quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

O Devir, Instante Seguinte, é filho do Pai, o Imponderável, com a Mãe, nossa potência inata e interior, que nos instiga a acolhermos nos braços da alma, a Luz gerada desse atrito permanente entre Expectativa e Realidade. Ela ilumina o "presente", nesse caminho da nossa Consciência em trânsito por tantas impermanências, inclusive da pretensa pureza absoluta da Essência de cada um, já que, relativamente, nunca somos, somente poderemos Ser. E para Ser, precisamos Tornarmo-nos. E nesse processo partilhado de tornar-se nunca se É pois, se for, mesmo que por um momento, não estará mais se tornando. Como dizia nosso querido Nietzsche "Torna-te quem És". A Vida é uma cópula permanente entre a Força Criativa das nossas ações e o ventre multidimensional que cristaliza os sentimentos da nossa Percepção. Dessa gestação instantânea nasce a inocente e pretensiosa lucidez de cada sensação do nosso Existir, tornando-nos, pela embriaguez consciencial da volúpia de cada desejo, de cada ilusão, uma sinapse entre Ser e não-Ser. Talvez seja essa a questão. Gildo Fonseca.
 

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