sábado, 8 de julho de 2023

O AR QUE RESPIRO
 
Incompletude, esse líquido amniótico onde pulsam nossas sinapses, nos contém e nos alimenta com seu banquete de incertezas, possibilidades e múltiplos caminhos e percepções. Quem poderá ao certo dizer para onde vai? Apenas espectadores ativos. A propulsora e inexorável transgressão da consciência de nossas próprias limitações flerta com o Desconhecido, com a matéria escura, com os buracos negros da consciência. O imponderável, protagonista no teatro do existir, nos desafia, permanentemente, na superação de nosso trágico estado de meros coadjuvantes no grande palco da Impermanência. Cada Instante é novo Ente. Contudo contidos, somos um Além, a ser auto descortinado. Somos o próprio fluxo da transcendência respirando cada vez que pisca o nosso Olhar, cada vez que pulsa o nosso coração. Gildo Fonseca.

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