"Midas era um rico rei da Frígia na Ásia Menor. Quando Silenos, um velho sátiro companheiro do deus Dioniso, se separou da companhia de seu mestre, Midas o capturou com a atração do vinho. Ele tratou o velho sátiro com hospitalidade e, ao devolvê-lo ao deus, foi recompensado com um desejo".
Midas pediu que tudo o que tocasse se tornasse ouro, uma dádiva que rapidamente se tornou uma maldição. Os móveis, as flores, os alimentos e mesmo a filha de Midas foram todos transformados em ouro ao ligeiro toque.
Enlouquecido de fome, o rei pediu auxílio a Dioniso mais uma vez. O deus estava se divertindo com a situação, mas teve compaixão e ajudou o rei. Disse para ele banhar-se nas águas do rio Pactolo e banhar também tudo que foi transformado em ouro para que voltasse à forma original.
Midas é modernamente associado à ambição humana. Segundo Juliet Sharman-Burke e Liz Greene em seu 'Tarot Mitológico', Midas "é nossa aspiração ao status e à realização material, o nosso desejo por poder e reconhecimento aos olhos do público".
Curiosamente, quem vai a seu encontro é Dioniso, deus da embriaguez e do êxtase. Isso também traz pistas de que seu desejo pela riqueza conversa com o prazer mais do que a necessidade e, ás vezes, pode ultrapassar os limites da "boa medida".
Comp. do FB, pg. Mitologia. Imagem: Nicolas Tournier. 'King Midas', c. 1620
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