sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

O sexo no Carnaval

Na antiga Grécia, era realizada uma festa anual análoga ao Carnaval inventado na Idade Média, na Europa, e durava seis dias regados a muito vinho, danças, procissões e encenações — homens e mulheres se embriagavam nas ruas e diziam louvar o deus do vinho, Dionísio. Na festa de 404 a.C., milhares de atenienses participaram em blocos carregando pelas ruas réplicas de pênis gigantes e cantarolando músicas de duplo sentido que davam uma conotação sexual ao evento. O “Carnaval” tem a mesma raiz da palavra “carne”, daí a vinculação à “carnalidade e/ou ao sexo”, mas sempre o sexo esteve ligado ao “Carnaval”, inclusive, no século XVI, na Alemanha, os açougueiros preparavam no período do pré-Carnaval salsichas imensas que chegavam a pesar duzentos quilos para “simbolizar” a carne e o pênis — desde a Antiguidade o pênis é símbolo de poder. A carne na Idade Média simbolizava a força e os homens eram exortados a comê-la para ter boa saúde, pois, acreditava-se, equivocadamente, que nela teriam todos os nutrientes para uma vida saudável; inclusive, o javali não poderia faltar na mesa da elite, pois representava fartura e provava a resistência do caçador... 
 
Luís Olímpio Ferraz Melo

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