Nossas insanas qualificações individuais das conexões entre os diferentes estagios evolutivos da consciência sempre levará a muitos auto equívocos de interpretação.
A simetria é dinâmica e não estática. Ao analisarmos uma situação se ela não estiver, para nós, "sintonizada" com todas as outras partes (e desconhecemos as funções de cada uma dessas outras partes conscienciais) torna-se para nós, paradoxal, pois perde sua própria individualidade e por outro lado se não tiver consciência de sua individualidade nesse todo também não consegue Ser. Não é parte, não é todo, é fluxo... por isso nunca podemos julgar.
Julgar pressupõe, ser, estar, ter e conhecer, o "outro" que não é nada mais nada menos que um estágio espelhado de nosso próprio aprendizado. E se formos o outro, colocando nossa consciência e coração nessa análise, não mais seremos nós, mas "estaremos" naquilo em que nossa consciência mergulha, avalia, julga, condena ou absolve, para assim, amorfinar nosso eterno desconhecimento de nosso Eu a cada instante, pois se estamos em movimento, nunca somos, e menos ainda quando fluimos em julgamentos morais de outras consciências.
Senão vejamos, Bin Laden e cia. acredita estar fazendo "o melhor" para o seu deus, aquele deus necessário ao seu momentaneo estágio evolutivo de consciência.
A Luz e as Trevas de cada um, são, a cada instante, alternantes estados morais de interpretação, sempre de acordo com as conveniências de nosso ego em evolução.
Diz um antigo axioma que "as trevas são a ausência da Luz". Aliás, qualquer ação pressupõe conhecimento, ou na pior das hipóteses, "força" para o empuxo, e as trevas para agir precisam de conhecimento, vibração, Luz, portanto talvez seja inadequado chamá-las "trevas", são na verdade, um estágio ou uma interpretação desconhecida ou oposta ao nosso momentaneo estágio de consciência.
Sabemos que Luz é Vibração em movimento para gerar, via contradições, e eu ousaria dizer, "choques sinápticos de consciência", nossas interpretações, nossa evolução, o alimento de nossas Consciências. "Respiramos contradições". Aceitando ou não as diferenças, individualizamo-nos e crescemos nesse fluir de Luz e Trevas.
Benditos aqueles que nos contradizem.... ajudam-nos a crescer e também a crescer nossas contradições, personas mescladas de luz e trevas, autoimpulsionantes.
A guerra entre a dualidade luz e trevas só acontece em nossas mentes porque precisamos desse choque de contrastes, onde ora estamos de um lado , ora do outro, e assim vamos descobrindo pelo processo binário, a alternância desse circuito que provoca a luz do nosso existir via interpretação e vivências conscienciais oportunas a cada momento, a cada sensação, desejos etc.
E assim vamos seguindo, ora tentando influenciar, ora influenciando.
"Às apalpadelas, seguindo em frente...."
Não é só nos centros espíritas, nas igrejas evangélicas, mas em toda convivência humana, principalmente pelas mídias, existe a tentativa de "doutrinar" os indivíduos.
Todo mundo tenta fazer prevalecer a "sua" razão que ele sempre "acha" que conhece. Venha essa "pretensa" razão da Luz ou das Trevas.
Não é por acaso que Lúcifer vem do latim "lucem ferre", "portador da Luz".
Somos todos nossos Deuses e nossos Demonios.
Para nós e para todos os que conosco convivem....
Sartre já dizia, o "demonio são os outros" rsrsrsrs..... e como já dizia ironicamente o Saramago, no Ensaio sobre a cegueira, "somos todos c egos tentando conduzir cegos"....
Precisamos descobrir os fragmentos perdidos de nós mesmos juntando os cacos de nosso Amor original fragmentado, despedaçado através dos tempos pela nossa sistemática falta de humildade, principalmente no que se refere à nossa pretensa racionalidade, constituindo assim, talvez, o espelho em que possamos mirar nossa própria imagem.
by Gildo.
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