O mal-entendido é a essência da comunicação entre os falantes. Cada um fala consigo mesmo e para si mesmo. Resta a cada um ter que se haver com o mal-entendido próprio da linguagem, tendo que sofrer das próprias palavras ao querer se fazer entender pelo outro. Como disse Freud, ao que não podemos chegar voando, temos que chegar manquejando. Não é pecado manquejar. E como disse Lacan, a linguagem, como o inconsciente, sem duvida é feita de Lalangue, as ressonâncias do dizer do Outro materno. É também uma elocubração do saber sobre Lalangue.
Jorge Sesarino
Imagem, Torre de Babel.
Texto e imagem compartilhados do FB pg. Jorge Sesarino
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