sexta-feira, 28 de abril de 2017

Invejar vem de "videre", de olhar. Como um dos sentimentos mais difíceis de ser reconhecido e amansado, a inveja se inscreve na primeira infância como fixação no visto vindo de fora, e como dificuldade de reconhecer o visto vindo de dentro. É um efeito das precárias condições de estruturação do Eu em suas relações com o meio. Não ultrapassada, ela compromete o sentimento de reconhecimento e de gratidão (M.Klein). É um dos sinais de outro de nossos maiores sintomas humanos: a insatisfação crônica, prima-irmã da dificuldade de reconhecer a finitude de si e da vida. É a busca desenfreada pelo que nenhum humano pode ter: tudo. O invejoso sofre, e faz sofrer. (Evelin Pestana, Casa Aberta - Página, Compartilhado do FB - Página Aberta


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