quinta-feira, 18 de março de 2021

“Quando a tempestade bate forte, me desprendo e navego a qualquer vento”, já dizia Nietzsche.
 
A pandemia escancara para todos a finitude da vida e acaba com a presunção de que o homem pode tudo. Essa situação, esse chamado à consciência sobre a brevidade da vida, esse simples lapso de tempo entre o nascer e o morrer como dizia Isabel Allende, provoca agora um choque anafilático no cotidiano de todos e faz com que cada um, cada qual a seu modo, busque transcender, elevar-se, sobreviver ao tsunami pandêmico que se abate sobre o mundo.
 
É preciso ter fé, mas sobretudo, fé em si mesmo para saber que nessa nupcia com uma realidade dissonante continuamos vivos em consciência, em percepção, em força e que, se por algum motivo desconhecido de nós mesmos, tivermos que deixar o “parquinho” da vida para trás, alguma grande razão ainda desconhecida por nós existe para que isso aconteça. Tentemos descobrir o seu porquê. A Vida é maior que nossas presunções. As crises desafiam nossas potencialidades. Evoluir é inexorável.
 
Façamos a nossa parte com confiança e convicção para superarmos esse grande desafio. Com certeza ele tem algo a nos ensinar. Em nossas entranhas, em nossas conversas conosco mesmo devemos tentar descobrir o significado, mesmo que parcial do porquê isso acontece conosco e com toda a humanidade. Sem paixões, sem alardes, apenas sentindo e aguardando que de nossas entranhas interiores brote a luz que nos fará transcender com maestria, essa tempestade que estamos todos vivendo. Sempre seremos maiores que os nossos próprios pântanos. Se estivermos conscientes disso, qualquer que seja o desfecho, seremos sempre vencedores pois a compreensão é o louro da vitória.   Gildo Fonseca.

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