domingo, 7 de abril de 2024

Morfinizando a Sensibilidade...

TENTAR TRANSGREDIR O IMPONDERÁVEL É NASCER DE NOVO, TODOS OS INSTANTES, DESENVOLVENDO A MUSCULATURA DA RESILIÊNCIA, MORFINIZANDO A SENSIBILIDADE DE NOSSAS ALMAS VAGANTES, FORASTEIRAS, POR TERRAS ESTRANHAS DA VIDA, DESERTOS DA COMPREENSÃO, CAMUFLADOS EM SUSPIROS MOMENTÂNEOS, TRANSITÓRIOS, PRETENSAMENTE LÚCIDOS, QUE ALENTAM, POR SUPOSTAS LUZES DO PASSAGEIRO COMPREENDER, NOSSO INEXORÁVEL CAMINHAR, NOSSA INEXORÁVEL CONSCIÊNCIA DA EXISTÊNCIA. GILDO FONSECA.

 
"A força que mata é uma forma sumária, grosseira, de força. Quanto mais variada em seus processos, quanto mais surpreendente em seus efeitos é a força, a que não mata; isto é, a que não mata ainda. Vai seguramente matar, ou vai matar, talvez, ou então está apenas suspensa sobre o ser que pode matar a qualquer momento; seja como for, ela transforma o homem em pedra. Do poder de transformar um homem em coisa fazendo-o morrer procede um outro poder – prodigioso sob uma outra forma –, o de transformar em coisa um homem que continua vivo. Está vivo, tem uma alma; no entanto, é uma coisa. Ser estranho: uma coisa que tem uma alma; estado estranho para a alma. Quem dirá quanto custa, a cada momento, conformar-se, torcer-se, dobrar-se sobre si mesmo? A alma não foi feita para viver numa coisa; quando é constrangida, tudo nela padece de violência". Simone Weil.

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