sábado, 15 de agosto de 2009

Kierkegaard

Embora a grande maioria dos seres humanos permaneçam na “periferia de si mesmo”, acreditando que a existência consiste em buscar o prazer e evitar a dor, chega um momento na vida de todos nós que se descobre que a vida não é apenas isso.

A busca da satisfação permanente é uma quimera, uma ilusão. A realidade humana transcende os aspectos meramente exteriores. Emerge, então, as sensações internas, o desespero aflora à consciência, a própria conscientização de que se vai morrer, coloca intensamente perante o indivíduo a questão básica: ser ou não ser. E para ser é preciso autodisciplina, é preciso autodesprendimento.
Autodisciplina é a postura que o indivíduo tem de seguir um método para conquistar as suas metas. O método é um caminho, um meio. -Que meio será esse ?-Só o indivíduo pode responder ! Autodesprendimento é um ato contínuo no qual o indivíduo aprende a lidar com a escolha. Sendo a principal "escolher-se". Escolher é aprender a abraçar algumas coisas e desapega-se de outras, que não resultam no melhor para si.

Fica a escolha: o desespero-fraqueza, isto é, o conformismo, ou o desespero-desafio, o sentir, o ser autêntico. Seja de um modo, seja de outro, paga-se o preço.

Essa é a visão de Kierkegaard sobre as crises existenciais, o aprendizado a cada dia do desespero-desafio, do ato de educar cada um a si mesmo sobre quem ele é e pode ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário