quinta-feira, 20 de novembro de 2014
























Em sua famosa peça "Entre quatro paredes", Sartre levanta a questão "O inferno são os outros". Como segundo ele "estamos condenados à liberdade", então e, como o "outro" também é livre para (as vezes) pensar e dizer, surge aí o "fogo ardente do grande inferno", soma dos pequenos infernos individuais. Mas creio numa perspectiva positiva disso que é a de que evoluímos na compreensão das contradições dos conflitos das relações e assim avançamos na consciência e percepção da amplitude das singularidades. O efeito do potencial dinâmico da alma de cada um somada aos reflexos luminosos mas contraditórios de outras almas, formam um feixe luminoso, criando esse espelho chamado realidade onde crescemos, evoluímos, nos percebemos e caminhamos rumo ao encontro da solução do grande enigma daquilo que Fomos, Somos e Seremos, todos Nós. Como dizia Nietzsche, "Torna-te Quem És", mesmo em meio aos "infernos".

Gildo Fonseca

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