terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Homenagem a Maíra Panas

Eu tenho casa, mas não tenho lar. Não me permito ficar muito tempo por onde passo, estou sempre de passagem. Minha distância,esta frieza, é apenas um mecanismo de defesa contra o estranho e angustiante. Dentro sou areia e vento. Sou cigana de partida, nunca de chegada. Meu único planejamento será não planejar. Porque quando sei exatamente o que fazer ou onde ir , faço o oposto. Sou de começo e fim, não de durante. Eu aceito que pessoas sejam presentes ou passageiras na minha vida. Pois não existe a escolha para quem entra ou sai. A Vida é continuidade. Não tenho o direito de me apegar ou me despedir, porque também não sou mais do que mera alma seguindo para qualquer lugar no mundo. Não posso ser bagagem para ninguém. E não possuo tanta força para carregar bagagens acumuladas. Preciso me adaptar e andar assim, somente com o que couber nos bolsos e na Lembrança. M. P.

No Brasil só não enxerga as coisas quem não quer. O "acidente" com o avião de Teori Zavascki, relator da Lavajato é apenas um entre dezenas de casos semelhantes onde se resolve o problema tirando o sujeito do caminho.

Mas o que interessa aqui é a homenagem a uma criatura maravilhosa Maíra Panas, um dos seus textos está acima. Massoterapeuta, espiritualista, bailarina, alma livre, fisioterapeuta e lutadora nata com uma garra insaciável pela vida acabou sendo convidada para estar junto com o ministro e algumas outras pessoas num fim de semana em Parati. Não poderia imaginar que seria ali a sua partida para outros planos. Interessante que ela foi assaltada no caminho do aeroporto, provavelmente pelos  mesmos sabotadores que buscavam mais dados para seu posterior "trabalho" junto ao ministro.

Como dizia Benjamin Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena". Mas, "A vida é continuidade" dizia Maíra Panas, massoterapeuta que transitou para outras faixas vibratórias do mundo espiritual no acidente de Paraty.

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