alguma nova forma, em algum lugar, em algum estado, tornam-se singulares existências, seja no plano físico seja no plano espiritual.

Quando focamos em alguma especificidade de alguma de nossas crias através da amorosa energia que também nos sustem, nesse momento nos tornamos novamente unos com ela mas deixamos, nesse momento, de ser nós mesmos e nos tornamos o estado da expectativa que alimentávamos em relação àquilo, deixando assim, de emanar novas criações, deixamos assim, de brilhar novamente.

Somos onde estamos. Somos aquilo em que estamos. Nossas crias são o palco onde se desenrolam as comédias e os dramas estruturadas em enlaces experimentais que criam a mútua evolução, mas, não esperemos que possamos apenas depender daquilo que emanamos pois somos, em Essência, ativos e não passivos.

O Amor Intrínseco que nos sustém flui sempre a revelia de tudo o que foi anteriormente emitido, pois é Energia Pura, independe de circunstâncias, necessidades, aprendizados.

Deixemos ir então tudo aquilo que não nos retorna pois isso, de alguma forma, encontrou seu lugar no esquema cósmico.

Continuemos a criar, pela infinita fonte de amor que pulsa em todos nós, a Vida, e assim como a luz ou o calor emitido pelas estrelas, observemos apenas os novos palcos que se descortinam para cada coisa que criamos e a vida no pulsar por si mesma.

É difícil compreendermos que somos a própria luz e não o reflexo de nossa luz. As formas, nossas crias, só existem, para nossa consciência, por refletirem, na densidade da matéria, a emanação de nossa luz, passando a ter assim, vida própria e assim também a percebemos. Nossa luz brilha na inversa proporção da sombra gerada pela expectativa do reflexo de nossas próprias criações, pois não somos espelhos de nós mesmos, espelhamos a Infinita Força Criadora da Vida a se multiplicar por todo o Universo.

Tentemos então praticar o desapego de deixar fluir esse “nosso” amor que, aos pedaços, vai se esparramando pelo universo através de cada pensamento, palavra ou ato.

Seremos sempre maiores que as sombras e dores que espelham nossas próprias criações, pois que, ao emanadas e ao tornarem-se conscientes de si próprias, todas essas emanações podem se transformar em fantasmas para nossa consciência, para nosso coração e ofuscam e podem tornar opacas, nossa própria Luz deixando assim, a Vida menos bela.

Caminhemos pois em Luz, pois Somos Luz e Amor e ardemos em nós mesmos e não por aquilo que acreditamos enxergar ou depender.

Isto é o que eu, Gildo Fonseca, acredito.


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