terça-feira, 5 de março de 2019

O post ao lado foi compartilhado de Edilene Torino. Abaixo faço algumas reflexões pessoais a respeito.

Todo contrato, qualquer que seja o acordo, é sempre uma amarração. Para renascer precisamos matar, pela compreensão, as ilusões que os desejos exaltaram amarrando-nos e abrir-se para os novos nascimentos, num processo de embriaguez constante desse "vinho do conhecimento". Cada percepção é um contrato entre a cultura recebida e o que dela é extraído experimentalmente em consciência. Renascer é deixar, sistematicamente, os casulos tecidos pelos fios de cada uma dessas percepções para trás. Esse processo, prática viva e constante da liberdade a que estamos condenados é uma dolorosa quebra dos contratos renascidos (refeitos) a cada pulsar da consciência. A Vida e a Morte são partes desse "contrato", renovado dialeticamente a cada respirar, objeto desse nosso existir, como Sísifo, em total insensatez. Como dizia Vinicius na música: "As vezes quero crer mas não consigo, é tudo uma total insensatez, então pergunto a Deus que escute amigo, se foi pra desfazer porque é que fez?". Gildo Fonseca.

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