domingo, 29 de outubro de 2023

A CULPA DA INOCÊNCIA !!!

A Imponderabilidade desafia toda contingência. A luz, decorrente do áspero atrito entre nossas perspectivas versus tantas nuances sempre novas e desconhecidas, gera o brilho da percepção, palco para momentâneos olhares, um oxigênio sináptico do caminhar da consciência buscando seu substrato em meio a transitoriedades e impermanências.
Valor é calor do amor em meio a dor.
 
A obscuridade de todo instante seguinte, como líquido amniótico dos processos experimentais, contrasta poderosamente toda pretensa certeza, toda a presunção de que conhecemos, com nossas singulares limitações, toda a pluralidade de um infinito imensurável de possibilidades. Como um fantasma de Hamlet, o Incontingente se tornará factível e real na medida que caminhamos no existir, frente às imponderabilidades das roletas do Destino, por maiores que sejam nossas voláteis e passageiras convicções.
 
Resta-nos apenas fluir, navegar por mares às vezes bravios. Sentir, porque todo entendimento será sempre transitório, contingente, em cada piscada do tempo sobre nossas íris, tão encantadas pelo canto das sereias, aquilo que todos chamam de realidade, aquilo que todos chamam de Vida, aquilo que todos chamam “jocosa ou ironicamente” de compreensão.
 
Todo Fausto, em contrastes, se descobre infinito, em veredas de limitantes infaustos.
Tudo contemos e somos, em tudo, também contidos, em todos os sentidos.
Somos todos: Achados e Perdidos, Crentes e Iludidos. Convencedores e convencidos.
 
Gildo Fonseca

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