domingo, 8 de janeiro de 2012

Osho, atração e oposição?

Existem alguns pontos fundamentais que é preciso entender. Primeiro, o homem e a mulher são, por um lado, a metade um do outro e, por outro lado, polaridades opostas. O fato de serem opostos os atrai. Quanto mais distantes estiverem, mais profunda será a atração; quanto maior a diferença entre eles, maior será o charme e a beleza e a atração. Mas é aí que está todo o problema. Quando eles se aproximam, querem ficar mais próximos ainda, querem se fundir um no outro, querem se tornar um só ser, um todo harmonioso; porém, toda atração depende da oposição, e a harmonia dependerá da dissolução dessa oposição.
A menos que o caso de amor seja muito consciente, ele vai criar uma grande angústia, um grande problema. Todos os amantes estão numa enrascada. Essa enrascada não é pessoal; ela reside na própria natureza das coisas. Eles não se sentiriam atraídos um pelo outro - isso é chamado de "cair de amores".
Não conseguem nem dar uma razão por que sentem esse impulso em direção ao outro. Eles não têm sequer consciência das causas subjacentes; por isso uma coisa estranha acontece: os amantes mais felizes são aqueles que nunca se encontram! Depois que se encontram, a mesma oposição que criou a atração se torna um conflito. Em cada detalhe, as atitudes deles são diferentes, as suas abordagens são diferentes. Embora falem a mesma língua, não conseguem se entender.


Osho, em "A Essência do Amor: Como Amar Com Consciência e se Relacionar Sem Medo"

Nenhum comentário:

Postar um comentário