domingo, 22 de novembro de 2015






















Nossa amada Clarice tinha razão. Gostar de estar vivo exige a custosa criação de necessidades mil através de "voluntariosa" embriaguez da consciência morfinizando as inquietações do pulsar da alma. Todo "para quê", "brilha ao sol" enquanto todo "porquê", como criatura personificada em buracos negros de tantas inquirições humanas, submete nuances de luz, pseudos lapsos de lucidez aos arcabouços de nossas próprias contrapartes, essas sombras ainda tão desconhecidas. Existir é um paradoxo binário onde uma coisa só existe pela outra e fluindo em consciência, "É" apenas quando, de uma forma perceptível, dialética também "não É". Somos coadjuvantes, como mutantes vazios a serem preenchidos pelo protagonismo de infinitas Possibilidades de nossos próprios amanhãs.

Gildo Fonseca.

A imagem foi compartilhada do FB da página de Beth Goulart em Simplesmente Clarice.

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