sábado, 21 de janeiro de 2012

Dançando com os afetos.

Somos afetos ambulantes pulverizados em nossas interações.

Fragmentos pulsantes no palco de nossas incompletudes a fluir em vida a cada encontro, em cada separação, em cada embate, conosco mesmo.

Fazes-me falta ó eu mesmo! Fazes-me falta, ó tudo aquilo que ainda não sou...
Fazes-me falta, ó fluir continuo, a cada ausência, no vácuo da tua pulsão.

Como um coração, tal como um código binário, pulsas em vida, preenchendo-me, para em seguida, te esconderes, no vácuo ausente desse teu estranho compasso.

Mas em seguida pulsas novamente e tal qual a primavera, aquece minha alma derretendo o gelo momentâneo da tua ausência.

Te alternas, ó vida, te mostras e te escondes a cada instante, em cada ato, em cada acordar da alma.
Onde terminas? Onde começas? Permita-me um respirar continuo.....

by Gildo.

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