segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Resumir minha percepção sobre essa citação, em poucas palavras, para um tema tão amplo, é um desafio.. Essa frase do Bukowski é direta na veia da pretensa lucidez humana. Para que haja algum sentido no existir é necessário envolvermo-nos com amores, desejos, paixões, faltas, de todos os tipos, que agem como "narcotizantes morfínicos" sobre a angústia de todo aquele que tem consciência do dilema humano de descobrir-se, sem poder apegar-se a dnas culturais, religiosidades, pretensas verdades ou quaisquer outras âncoras fantasiosas criadas pela civilização para encobrir sua real e trágica situação no mundo, ou seja, ninguém, pode comprovar, realmente, quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Então criam-se falácias teóricas sobre o existir para justificar as vendas colocadas sobre a "visão" da consciência humana. O amor a algo, entre outras coisas, tem esse papel alentador de, ao mesmo tempo que tira a consciência do indivíduo, também mata, aos poucos, nossa real lucidez. Reverberando Shakespeare: "seria cômico se não fosse trágico", ou pior ainda, como dizia Freud, "precisamos amar para não adoecer". Gildo Fonseca.


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